terça-feira, 16 de junho de 2015

Prefácios Aloisius C. Lauth, Telmo J. Tomio, Ricardo J. Engel e Maurício Melo Júnior

Prefácio

O escritor Luiz Gianesini nos surpreende com sua coleção de entrevistas de personagens da história social e política da querida Botuverá. A coleção é fruto de sua sensibilidade de entrevistador, ao revelar em linguagem simples e objetiva, as histórias de vida, os fatos relevantes da comunidade, as curiosidades e os problemas que marcaram a evolução daquele lugar. Trata-se de uma verdadeira aula de povo que se formou à custa de sua engenhosidade e dos esforços comuns, para tornar-se hoje uma terra de “bons brilhantes”. Um lugar excepcional que produz fios para tecelagens, processa mel de abelha, extrai minerais geológicos, e tem oportunidades incríveis de lazer rural.
O texto é de fácil leitura, rico em detalhes pessoais e atrativo no seu conjunto de obra, que prende o leitor do começo ao final. Em paralelo, aborda a criação do município de Botuverá e o grau de dificuldade de se administrar uma terra nova, sem recursos próprios, que foi explorada politicamente por candidatos partidários da grande Brusque. Não há que se negar, esta terra e Guabiruba são filhas gêmeas de mesma maternidade. As entrevistas parecem que são isoladas em sua própria condição, mas encerram um fio de continuidade histórica e social, imprescindível para seus moradores. Grandes personagens são retratados nas entrevistadas de Jaimer Werner, José Bonus Leite Carroso, Evido Bonomini, Zeno Belli, Pe. Adilson José Colombi, Pedro Merizio, Dino José Dalcégio, Geracir Bambinetti, Nícia Maria Cestari e outras personagens. Ao ler o livro percebemos, sem querer, o quanto Brusque tem haver com este lugar, e o motivo dos conterrâneos em articular o desmembramento territorial, justamente no período de festas do Centenário de Brusque. Foi uma rixa pessoal, por motivos ambientais, a causa para que o técnico da malária, Évido Bonomini, liderasse um abaixo assinado para emancipar Porto Franco e, assim, destituir das funções a Augusto Ângelo Maestri, adversário político de sua família. O que ele não contava era com a mudança do nome do Distrito, para Botuverá, em uma versão bem diferente daquela contada atualmente.
É possível recompor a lista de prefeitos e vereadores, os empresários e os educadores. Ficamos conhecendo o prefeito Zeno Belli (PSD), indicado por Celso Ramos em 1962; Sebastião Tomio; José Bonus Leite Carroso (PTB); Sergio José Colombi; Zenor Francisco Sgrott; Ademir Luis Maestri e Nilo Barni. O leitor vai sorrir ao conhecer a história do prefeito que foi entregar um peru no palácio de Celso Ramos, o amor de um médico que atendia sem cobrar consultas dos moradores, o analfabeto que queria ser delegado de polícia, o gol inesquecível de Mario Gianesini...
Sinto-me, agora, orgulhoso em narrar estes fatos, provocando o leitor a uma gostosa e animada leitura do livro. E, acima de tudo, em apadrinhar seu autor, Luiz Gianesini, um moço que tem orgulho das terras de Botuverá.
Aloisius Carlos Lauth



















Apresentação

Maurício Melo Júnior

Não existe pergunta indiscreta. Existe resposta indiscreta.” A blague atribuída ao escritor Oscar Wilde encerra verdades, mas também favorece um tipo de jornalismo que, ainda em moda, peca pela arrogância e pelo vazio.
Circulam pelas redações incontáveis histórias que exemplificam bem isso, como a de um jornalista que foi demitido da TV onde trabalhava por perguntar ao presidente da República em exercício se ele pintava o bigode. Duas bobagens, a pergunta e a demissão. Tem ainda um outro episódio onde uma jornalista, diante do visível emagrecimento de um presidente da República – sempre eles –, pergunta se a autoridade estava com AIDS. A resposta foi curta: “não”.
A verdade é que este tipo de questão pouco contribui para aquilo que realmente interessa ao leitor, a informação precisa e útil.
Neste seu novo livro – uma nova reunião de entrevistas – Luiz Gianesini oferece caminhos para se chegar à dinâmica do processo jornalístico. É perguntando que se atinge a verdade dos fatos, e ele faz isso de maneira clara e precisa. Com perguntas curtas e pontuais, sem querer tomar o lugar do entrevistado, este repórter nos oferece aquilo que interessa, informações sobre a formação histórica e social de seus personagens.
Ao final temos um amplo painel de pessoas que, atuando nos mais diversos campos humanos – da educação à política, passando pela medicina e o empreendedorismo –, fazem um balanço do que foi a vida em parte do Brasil da segunda metade do Século XX, entrando, claro, um tanto pelo Século XXI.
A importância destes depoimentos, assim, se mede pelo seu potencial de otimismo. Não vivemos num país de plenas maravilhas, como veem os olhos de Poliano, mas também não habitamos um ambiente de intensas e incorrigíveis mazelas.
Os personagens de Gianesini nos contam de sacrifícios e superações. E isso é o que de mais interessante sobressai nestes textos, a capacidade de vencer desafios e construir vidas verdadeiramente novas.
Enfim, um livro que se lê como uma lição da formação histórica e social de parte de Santa Catarina e do Brasil.












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Prefácio

A preservação da memória da nossa gente não é mérito de muitos. Graças a alguns abnegados cidadãos, chegam até nós os nomes, a vida, as obras, o exemplo e o legado que algumas pessoas construíram ao longo de muitos anos. Um desses abnegados cidadãos é o autor deste livro, que compartilha com o público um pouco da vida das pessoas da nossa terra: Guabiruba.
As personagens desta obra são todas reais. E foi da realidade de cada uma delas que se pode compor essa publicação. São pessoas que fazem de Guabiruba ser a cidade que seus munícipes tanto desejam: cidade rica em cultura, trabalho, honestidade, tradição e fé.
Ler uma biografia ou uma entrevista de alguém nos faz abrirmos os olhos para novos horizontes. Vemos, ouvimos e sentimos ideias diferentes, maneiras diferentes de se ver as coisas, exemplos a serem seguidos, copiados, imitados. Sim! O que é bom deve servir de exemplo. Assim desejou Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
Servidores Públicos, Políticos, Médicos, Educadores, Jornalistas, Psicólogos, Desportistas, Religiosos, homens e mulheres. Grande maioria trabalhou na lavoura. Gente que conquistou uma posição de destaque através do trabalho suado e honesto. Cada entrevistado apresenta uma história de vida. Cada vida tem sua história. São tantas histórias cheias de vida que, após lermos cada uma, enriquecemos nossa cultura, aprendemos um pouco mais sobre a vida, passamos a admirar as pessoas do lugar onde vivemos.
Cada personagem da nossa história tem sua parcela de contribuição para o nosso desenvolvimento, nosso bem-estar, para a preservação da nossa cultura, da nossa fé e das nossas tradições.
Foi com grande maestria que o advogado e colunista brusquense Luiz Gianesini conduziu essa série de entrevistas, possibilitando a nós leitores e aos cidadãos de Guabiruba e cidades vizinhas, o conhecimento de um pouco da vida e dos feitos da gente da nossa gente, personalidades da nossa história.
Que mais entrevistas sejam feitas e publicadas! Que os bons exemplos sejam seguidos. E que as histórias de vida permaneçam vivas em nossa história!

Telmo José Tomio
Genealogista, Professor de Filosofia e Maestro de Coral.








Prefácio

Apresentação
Peço permissão à comunidade dos leitores para evitar as regras metodológicas de estilo, específicas às apresentações, e desenvolver minha honrosa tarefa prestando meritórias reverências ao Dr. Luiz Gianesini, protagonista das centenas de entrevistas que ilustram este trabalho editorial. Iniciar o prefácio discorrendo sobre a história desta amável pessoa, é uma forma de retribuir-lhe, em igual estilo literário, as entrevistas que realizou oferecendo a Brusque e região a oportunidade de conhecerem significativos traços do perfil de seus dignitários, personalidades e outros quase anônimos.
Gianesini é um brusquense nascido a 8 de outubro de 1948, filho de Evaldo e Ida Maria Boni Gianesini. A vida não lhe reservou regalias. Apesar das modestas origens, venceu com galhardia os obstáculos dos sistemas de ensino fundamental e médio, coroando seu círculo acadêmico com a graduação em Ciências Jurídicas e Sociais pela Furb, uma pós-graduação em Direito Penal pela Univali, e uma extensão universitária, na área de Personalidade Magnética, pela Faculdade de Ciências Bio-psíquicas de São Paulo.
Antes destas notáveis titulações, experimentou, ainda bem jovem, o mercado de trabalho, atuando como auxiliar de revisão de tecidos e depois auxiliar de escritório na Fabrica Renaux. Um dos passos significativos rumo à profissionalização, aconteceu ainda na juventude, por meio do Curso de Técnico Têxtil, na cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1969 a 1972, graduação que lhe alçou a condição de Técnico Têxtil da Fiação Renaux, entre os anos de 1980 a 1991.
Gianesini tornou-se conhecido pelo prazeroso hábito de escrever, com prestigiada coluna semanal, veiculada por meio dos jornais Planeta Esportes, Planeta Notícias, Diário do Povo, A Voz de Brusque e Em Foco. Vale lembrar, porém, sua atuação como professor no Colégio Cenecista Honório Miranda, no Senai/Lafite e no Centro de Treinamento da Fabrica Renaux.
Sua formação Jurídica o levou ao desempenho da função de Procurador Geral do Município entre os anos de 1993-1996. Até chegar aqui, ele faz questão de lembrar das bancas de advocacia dos doutores Antônio Luiz da Silva e Adilson Martins, onde adquiriu experiências que lhe auxiliaram na operação do direito. Pessoa socialmente entrosada e altruísta, atuou como voluntário na Câmara Júnior, no Rotary e Lions Club de Brusque; na Associação Brusquense de Técnicos Têxteis e no Grupo Escoteiros Brusque. Amante das atividades esportivas e paysanduano de coração e tradição familiar, participou na Assessoria Jurídica do Verde e Branco, na Junta de Julgamento da LBF, na Associação Renaux; na Associação Artex-Badenfurt; na Cipa da Renaux e no Jurídico Associação dos Servidores Públicos Municipais de Brusque. Integrou o Conselho do Sindimestre; foi Conselheiro da OAB, subseção de Brusque, Membros do Conselho Municipal sobre Drogas, Conselheiro eleito do IBPREV; integrante da Comissão Municipal de Táxis, integrante da equipe de licitações do Município de Brusque; foi segundo secretário da Casa de Brusque na gestão de Ayres Gevaerd e integrou até janeiro/2015 a Comissão de Avaliação de Imóveis do

Município de Brusque, integra a Comissão de Processos Administrativos Disciplinares. Diante de tanto envolvimento histórico-social, confesso não me lembrar onde o encontrei pela primeira vez. Contudo, suas entrevistas sempre foram fatos marcantes para mim. Elas são um retrato das pessoas, famílias, empresas e entidades que estão ao nosso redor, de diferentes classes sociais, atividades profissionais, faixas etárias e crenças. De estilo humilde e angariando a benquerença de todos, ele não faz acepção de pessoas. De profissionais liberais a trabalhadores braçais, de donas de casa a dirigentes políticos e esportivos; cada qual com sua história, cada história com suas peculiaridades.
Certa vez, notei sua participação nas pesquisas que resultaram nos Livros Brusque vai à Guerra e Vielen dank, herr doktor! de Saulo Adami. Até então nunca poderia imaginar que ele também seria um grande colaborador e fiel fonte de informações na produção das obras Pedalando pelo tempo- história da bicicleta em Brusque e no resgate memorialístico de Ivo Moritz – vida, fatos e retratos, trabalhos de nossa autoria, pelo que lhe deixamos consignada imorredoura gratidão. O Dr. Gianesini construiu sua vida ao lado de Maria Odete de Farias. Desta aliança nasceram Anadir, Ana Márcia e Alexandre Luís. É avô de Joan Gianesini Tridapalli. O que nos resta pedir? Aplausos para ele!
Prof. Ricardo José Engel

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