quinta-feira, 7 de abril de 2016

Grandes nomes na Medicina - no prelo



Adilson Schaefer
Antônio Carlos Sandrini
Antônio Custódio de Oliveira Filho
Arnoni Ulisses Caldart
Emílio Luís Niebuhr
Emílio Luís Niebuhr 2
Fernando Luís Machado
Germano Hoffmann
Giselle Mirley Armelin Moritz
Hailton Boing Júnior
João Antônio Schaefer - Dr Nica
Joel Mendes
Jorge Luiz Battisti Archer
Luiz  Moser
Márcio Clóvis Schaefer
Marcus Vinícius Bauer Moritz
Murilo Veiga
Paulo Roberto Toebe
Rosa Creppas


 Tatyana Mello Lima








Dedicatória

 Ida Maria, minhã mãe que costurava até altas horas da madrugada e Evaldo, meu paizão que trabalhava 12 horas por dia na Renaux com o intuito de possibilitar que os filhos estudassem.

Nelço e Anna de Faria, sogros pelo incentivo contínuo para lutarmos sempre.

 Maria Odete, pelo estímulo que proporcionava quando eu tentava desistir da luta fazia ver que deveria continuar a lutar.

 Anadir, Ana Márcia, Alexandre Luís,  filhos e Joan, neto para os quais pretendi deixar um registro de caminhada. José Carlos (Fátima), Lourdete (Valdir Nisch), Maria Guilhermina (Carlos Roberto da Luz), Paulo (Alice de Fátima), Valdir- in memoriam (Tereza) e Sílvio (Ana Lúcia) para os quais agradeço a Deus por tê-los como irmãos.

Adalberto Appel, Adauto Celso Sambaquy, Ademir Cervi, Adilson Martins, Adriana Moraes, Alisson Sousa Castro, Antônio Luiz da Silva (in memoriam), Carlos Cid Renaux (in memoriam), Carlos Prudêncio, Celso Deucher, Celso Westrup, Clébio Morsch Gonçalves (in memoriam),  Danilo Moritz, Emydio Gonçalves (in memoriam), Gabriel Luiz Pedrini, Denys Tomio, Joel Mendes,  José Roberto Montibeller, José Zen (in memoriam), Jorge Romeu Dadan ( in memoriam), Laércio Knihs, Luciano Hang, Luiz Saulo Adami, Nilo Imhof (in memoriam), Ruy Carlos Queluz, Ticiane Elisa Mafra, Viviane Horst, Ricardo José Engel, Rolf Bueckmann, Telmo J. Tomio, Valdir Appel,Wilson Santos ( in memoriam).










PERFIL BIOGRÁFICO

Nasci em Brusque em 8 de outubro de 1948, filho dos saudosos Evaldo e de Ida Maria Boni Gianesini.  Casado com Maria Odete de Farias Gianesini;três filhos: Anadir, Ana Márcia e Alexandre Luís. E tenho um netinho Joan Gianesini Tridapalli.
 Advogado,fui procurador geral do município (1994/96) na gestão Danilo Moritz (1993- 1996).Como advogado estagiei com Antônio Luiz da Silva e dividium escritório de Advocacia com Adilson Martins e advoguei em parceria com Ademir Cervi até ingressar na Prefeitura aos 02.01.1993, tendo ingressado como advogado e passado para Diretor Jurídico antes de assumir a Procuradoria-Geral. Na gestão de Hylário Zen/José Celso Bonatelli também fui Diretor Jurídico.
 Representei Prefeitos em diversas oportunidades:
Em 1996, no Pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof , representei Danilo Moritz: e mais: em 09.12.94 na Formatura da 8. série – na Escola Oscar Maluche dirigida por Ivanete Zucco; em 05.01.95 na Posse do Presidente da Cohab/SC; em 16.02.95 no ingresso de Atiradores do TG 05005; em 25.10.95 no Painel da semana jurídica; em 06.12.95 no Encerramento do ano da Charlote; em 14.12.95 na inauguração do Correio na rua Tiradentes; em 13.01.96 no Encerramento Brusque-Messe e acompanhei o Prefeito: no Juramento à Bandeira dos dispensados em 26.09.95, no Caça e Tiro Araújo Brusque – presidida pelo Capitão Seara e no governo Hylário Zen, em 2000, representei o Prefeito Hylário Zen, na AMMVI.
  Aos 14 anos, ingressei na Renaux, como auxiliar de revisão de tecidos, passando a trabalhar no Escritório da empresa no setor do PCP. Um dos passos significativos rumo à profissionalização, aconteceu ainda na juventude, por meio do Curso Técnico Têxtil na cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1969 a 1972, graduação que lhe permitiu alçar a condição de Técnico Têxtil na Fiação Limoeiro de 1973 a 1976, na Artex Badenfurt de 1976 a 1982 e na Fiação Renaux de 1982 a 1991. Lecionei para o 2º grau no Colégio Cenecista Honório Miranda (Estatística) - tendo no ano letivo 1974, na turma de Assistentes Administrativos, recebido o nome de turma (Turma Luiz Gianesini), Senai/Lafite (lecionei Química Têxtil) e no Centro de Treinamento da Renaux (matérias técnicas) – dirigi o Centro de Treinamento por aproximadamente um ano; fui instrutor no curso de Fiação 1972, e nos cursos para Cipeiros em 85, 86 e 90 e também de normas técnicas sobre Caldeira em 86 na Renaux.
  Após iniciar com algumas crônicas no jornal O Município, fui Colunista do Planeta Esportes, Planeta Notícias, Diário do Povo, Correio Regional, A Voz de Brusque por uma década e Em Foco, por cinco anos (ver registros no “Brusque Cidade Schneeburg”, de Saulo Adami e Tina Rosa, p. 307/323).
 Consta meu nome - na bibliografia dos livros de Saulo Adami (“Brusque vai à Guerra e Vielen dank, herr doktor!”) e Ricardo José Engel (nos livros “Pedalando pelo tempo” e “ Ivo Moritz”) e no livro de Reinaldo S. Cordeiro: "Ora bolas... Jota Duarte... soa bem melhor! . Também nos livros de Laércio Knihs, Sentinela do Passado, há duas crônicas que falam de Luiz Gianesini, “Fotografias antigas” e “Terrorismo em Brusque”.
 Presidi a Câmara Júnior de Brusque – 1988; integrei o Rotary Club de Brusque (Padrinho Adauto Celso Sambaquy), tendo elaborado o informativo na gestão do Juca Loos; integrei o Lions (Padrinho Jorge Romeu Dadan); Vice Presidente da Assoc. Brusquense de Técnicos Têxteis e Supervisores 1982/84, tendo terminado a gestão de Valdir Nisch como Presidente - de maio a setembro de 1984 - e elaborei u o informativo durante a gestão e fui Relações Públicas na gestão de Lourival Augusto Wandrey 87/88; Vice Presidente dos Presidente dos Escoteiros, tendo 5 terminado a gestão de Nisch como Presidente; Vice-Presidente Jurídico do C.E. Paysandu, na gestão de Ruy C. Queluz ; Integrei a Junta de Julgamento da LBF na gestão de Wilimar Schwanke; presidi a Associação Renaux; presidi a Associação Artex-


Badenfurt no biênio 78/79; presidi a Cipa Artex Badenfurt no biênio 78/79; presidi a Cipa Renaux em 193/84/85 e 90, tendo recebido troféu de reconhecimento; trabalhei em inúmeras eleições na seção junto ao Honório Miranda: Em 74 como Secretário, em 78, Mesário e em 82, Presidente, sendo que no pleito de 86, ao ser indicado para presidir a secção do Barriga Verde fui dispensado pelo falecimento de minha mãe.
 Integrei a Comissão Municipal de Avaliação de imóveis; a Comissão do Plano Diretor de 2008 do Município de Brusque, coordenado por Jorge Bonamente; fui Coordenador do Procon, integrei o CMDCA - como representante do Gabinete do Prefeito; Diretor Jurídico da ASPMB- Associação dos Servidores Públicos Municipais de Brusque ; Integrei o Conselho do Sindimestre (Gestão do Clébio Morsch Gonçalves); Conselheiro da OAB, subseção de Brusque (Gestão Jonas A Werner); membro da equipe de licitações do Município de Brusque; Conselheiro do COMAD - Conselho Municipal sobre Drogas; Conselheiro eleito do IBPREV nos biênios 2014/15 e 2016/17; membro da Comissão Municipal de Táxis e da Comissão de Processos Sindicantes e Disciplinares.
Formei-me em Direito pela Furb e a Pós graduei-me - em Direito Penal - pela Univali, também cursei extensão universitária - Personalidade Magnética - pela Faculdade de Ciências Bio-psíquicas de São Paulo.

 Livros publicados:
 ” Botuverá, meu bisavozinho”;
” Guabiruba, cidade vizinha”;
“ Coluna Dez, Grandes nomes”;
 Conversando com quem Fez e Faz”;
"Gente que fez e Gente que faz";
 ”Câmara Júnior 1988” ;
 “Eu visto por mim”;
“ Alguns aspectos na ótica da Procuradoria-Geral, da gestão Danilo/Venzon “ e
“ Personalidades em foco”, em parceria com Saulo Adami.








ADILSON SCHAEFER
O entrevistado desta semana é o Cardiologista, Dr Adilson Schaefer, nascido em Brusque aos 01.10.46; filho de Isidoro Schaefer e Cassilda Orthmann Schaefer; casado com Eneida D. Nascimento Schaefer; com a qual tem três filhos: Alexandre, Juliano e Manuela




Nosso entrevistado, Dr Adilson Schaefer com a esposa Eneida e os filhos


O que sente falta de sua infância?
Minha infância foi muito boa, lembro com saudades dos bons momentos vividos.

Quais as lembranças que têm de sua infância?
Lembro do tempo em que eu podia brincar na rua, ir na casa de amiguinhos, e poder andar de bicicleta, livremente.

Como conheceu a Eneida?
Através de seu irmão Estêvão Demétrio Nascimento, que era meu colega de Faculdade.

Histórico escolar?
Estudei no Colégio São Luiz, até a oitava série, e fiz o Científico em Curitiba, interno no Colégio Paranaense dos Irmãos Maristas.

Há quanto tempo está formado?
Estou formado há 41 anos

Como escolheu a sua profissão?
Escolhi esta profissão porque sempre gostei da área de ciências e biologia.

Possui alguma especialização?
Cardiologia e eletrocardiografia

Como surgiu a Medicina em sua trajetória?
A medicina surgiu ainda jovem, logo me identifiquei com a área da saúde.

Algum antecedente familiar?
Sim, na família tenho parentes médicos, Dr. Nica Schaefer, Dr. Márcio Clóvis Schaefer, ( in memorian ) e os irmãos de Dr. Márcio, Murilo Rubens Schaefer (médico em Curitiba, que foi meu colega de Faculdade, estudávamos na mesma sala) e Marcel Schaefer (médico em Portugal) que são primos de segundo grau.

Os avanços tecnológicos e a medicina?
Como tudo, tem seus prós e seus contras, as tecnologias vieram para ajudar diagnósticos, mas os médicos perderam um pouco do calor humano, devido aos aparelhos.





A globalização contribui com a medicina?
Sim, a globalização ajudou bastante em todas as áreas, e na medicina ficar informado de novos tratamentos, tão ràpidamente, é muito importante.

A medicina vencerá as doenças, hoje, ditas incuráveis?
Ainda não podemos afirmar, mas com certeza os avanços, têm contribuído para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, e tem alongado a vida de muitas pessoas.

O médico de ontem e de hoje?
O médico de ontem era um médico amigo da família, ia atender chamados em casa, e criava um vínculo afetivo, mas hoje em dia, isto não é mais possível, devido a segurança do profissional, que não se arrisca em atender um chamado em casa, sem saber quem está ligando.

Fale - um pouco - de sua trajetória pessoal e profissional
Nasci em Brusque, aqui morei até terminar o ginasial no Colégio São Luiz, depois fui para Curitiba estudar o Científico, interno no Colégio Paranaense dos Irmãos Maristas. Em seguida fiz vestibular para medicina na Universidade Federal do Paraná, e como fui excedente me ofereceram vaga na Faculdade de Medicina de Campos, no Estado do Rio. Lá estudei até, o quinto ano e no sexto ano, já fui transferido para o Rio de Janeiro, onde ali terminei a faculdade e em seguida fiz especialidade no Hospital da Lagoa, no serviço do Dr. Nelson Botelho.

Cardiologia é a especialidade médica que se ocupa do diagnóstico e tratamento das doenças que acometem o coração bem como os outros componentes do sistema circulatório. O médico especialista nessa área é o cardiologista. O exame mais comum, feito por rotina durante uma consulta de cardiologia é o Eletrocardiograma. Com o advento das inovações tecnológicas ainda é o Eletrocardiograma o exame mais comum?
Sim, continua sendo um exame importante.

A eletrocardiologia é a área da medicina que engloba todos os métodos que utilizam a eletrocardiografia como base inicial da informação diagnóstica. Depois de analisada, a eletrocardiografia pode dar origem a novas formas de se compreender a atividade elétrica do coração. Quais são as principais indicações da eletrocardiografia ?
Sempre que se suspeita uma doença cardíaca, há a indicação de se fazer um eletro. Num eletrocardiograma, pode ser diagnosticado, arritmias ,infarto do miocárdio , tamanho do coração, distúrbios de condução etc.

O que você mudaria - se pudesse - na profissão que exerce?
Não mudaria nada, estou satisfeito com a profissão que escolhi.

E a parte esportiva?
Tenho participado ativamente: Em 1962, participei dos Jogos Abertos de Santa Catarina em Blumenau, competindo em saltos ornamentais, na época meu técnico foi Jarbas Cunha, do Bandeirante - tendo representado Brusque no JASC - ficando em 4º lugar. Em 1963 participei do JASC, realizado em Joinville, desta vez jogando basquete. Em 1969 participei do JASC em Blumenau competindo em tênis de mesa, obtendo o 6° lugar. Também atuei no Futebol e no voleibol dos Veteranos do Bandeirante durante 20 anos e 10 anos respectivamente. Outrossim, participei de Corridas, tendo iniciado os treinos para corridas em 1990, participei de várias maratonas, e corri mais de 50 provas, recebi várias medalhas: de ouro, prata e bronze. Minha última participação em maratona foi em 2011 na meia maratona de Brusque. Participei de várias corridas de São Silvestre, e em Balneário Camboriú, quando fiquei em 3° lugar no ano de





2010. Em Florianópolis participei da meia maratona da Caixa Econômica Federal, em 2012, obtendo o 1º lugar na minha categoria. Atualmente continuo treinando 4 a 5 vezes por semana, na Beira Rio, em média de 8 a 10 km e pretendo continuar treinando enquanto puder.

Alguém na família também teve atuação nos esportes?
Tenho três irmãs: Norma, Lisete e Renate, e que estas duas últimas também foram atletas por vários anos. Lisete vogou vôlei em vários Jogos Abertos e participou de campeonatos brasileiros, e Renate jogou tênis também em vários jogos abertos, e participou de jogos brasileiros e até competiu em Torneio Internacional, e ainda hoje joga tênis em Florianópolis, lembrando que meus pais Isidoro e Cassilda jogaram bolão por vários anos, e que receberam várias medalhas

Quais os melhores livros que lá leu?
Gosto muito dos livros da Agatha Christie, O senhor dos Anéis, The Hobbit, entre alguns.

O que faria se estivesse no início da carreira e que não teve coragem de fazer?
Morar fora do país.

O que você aplica dos grandes educadores, das experiências que teve, no dia a dia?
Quanto mais você aprende,você toma consciência que o saber não ocupa lugar, por isto a vida é um eterno aprender.

O que o incomoda?
A desonestidade das pessoas, a corrupção.

Quais são as suas aspirações?
Viver com saúde ao lado da minha família, e exercer a minha profissão enquanto eu puder., e viajar bastante, que é o que gosto de fazer.

Qual o maior desafio que enfrentou até agora?
Educar meus três filhos.

Grandes alegrias?
Alegrias foram muitas, o nascimento de meus filhos foi muito marcante em minha vida.

Finalizado, alguma mensagem?
Acredito que respeitar o próximo, e ser uma pessoa honesta, é o que leva as pessoas a construírem um mundo melhor.

Notas:
Em 1975 da esquerda para à direita -Adilson, Dr.Márcio Clóvis Schaefer, Dr. Antônio Carlos Sandrini e Dr.Edson Manoel da Silva ( foto histórica )


 1972, recém formado
Meia maratona de Florianópolis
Adilson, com os filhos Alexandre e Manuela - os três são maratonistas .
Os médicos Ismar Morelli, Dr Nica, Adilson Schaefer e César Elias - com as esposas

Referências: Publicado no jornal EM FOCO aos 28 de fevereiro de 2014




ANTÔNIO CARLOS SANDRINI  

O entrevistado da semana é o especialista em Radiologia e Ultrassonografia, Dr ANTÔNIO CARLOS SANDRINI, filho de Raulino e Palmira Zomer Sandrini, natural de Orleans, nascido aos 12.04.47; casado com Iza Burigo Sandrini; quatro filhos: Izabela, Giorgia, Marcos e Lucas; torce para o Avaí.

Quais foram as suas aventuras de infância?Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
A vida era mais tranquila e saudável, as brincadeiras eram ao ar livre, próximas da natureza, jogávamos bola, nadávamos no rio e brincávamos de filmes de cowboy.

Sonho de criança?
Sempre quis ser conhecer novos lugares, cidades e pessoas.

Você tem amigos da infância ainda?
Sim, muitos, mas estamos distantes, a maioria deles continua próximos a minha cidade natal, Orleans, sul de SC.

O que sente falta da infância?
Da liberdade de brincar na rua com amigos.

Quando você era criança queria ser adulto?
Sim, como toda criança, queremos crescer, fases da vida.

Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Minha juventude, se passou, em grande parte, na capital, que era ainda uma cidade pequena. Morávamos próximos a atual rodoviária, que na época era uma praia com trapiche, onde tomávamos banho de mar.

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Para mim, a vitoria do Brasil nas copas de 58 e 62 foram marcantes. Acho que daí em diante me tornei um amante do futebol. Meu Avaí que o diga!!!

Pessoas que influenciaram?
Meu avo paterno, pelo seu carinho e amor dedicado a mim e meu pai, pelo seu caráter exemplar.

Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
Eu estudei em colégio interno, lembro-me da forma educada e respeitosa como tratávamos nossos professores. Desde pequeno motivei-me pela pelas ciências biológicas. Gostava muito de ler, mas não era o melhor aluno em português.

Formação escolar?
Ensino primário em São Ludgero, o ginasial eu cursei no Colégio Catarinense de Florianópolis e cursei medicina na Universidade Federal de SC, fiz minha residência no IERM-RJ.

Primeira professora?
Minha tia Araci




Grandes professores?
Professora Alfredo D'aura Jorge, meu paraninfo de formatura, além de grande medico, era uma pessoa excepcional.

Como surgiu a medicina em sua trajetória profissional?
Naturalmente, gostava de biologia, admirava a profissão e e fiz minha escolha profissional de maneira simples e tranquila, nada muito planejado ou sonhado.

Após decidir-se pela medicina, quais foram os passos que traçou e seguiu?
A primeira parte foi estudar, depois disto, me especializei e me dediquei aos meus pacientes.

O que vem a ser ultrassonografia? também denominada ecografia?
'E um método de medicina diagnostica por imagem, que usa o som (ultra) para estudar tecidos e órgãos.

A ultrassonografia pode revelar a estrutura interna dos órgãos reprodutivos e também do concepto, com precisão de mensuração e outras características além de outros exames?
A grande vantagem da ultrassonografia sobre os outros métodos de imagem e que não causa nenhum dano ao paciente ou ao feto, uma vez que não usa radiação.

Em que se baseia a ultrassonografia?
Usa som acima da percepção humana para produzir imagens.

Quais as aplicações da ultrassonografia?
Atualmente, com os novos aparelhos e usada em praticamente todo o corpo humano, excetuando em órgão que detenham ar em seu interior como pulmões e estomago ou ossos.

Qual foi o maior desafio até agora?
·         O meu maior desafio foi o mais prazeroso e gratificante, criar e educar meus 4 filhos. Trabalhar em Brusque durante 40 anos e ser reconhecido pela sua sociedade, para mim, sempre foi muito importante.

Quais medos você tem ou teve? maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer. ?
Tenho receios que todos tem, envelhecer sem saúde, certamente me aflige.

Algo que você apostou e não deu certo?
Apostei no Avaí ser campeão brasileiro da seria A, ficamos em sexto lugar...já esta bom!

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Faria o que fiz novamente.

Fale um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Sempre tive uma vida profissional pautada pelas boas relações com amigos, colegas e pacientes. Quando vim para Brusque logo conheci pessoas especiais que ate hoje são grandes amigos. Nossos filhos e netos continuam esta historia de amizade, sinceridade e amor.

Referências: Jornal Em Foco. Edição de 20 de novembro de 2012.



 ANTÔNIO CUSTÓDIO DE OLIVEIRA FILHO

  
                                                                   Diego, Lucas, Dr. Custódio e Adriano.

Filho de Maria de Jesus Carvalho Oliveira e Antônio Custódio de Oliveira, natural de Itapetininga, São Paulo, nascido aos 03.06.56; Três filhos: Diego, Adriano e Lucas. Especialista em Ortopedia e Traumatologia, também sub- especialista em Medicina e Cirurgia do tornozelo e pé e pós graduado em perícia médica.

Primeiramente fale de sua formação
Nasci em Itapetininga, onde fiz minha formação do primeiro e segundo grau e sendo filho de comerciantes trabalhei em uma mercearia até os 17 anos. Fui para São Paulo onde fiz um ano de cursinho e entrei na Escola Paulista de Medicina. Terminei a Faculdade em 1980 e comecei a fazer residência no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo até 1984. Tive um convite para trabalhar na cidade de Bandeirantes, norte do Paraná, onde fiquei até final de novembro de 1985. Onde também fui convidado para participar do Rotary Club.

Como veio para Brusque? Foi bem acolhido?
Fui convidado por um vendedor de materiais ortopédicos para vir para Brusque, pois estavam precisando de mais um ortopedista. Comecei a trabalhar aqui em 01 de dezembro de 1985, onde fui bem acolhido pelos meus colegas de trabalho, por todo o corpo clínico e a direção do Hospital de Azambuja. Também fui muito bem acolhido pelo Rotary Club de Brusque, onde participo até hoje. Já ocupei todos os cargos do Clube, sou o responsável pelo intercâmbio de jovens e pelo intercâmbio de grupo de estudos (IGE). No próximo ano serei o responsável distrital do IGE

Quantos anos faz que exerce suas funções de médico em nossa cidade?
Vim para o Berço da Fiação Catarinense há 23 anos.

Como poder-se-ia diferenciar a ortopedia da traumatologia
A palavra ortopedia quer dizer: orthos = ereto e paidos = criança, onde se conclui que inicialmente a ortopedia cuidava das deformidades da infância e atualmente agem em todas as correções que acontecem no esqueleto. Já a traumatologia, como o próprio nome diz, cuida dos ferimentos que ocorrem no esqueleto provenientes de traumas.

Quando nos deparamos com a rotina dos pronto-socorros de uma cidade com o perfil de Brusque, sabemos que a cada segurado novas intercorrências podem nos fazer pensar que há sempre algo inédito a ser estudado e aprendido ?
Concordo plenamente, principalmente com relação a trauma. Em nossa cidade aumentou terrivelmente o número de acidentes de trânsito, tanto em número, como em gravidade. Cada dia temos algo diferente que exige muito estudo e planejamento para ser resolvido.

O que poderia ser dito a respeito de fratura de estresse?
A fratura de estresse ocorre quando há uma sobrecarga intensa no esqueleto. Isto ocorre tanto em atletas como em trabalhadores. As mais comuns são as dos ossos do metatarso que ocorre em pessoas que fazem longas caminhadas, sem ter preparo físico ou atletas em atividades intensas.

O exame físico, o diagnóstico radiográfico e o Raio-X se complementam no diagnóstico de uma fratura?
O diagnóstico de uma fratura começa com a história clínica – descrição do trauma, intensidade, violência, altura etc, depois vem o exame clínico e o radiográfico. Dependendo do complexidade pode ser necessário uma tomografia computadorizada ou uma ressonância nuclear magnética para orientar o tratamento que pode ser clínico ou cirúrgico.

Quais as causas ou fatores de risco de quedas envolvendo pessoas idosas?
As quedas das pessoas idosas ocorrem principalmente em casa devido a pisos escorregadios, tapetes sem antiderrapante, escadas sem corrimão, banheiros sem apoios para sentar e levantar do vaso sanitário, banquetas e apoios no Box e má iluminação. Tem pesquisas que mostram que a maioria das fraturas do colo de fêmur ocorrem principalmente à noite quando levantam e vão ao banheiro para urinar. Como principal fator de risco temos a osteoporose que é uma perda da massa óssea do esqueleto. Ocorre mais na mulher após a menopausa, mas também ocorre nos homens, porém numa idade mais avançada. A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia tem um site: <http://www.casasegura.arqu.br/>, que orienta a construção de uma casa com mais segurança para todas as idades e principalmente para o idoso e os deficientes físicos.

Pela sua experiência, quais as causas mais freqüente s de problemas ortopédicos e traumatológico que aparecem no dia a dia no consultório?
Aqui em Brusque a causa mais freqüente são os acidentes de trânsito, principalmente com motos, seguidos que acidentes do trabalho e domésticos.

Quais as técnicas cirúrgicas mais recentes nas suas áreas de atuação?
Tanto a Ortopedia como a Traumatologia evoluiu muito nos últimos anos e como em outras áreas da cirurgia a tendência são as cirurgias minimamente invasivas. Explicando melhor, com novos equipamentos de imagem e novos equipamentos implantes podemos realizar grandes procedimentos cirúrgicos com pequenas incisões e em menor tempo. Diminuindo assim a morbidade, o tempo de hospitalização e a recuperação do doente. Há 2 anos o Hospital Azambuja adquiriu um arco cirúrgico que é um aparelho de RX em forma de “C” que transmite a imagem a um monitor durante a cirurgia. Com esse equipamento temos feito cirurgia percutâneas, que antes feitas abertas e necessitavam o dobro do tempo para serem realizadas. Nosso hospital está muito bem equipado e preparado para realizar todos os tipos de cirurgias ortopédicas e traumatológicas.

Como está Brusque equipada para enfrentar os problemas ortopédicos e traumatológicos em relação aos grandes centros?
Não perdemos nada para os grandes centros. Inclusive temos trazidos professores de grandes centros para realizarem cirurgias de alta complexidade aqui em nosso hospital, o que é uma grande honra para nós e uma grande comodidade para o paciente que não precisa de deslocar e ficar longe do convívio de seus familiares.

Com a expansão do conhecimento, a produção científica da área médica tem se ampliado intensamente nas últimas décadas, tornando essencial a atualização permanente do conhecimento. No entanto, se o número de informações cresce vertiginosamente, a aquisição destas também tem sido intensamente facilitada pelos meios atuais de comunicação via internet?
A internet tem facilitado muito o acesso a informações, porém o acesso a informação especializada é restrita e ainda tem um custo elevado, tanto no Brasil, como no exterior. Para acesso a informações especializadas eu sou sócio da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia , da Sociedade Brasileira de Medicina e Cirurgia do pé e Tornozelo, da Associação Brasileira de Traumatologia Ortopédica, da Sociedade Latino Americana de Ortopedia e Traumatologia e da Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos. Todas têm uma biblioteca e conferências on line.




A globalização e a Medicina?
Com a globalização houve um grande avanço na Medicina, tornando possível a realização de procedimentos cirúrgicos, com o uso de robôs, através da internet, de um país para o outro. Também tem seu lado negativo, pois diminuiu a relação médico-paciente. Hoje tanto o médico como o paciente estão mais dependentes de exames e de aparelhos do que uma boa história clínica e um bom exame físico.

O Brasil tem jeito?
Sim. Para mim não existe país melhor que o Brasil. Vivemos em um paraíso e não temos consciência disso. Temos verde durante o ano todo, água em abundância, apesar da enchente temos pouca calamidade como terremotos , ciclones e maremotos que destrói cidades inteiras. Acredito que uma melhora da educação e da qualidade da saúde temos um povo que é capaz de construir uma grande nação. É só acreditar que podemos.

O que é uma sexta feira perfeita?
Não acredito em sexta perfeita, acredito em todos os dia sem que acordo com saúde e disposição para trabalha . Também não dispenso um bom lazer e uma atividade física.

Costuma ler jornais?
Sim. Ao meio dia leio os jornais locais. Pela manhã ouço o rádio e algumas vezes à noite o noticiário pela televisão. As notícias nacionais e internacionais normalmente leio na Internet, nos intervalos do trabalho.

Referências: Jornal  A Voz de Brusque. Entrevista publicada em 20 de fevereiro de 2009.

ARNONI ULISSES CALDART


Natural de Joaçaba/SC, nascido aos 01.02.52; casado com Marlice; dois filhos: Adriano e Aloísio.

Como veio para Brusque?
Tendo nascido em Joaçaba, vim para Brusque, por intermédio do conhecidos.

Uma lembrança da juventude?
A Universidade.

Estudos?
Meus estudos foram realizados no Rio Grande do Sul, mais precisamente em Porto Alegre.

Como conheceu Marlice?
Tudo começou quando ela era enfermeira no Hospital em Porto Alegre.

Qual sua especialização?
Otorrinolaringologia que realiza atendimento clínico e cirúrgico de problemas relacionados ao nariz, ouvido e garganta.





Qual a importância da audição?
A audição é um dos sentidos mais importantes e tem função primordial na comunicação e preservação da espécie, já que está ligada a função de alerta. A função vem sendo estudada há muitos anos e sua compreensão ainda não é completa.

Qual o mecanismo da audição?
O mecanismo da audição é bastante complexo, mas podemos resumi-la assim: o som entra pelo conduto auditivo externo, entra em contato com a membrana timpânica e é transmitida para a cadeia Ossicular – martelo, bigorna e estribo. Então o estímulo sonoro é transmitido para o interior da cóclea. A cóclea tem a função de transformar este estímulo em eletricidade – o que é feito pelas células ciliadas do ouvido. Este impulso elétrico é então transmitido para o nervo auditivo e deste ponto para o cérebro.

Sendo o corpo humano uno, a especialização dos ramos da medicina não é uma contradição?
Não.

Quais as diferenças básicas entre os remédios de marca e os genéricos?
A maior diferença é que os genéricos são mais baratos.

A globalização e a medicina?
A globalização contribuiu muito para a medicina.

A internet e a medicina?
A internet também ajudou muito a medicina

Grande nome na medicina?
Em Brusque citaria o Saudoso Dr Carlos Moritz

Se não fosse médico?
Talvez fosse advogado.


O ensino de Medicina, atualmente segue o esperado?
Não segue o esperado.

O que é uma sexta feira perfeita?
Aquela que termina bem a semana.

Lazer preferido?
Tênis.

A administração municipal está no caminho certo?
Não posso opinar, não acompanho.

O Brasil tem acerto?
Tem sim.

Costuma ler jornais?
Sim, diariamente.

Referências: Jornal  A Voz de Brusque. Entrevista publicada em 18 de abril de 2008.






 EMÍLIO LUÍS NIEBUHR


                                                 Nosso entrevistado Dr Emílio Luís Niebuhr
O entrevistado da semana é o Dr Emílio Luís Niebuhr, filho dos saudosos Otto e Eugênia Albani Niebuh, nascido em Brusque aos 11/11/1938; são em 3 (três) irmãos: Otto Joel, Maria Eugênia e Emílio Luís; casado com Elisa Regina Schlosser Niebuhr, aos 06/05/1967; têm 2 (dois) filhos; Eugênia Regina e Arthur Otto; 05 (cinco) netos: Pedro Emilio, Victôria, Ian, Gabriela e Camila ; torce para Sport Club Brusquense, (ex CACR), Corinthias e Vasco da Gama.

Como foi sua infância e juventude?
Passei em Brusque, onde tivemos o privilégio de morar bem o centro – a Avenida Cônsul Carlos Renaux era denominada de João Pessoa – entre os dois cinemas: Coliseu e Real; joguei futebol com o time do Padre João Stuep; frequentei o Curso primário no Grupo Escolar Santo Antônio (conhecido como Colégio das Freiras), depois fiz o chamado ginasial no Colégio Cônsul Carlos Renaux, aí tive que ir para Blumenau para completar o chamado Científico, cursando também o Técnico em Contabilidade, no Colégio Santo Antônio, registre-se em regime de internado, face a não haver como ir e vir diariamente de Blumenau. Na juventude, ia ao cinema que era a diversão da época e gostava de acompanhar meu saudoso pai nas pescarias.

Como era seus pais? Qual a influência deles na disciplina e na formação?
De acordo com os hábitos da época, a disciplina era mais rígida que atualmente, mas os tinha como companheiros e amigos. Eram austeros, ma não severos. Meus pais dedicavam-se totalmente á formação dos filhos.

Como conheceu Elisa?
Conheci a Elisa quando retornei dos estudos de Medicina para trabalhar em Brusque, naquela época conheci Elisa, vez que as famílias eram todas conhecidas.
                                                                    Dr Emílio no dia a dia.

Como aconteceu a opção pela medicina?
Foi por influência materna ter optado por uma faculdade de Medicina, tendo escolhido o Rio de Janeiro para cursá-la. Tive a felicidade de passar no primeiro vestibular a que me submeti e no de 1957, iniciei o curso de Medicina, tendo colado grau em Medicina na data de 15/12/1962, em seguida, mais dois anos de Pós-Graduação, no Hospital dos Servidores do Estado, com especialização em Cirurgia Geral.

Como foi o início de sua trajetória profissional em Brusque?
Na volta á Brusque, retorno este antecipado pelo falecimento de meu pai, em 1965, fomos o 10º médico a instalar-se no Berço da Fiação Catarinense, a saber os Drs.: Humberto Mattiolli, Carlos Moritz, João Antônio Schaefer, popular Dr. Nica, Aluizo Haendchem, José Tridapalli, Germano Hoffmann, Francisco Dal’Igna, Márcio Clóvis Schaefer, Francisco Beduschi e eu.

Qual a influência da globalização na medicina?
Naquele tempo os recursos médicos eram bem menores de que na atualidade. A gente exercia um trabalho interessante, atuávamos, bem mais próximos da comunidade. O que em muito supria á necessidades de exames mais aprofundados, que até então não existia: daí para nossos dias a medicina teve uma grande revolução tecnológica e hoje, aparelhos sofisticados são usados na medicina globalizada com muita eficiência, trazendo reais vantagens no diagnóstico e tratamento das doenças.

A internet e o dia a dia na medicina?
Com a medicina globalizada a Internet também passou a ser instrumento de trabalho dos médicos que têm acesso facilitado ás modernas técnicas utilizadas em todo o mundo, outros sim, hoje em dia, todos os consultórios são informatizados e os pacientes cadastrados eletronicamente.

Como poder-se-ia definir o “genérico” para esclarecer o povão?
Um das evoluções da Medicina foi a implantação do uso de medicamentos “genéricos”. O laboratório que lança um medicamento novo na praça e tem 10 (dez) anos para explorá-lo, passados este prazo, é obrigado a lançar o produto dito “genérico”, ou seja, com o nome do produto químico utilizado no remédio e o preço mais acessível.

O “genérico” é confundido com os “similares”?
Infelizmente confundem-se medicamentos “genéricos” com os “similares” que geralmente são adquiridos pelas farmácias com bonificações. Isto faz com que sejam mais baratos, todavia, muitas vezes de procedência duvidosa e fazendo concorrência com os remédios chamados de “marca” e ou “genéricos”, pelo baixo custo. Desta forma, muitas pessoas são enganadas, acreditando que estão comprando um medicamento “genérico” quando na realidade está adquirindo um produto sem a qualificação técnica do medicamento receitado.

Se não fosse médico?
Provavelmente seria comerciante, haja vista que meu pai tinha um Engenho Descascador de Arroz.

Fale sobre a participação no Rotary Club de Brusque?
Somos filiados ao Rotory Club de Brusque desde 1968, ocupante, de certa forma, lugar deixado pelo meu saudoso pai, que, inclusive, foi um dos fundadores do Rotory Club de Brusque. Inicialmente as reuniões aconteciam na sede do CACR, de cuja janela, assistamos o treino da famosa equipe do CACR (hoje, Sport Club Brusquense).

Qual o melhor livro que já leu?
O melhor livro é o que estou lendo: “Anjos e Demônios”

Costuma ler jornais?
Sim , diariamente leio um jornal local e um regional e semanalmente, leio a VEJA.

O Brasil tem acerto?
Tem acerto sim... apesar das dificuldades o Brasil, está dando e vai dar certo, tanto que se houvesse mais seriedade estaríamos bem mais avançados. Tenho viajado á Europa e constatei que o padrão de vida no Brasil está igual ou melhor do que lá.
Referências: Jornal Em Foco. Edição de 30 de outubro de 2012.

FERNANDO LUÍS MACHADO

Filho de José e Maria da Graça Machado, natural de Lages, nascido aos 13 de setembro de 1973; casado com Regina Cássia Ribeiro; torce para Flamengo. Especialidade: Cirurgia Geral do aparelho digestivo.
Primeiramente fale de sua trajetória, onde nasceu, os familiares, a educação recebida de seus pais, como foi sua infância e juventude Nascido em Lages, cidade que muito me orgulha e onde ainda hoje mora meu pai e os pais de minha esposa. Brincávamos mais ao ar livre, nos movimentávamos mais e tínhamos muito mais contato com a natureza. Tínhamos menos brinquedos e quase nada automatizado. Quanto a educação recebida dos pais, sempre reforçaram os valores éticos, priorizando a amizade, a igualdade, a humanidade e a responsabilidade.

Formação escolar?
A formação primária foi no Colégio Diocesano de Lages – particular da Congregação Franciscana; a formação ginasial e secundarista no Colégio Industrial de Lages – exemplo de como a escola pública estadual pode ter muita qualidade; formação superior na Universidade Federal de Santa Catarina – referência da potência do ensino federal gratuito e de qualidade; especialização em Cirurgia Geral e Cirurgia do aparelho digestivo no Hospital Governador Celso Ramos de Florianópolis, atualmente, além da atividade profissional, sou aluno do Curso de pós-graduação em Auditoria-médica em Joinville e do curso de pós-graduação em Terapia Intensiva em Itajaí.

Como veio para Brusque?
Ao final de minha especialização foi feito contato por parte do Hospital Azambuja com o Hospital Governador Celso Ramos pela necessidade de cirurgião, então resolvi visitar o Hospital e depois decidi atuar nesta cidade.

Como surgiu a Medicina em sua vida? Antecedentes no ramo?
Acredito que a opção por uma profissão vem do amadurecimento do jovem que começa perceber sua importância no quadro social do país, define suas prioridades e planeja qual será sua posição para ser útil na construção de uma sociedade justa, igualitária, consciente e com pleno potencial para o desenvolvimento. Fiz minha escolha baseado nisso e na grande admiração por esta que considero não só uma profissão, mas também, uma arte. Em minha família, o primeiro médico foi meu primo, que hoje atua como pediatra. Eu sou o segundo e depois formou-se também meu irmão.

Fale de sua especialização
Na história da humanidade, a cirurgia como atividade, tem início antes mesmo da Medicina tradicional como a conhecemos. Hoje, mesmo com todo o avanço tecnológico e automatização, a atuação do cirurgião continua necessária e presente em nosso dia a dia.

Se o corpo humano é uno, o caminho não seria a Clínica Geral e não o médico especializado?
Acho importantíssimo que o médico generalista – clínico geral – tenha um conhecimento abrangente e qualificado o suficiente para resolver uma grande quantidade de casos, porém, a grande quantidade de informação existente hoje, exige a atuação de especialistas para que o atendimento seja mais eficiente e efetivo.

Com a especialização não ficou afastado o tradicional médico familiar?
Durante alguns anos isso foi realidade. Atualmente há uma tendência a valorização do médico de família devido à necessidade do atendimento básico de qualidade.

A globalização e a Medicina?
É importante tendo em vista a possibilidade de troca de informações e utilização dos recursos mais adequados em qualquer parte do globo.

A internet e a Medicina?
A internet é um recurso essencial não só na área médica, mas em toda atividade em que o conhecimento seja renovável com muita rapidez, pois, permite que profissional mantenha-se atualizado em sua função sem necessidade de deslocamento
Fumar faz mal à saúde?
Fumar faz mal à saúde em vários aspectos, causando lesões em vários sistemas orgânicos, como o sistema respiratório, sistema digestivo, sistema imune, além do sistema nervoso central.

A depressão é o mal do século?
Acredito que sim, pois a instabilidade psicológica influencia negativamente e possibilita o aparecimento de outras doenças em diversos órgãos.

O Brasil tem jeito?
Certamente o Brasil tem potencial para figurar entre as maiores nações mundiais, porém, existem diversos problemas em vários setores. Penso que o ponto principal a ser corrigido é a corrupção, pois ela atrasa e limita o desenvolvimento de todos os setores. Acredito que é necessária uma mudança de atitude nas pessoas, valorizando os princípios éticos, ressaltando as boas ações das pessoas, plantando no pensamento coletivo a idéia de bons valores e de um desenvolvimento coletivo, menos individualista.

Referências: Jornal  A Voz de Brusque. Edição nº x.



 GERMANO HOFFMANN


O entrevistado desta semana é o médico e grande figura humana Dr Germano Hoffmann, filho de Moritz Germano Hoffmann e Ida Willrich Hoffmann, nascido em Brusque aos 01.08.26; casado com Lya Vianna Hoffmann (in memorian) tem um irmão: Erich.

Uma palhinha da descendência?
Maritza casou com Gilberto Rau: filhos: Christoph Germano, Mayara e Tadjana; Ricardo casou com Ana Fátima Petruschky: Ana Lya, Ricardo Henrique, Egon Germano (in memorian) e Riana Ida; César casou com Joceline Laube: Sanatiel e Iander Luther; Fábio casou com a Simone (filha da Carmelita e do Armando Sassi): Fabio Germano, Paulo Vicente, Natália e Tamara; Christian casou com Vanusa da Silva: Christian Filho, Arthur Germano e Renan Leonardo; Germano Hoffmann Filho e Iasmine são solteiros. 1 irmão: Erich Hoffmann. 7 filhos (5m e 2F)15 netos (9m e 6F)1 Bisneto: Pedro Ricardo Hoffmann Russi.1. Germano Hoffmann Filho2. Maritza Hoffmann Rau: Christoph Germano, Mayara e Tadjana.3. Ricardo: Ana Lya, Ricardo Henrique e Riana Ida.4. Cesar: Sanatiel e Iander.5. Fabio: Fabio Germano, Paulo Vicente, Natalia e Tamara. 6. Iasmine 7. Christian: Christian Filho, Arthur Germano e Renan Leonardo.

Formação escolar?
Cursei o Primário no Alberto Torres, o ginasial e o secundário no Colégio Catarinense em Florianópolis e Medicina na Universidade do Paraná.

Como foi sua infância e juventude?
Minha infância foi futebol no Paysandu, quilica, peão, mocinho e bandido, circo idealizado pela Flore de Nair Hor Craher.

Como surgiu a Medicina em sua trajetória? Algum antecedente familiar?
Surgiu quando sofri uma cirurgia – apêndice aguda – em 1945, no hospital de Azambuja em contato com o Dr Nica e Dr Carlos e outro médicos, aconteceu o estalo para a medicina, resultando aí em cursar na Universidade do Paraná, já que não havia faculdade de medicina em Santa Catarina.

Trajetória profissional?
..... em São Paulo, em 57 vim para Brusque, fui nomeado para o Posto de Saúde do Jardim Maluche, na época o Prefeito era o Dr Carlos Moritz, em seguida no SAMDU, juntamente com Dr Francisco R. Dal’ Igna e o Dr Nica em plantões de 24 por 48 horas. Fiz parte da Clínica dos Hospitais Azambuja, Evangélico e atualmente do Hospital Evangélico.

E as especializações médicas?
Na época em que me formei médico, todos eramos generalistas. Já havia as especializações, mas antes de se especializar o formando tinha que passar por clínica geral, para depois fazer especialidade, pois o ser humano é um todo, e não uma parte.

O médico de ontem e de hoje?
Nesses 50 anos –formei-me em 17.12.54 – que exerço a profissão observei uma mudança radical na forma em que a medicina é exercida. Antes tínhamos o médico da família. O mesmo médico tratava praticamente toda a família. As pessoas adquiriam confiança nesse profissional da área da medicina, que tratava de quase todas as doenças, registre-se com acompanhamento dos pacientes. Hoje, predomina os especialistas.

Os avanços tecnológicos e a medicina?
O avanço tecnológico contribui fortemente para a melhoria da saúde. Atualmente temos exames bem mais detalhados, como ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada e a vídeo-cirurgia, que é um avanço extraordinário na clínica cirúrgica, ressaltando-se que, não é mais preciso fazer cirurgia a “céu aberto”, além de reduzir o tempo de hospitalização e de convalescença . E destaque-se hoje, os estudos e as pesquisas de célula-tronco.

A globalização contribui com a medicina?
Sim, porque possibilita o intercâmbio de informações com uma rapidez instantânea.

A medicina vencerá as doenças, hoje, ditas incuráveis?
A evolução tecnológica trouxe grandes esperanças nesse particular, valendo salientar que sempre surgem novas contribuições, não só em detalhamento de exames laboratoriais, como em termos de instrumentalização, sabe-se também, que os cientistas não param de pesquisas e avançar em descobertas importantes.

O cigarro é um veneno? '
Sim, tranquilamente.

Como se lida com o envelhecimento?
Apenas vivendo, pois para envelhecer é preciso continuar vivo.

Participação na comunidade?
Participo do Lions Clube Brusque-Centro desde 1957, tendo presidido o Clube em quatro oportunidades, fui associado do Santos Dumont, da Sociedade Beneficente, do Caça e Tiro Araújo Brusque, da S.E. Bandeirante, do Clube Atlético Carlos Renaux e do C.E. Paysandu.

Que lema adota?
Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará (Salmo 37, v 4 e 5)

Se não fosse médico?
Com certeza seria padeiro, haja vista que a profissão de meu pai era confeiteiro e dono de uma padaria.

Além de exercer a Medicina, o que faz Dr Germano Hoffmann?
Participo do Lions e do Grupo Amigo do Canto Alemão.

Grandes atletas?
No CACR: Arthur Olinger- que trouxe a bolo de couro do RS – os seus filhos Hélio e Mário, mais famoso trio tricolor. Mosimann, Afonsinho e Ivo Willrich. Mais os atlestas: Dirceu e Sarará, Pitsch Tensini, Nilo Bianchini, Evaldo Schaefer, Tesoura, Teixeirinha, Petrusky, Pilolo, Esnel, Aníbal Diegoli, Andrade (arqueiro) , Leba e no Paysandu: Herbert e Osvaldo Appel, Chico e Heinz Appel, ..... Domingos, Janga Rosin, Wilimar Ristow, Arthur e Érico Appel, Curt Appel, Aristides Salces, Nego Kuhn, Julinho R. Hildebrandt

Grandes Dirigentes:
Érico Trindade, Ayres Gevaerd, Arthur – Polaco – Jacovicz, Arthur Appel – que está fazendo renascer o mais querido da Pedro Werner e Bilo (W.W.Ainchinger)

Brusque comporta três clubes?
Acredito que três clubes não, um deles deveria ser fundido no Brusque, vez que três agremiações divide muito. Dois sim, porquanto o desafio levará as equipes para frente.

Quais dos filhos estão e/ou estiveram ligados aos esportes?
Ricardo e César: Ricardo era zagueiro do C. A. Carlos Renaux, Ricardo inclusive presidiu o Brusque. César atuou no infanto-juvenil da equipe esmeraldina. O Gemano Hoffmann Filho, popular Mano, joga futebol suíço na S.E. Bandeirante, atuando pela equipe Catareira, e é responsável pelo BADEJO, equipe que participa há 24 anos, desde 1989 do Campeonato Paralelo de Futebol de areia no Balneário de Camboriú, tendo sido campeão por 4 vezes: 1990/96/99 e 2004, ressalte-se que, sem que os cronistas esportivos locais tomassem conhecimento e registre-se o feito, nem mesmo com uma pequena nota. O Mano é também patrão de CTG- Laço do Bom Vaqueiro. Em 2014, será realizado o 30º Rodeio Crioulo Nacional, nos dias 31 de julho a 3 de agosto.

De que sente orgulho?
Depende do sentido, primeiro de que orgulho quer que eu fale? Primeira opção, daquele orgulho de ser orgulhoso, vaidoso e arrogante, aquele orgulho negativo pejorativo de julgar-me o tal, o maior, o mais bacanudo, o Super Shell, the Best, o mais querido, mais amado e mais atuante, ou do outro orgulho, tranquilo, pacífico, da satisfação pessoal, do viver normal, do respeito e bem querer ao próximo. Sinto orgulho de muitas coisas, uma infinidade de coisas, de pessoas, de animais, de obras de arte, de músicas, eventos, atos e fatos vividos, principalmente do setor familiar, social e profissional.Sinto orgulho dos meus filhos, do sucesso de cada um deles, da convivência, encontros pessoais, das notas que meus filhos e netos alcançam nas faculdades, no exercício de suas profissões, nas suas alegrias e datas festivas. Sinto orgulho das minhas amizades passadas e atuais, dos meus clientes, que me deixam alegre, feliz e gratificado quando me declaram o seu carinho, amizade, simpatia, afeição e bem querer. Quando me relatam fatos, palavras e atitudes que eu dividi com eles(as) em algum momento de suas vidas, dos quais relembram com saudades, alegria e emocionados, ou com angustia e dúvidas. Amigo Luiz, sinto orgulho sim, e muito orgulho, quando recebo mensagens no facebook, em que me relembram momentos emocionantes na sala de parto e outros, nos quais eu pude ser instrumento de Deus.

Para que equipes torce?
Meu caro Luiz, nasci Paisandú e o sou até hoje, apesar de ter nascido e vivido minha infância e grande parte de minha vida adulta, vizinho do campo e da sede do Esporte Clube Brusquense, na Av. Lauro Muller. Na minha infância, o bambuzal que cercava por três lados o campo do brusquense, me isolava do campo, e minha amizade com os Appel e demais amigos da Rua Pedro Werner eram todos paisanduanos. Alem disso, não havia muita afinidade entre as torcidas do lado de cá do Rio Itajaí Mirim, chamado de Nitério, pela torcida do Brusquense, do lado de lá do rio, considerada a elite de Brusque, a maioria torcida do Brusquense. Mas nem por isso deixei de torcer sempre pelo Brusquense e Carlos Renaux, do qual sou dono da Cadeira Cativa Permanente nº 37. Em Florianópolis, torci pelo Avaí Futebol Clube. Em Curitiba, torci pelo Curitiba Futebol Clube, time do Fedato. No Rio, pelo Fluminense, onde o Helio Olinger treinou por uns tempos, mas retornou à Brusque. Nunca fui apaixonado por time algum, era torcedor do Botafogo e do Vasco da Gama, pelo zagueiro Augusto, que conheci pessoalmente. Em São Paulo, fui do Palmeiras e hoje pelo São Paulo. Em Porto Alegre, torço pelo Internacional.

Quais foram as alegrias e tristezas que teve?
Muita alegria quando consegui namorar com a que foi minha esposa, Lya Vianna, quando estudava em Florianópolis. Muita alegria quando passei no vestibular em Curitiba. Muita alegria e agradecimento à Deus, quando consegui residência na Santa Casa de São Paulo. Pura alegria quando com a minha filha Iasmine, como participante do Grupo Amigo de Canto Alemão, visitamos a Europa, passando pela Alemanha, França e Itália. Alegria intensa na visita ao túmulo de Napoleão Bonaparte, em Paris, e de seu filho, chamado Rei de Roma. Joguei moeda e formulei desejo na Fontana de Trevi, em Roma. A visita à torre Eiffel foi uma alegria a parte. Feliz e alegre pelo nascimento dos meus 7 filhos e 16 netos, sendo que todos nascidos comigo, à exceção do Mano, primogênito, que nasceu em Florianópolis, terra de sua mãe. Me alegro com os Rodeios do CTG Laço do Bom Vaqueiro, cujo patrão é o meu filho Mano. O sucesso do Laboratório Hoffmann, do filho Mano. Torcedor do Badejo no Futebol de areia, em Balneário Camboriú, onde jogavam 4 de meus filhos, Mano, Ricardo, Cesar e Fabio. E o quinto, o Guto, era o adjunto do treinador, torcedor incentivador dos jogadores. Alegria pela minha filha Maritza, que me deu o 1º neto, Christoph Germano Rau. Feliz pelas formaturas dos meus filhos e netos. E na expectativa alegre de poder assistir a formatura em Direito de minha filha Iasmine, em 2015. E as alegrias que as minhas noras e genro, sempre amigos, me proporcionam. Tristezas foram poucas, mas grandes e marcantes. 1ª a morte de meu pai, meu grande amigo e meu orgulho, nos meus braços em um domingo a tarde. O falecimento de minha mãe, o falecimento de minha esposa Lya, muito jovem, com 54 anos. O óbito de um neto com 1 ano e 10 meses. A morte de um meu tio, Otto Rodolfo Hoffmann. A morte do Dr. Carlos Moritz, meu amigo, mestre e professor, do qual muito aprendi, e considero meu 2º pai. Tenho muita tristeza pela morte de amigos.

Pensa em escrever um livro pela bela vida que teve?
Sem dúvida, sou obrigado a fazê-lo, pois meu filho Ricardo me pressiona a cada semana para iniciar. Mas pretendo publicar o livro do meu pai, Moritz Germano Hoffmann, antes do meu.

Grandes nomes em Brusque?
Esta é uma solicitação difícil de atender, pois implica em uma lista de destaques de “grandes nomes” muito grande, enorme mesmo, de difícil execução sem que se magoe alguém ou alguma família, que não tiver citado algum membro de destaque. Acredito que nesta imensa lista estariam escritos os seguintes nomes: 1. O Cônsul Carlos Renaux, por ter importado a primeira fabrica têxtil da Inglaterra e ter montado o parque fabril de Brusque. 2. João Bauer, pioneiro da usina hidro-elétrica da Guabiruba, transferida para Blumenau, onde cresceu como empresa Força e Luz, encampada pela Celesc. 3. Johann Phillip Heinrich Hoffmann, cidadão imigrado da Alemanha e que emprestou 45.000 contos de réis, ao estado de Santa Catarina, para a construção da primeira ponte de Brusque, e que nunca foi reembolsado desta quantia .4. Ayres Gevaerd, filatelista e numismata, fundador do Rotary Clube de Brusque e da Sociedade Amigos de Brusque, paisanduano de coração e joalheiro de renome. 5. Arthur Appel, fundador do primeiro Lions Clube de Brusque, que é também o 3º Clube de Lions de Santa Catarina e o 12º Clube de Lions fundado no Brasil. 6. Dr. Guilherme Renaux, importou os pardais para Brusque. Havia uma praga de não lembro o que, e ele, como engenheiro agrônomo, trouxe os pardais para acabar com esta praga. 7. Arthur Olinger, pai de Mario e Helio, jogadores do Carlos Renaux, por ter trazido a primeira bola de couro, do Rio Grande do Sul. Era tropeiro e trazia gado do Rio Grande. Tenho para mim, que Arthur Olinger merece uma estátua ou ao menos um busto, como o Sr. Arthur Schlosser, criador e patrono dos JASC, por ter trazido a ª bola e que ensejou que o Clube Esportivo Brusquense, fosse o Vovô do Futebol Catarinense e honra para Brusque.





Finalizando
Obrigado amigo Luiz, por ter me levado a tantas lembranças e recordações, que fazem um bem estar às nossas mentes e coração.

Referências: Matéria publicada no "Em Foco" aos 22 de novembro de 2013


GISELLE MIRLEY ARMELIN MORITZ

                                                                        Giselle com o marido Marcus.

A entrevista da semana é a médica, Dra. Giselle Mirley Armelin Moritz (formada pela PUC/PR- Pontifícia Universidade Católica -Curitiba, completando a formação profissional em Ribeirão Preto/SP), nascida em Mandaguari/PR aos 17 de agosto, filha de Rubens e Laura Peres Armelin; Casada com Dr Marcus V. Bauer Moritz, com o qual têm três filhos: Marcela , Rebecca e Nicolle

Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
Tive uma infância muito feliz, alegre com muito carinho, harmonia e amigos. Adorava visitar a fazenda de minha avó.

Você tem amigos da infância ainda?
Sim, mas com o tempo vamos nos distanciando, perdendo um pouco o contato (que é uma pena).

O que sente falta da infância?
Da vida sem compromisso.

Quando você era criança queria ser adulto?
Não; queria curtir aquele momento, gostava muito de ser criança, brincar, pular, andar de bicicleta.

Sonho de criança?
Pensava: quando crescer vou ser médica, quero ajudar as pessoas doentes!

Como foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
A juventude foi muito boa, com amigos verdadeiros. Nos divertíamos na época indo em discoteca e pizzaria, na pequena cidade de Campo Mourão/PR.

Quais eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Lembro o dia que anunciaram a morte de Elvis Presley e do Brasil sendo campeão Mundial de Futebol nos Estados Unidos nos idos de 1994..
                                                                     Giselle Mirley Armelin Moritz.

Pessoas que influenciaram ?
Tive muita influência de minha mãe que sempre deu a maior força para fazer o tão almejado curso de Medicina. Meu pai sempre me ensinando a ser uma pessoa cada dia melhor, falava: seja sempre uma pessoa responsável e ética

Como conheceu o Dr Marcus?
Estava no 4º ano de medicina fazendo plantão na obstetrícia do hospital São Vicente em Curitiba, nos vimos no corredor, naquele momento nossos olhos se cruzaram e nossas almas se reconheceram – “Foi amor à primeira vista”

Como era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
A escola era de freiras e bastante rígida, tinha regras para tudo. Melhores matérias: Biologia, Química e Matemática; pior: Geografia. Quanto a esportes sempre gostei de vôlei.

Primeiro/a professor/a?
A primeira professora foi a Irmã Catarina

Grandes professores?
Os grandes professores já foram na época da faculdade: Dr Marcos Parreira, Dr Renato Bonardi, Dr Antônio Bailão.

Como surgiu a medicina em sua trajetória?
A medicina surgiu quando era criança, tinha e queria ser médica de qualquer maneira. Sempre tive boas condições financeiras, isto favoreceu muito a realizar meu sonho. Meu pai era gerente do Banco do Brasil.

Qual sua especialidade na medicina?
Atuo na área da ultrassonografia – Obstetrícia e ginecologia

Além do SUS em que locais atende?
Sou concursada pela Prefeitura Municipal de Brusque, atuando na Policlínica, onde adoro atender “meus pacientes”. Trabalho também em minha clínica e, também, fazemos nossos procedimentos cirúrgicos nos hospitais de Dom Joaquim e Azambuja.

A entrevista com o paciente é um dos instrumentos essenciais para o clínico geral elaborar um diagnóstico seguro?´É importante escutar o paciente no atendimento?
A entrevista com o paciente: Anamnese - (Anamnese - entrevista realizada pelo profissional de saúde ao seu paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no diagnóstico de uma doença. Em outras palavras, é uma entrevista que busca relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente) constitui um instrumento essencial para elaborar um diagnóstico seguro, salientando-se que não escutar o paciente é uma falha do médico.

Deve-se informar e motivar o paciente?
O paciente tem que se motivado sempre: explicar o diagnóstico e orientar o uso da medicação, e a importância de usá-la corretamente.

Maus hábitos no dia a dia adoecem alguém?
Maus hábitos no dia a dia adoecem o paciente sim e eles só percebem com o passar do tempo

O que são medicamentos de referência?
É o medicamento que o laboratório pesquisa e lança no mercado.

Qual a diferença entre o medicamento genérico e o chamado similar?
O genérico é produzido sobre a supervisão da Agência Nacional de Saúde, já o similar é feito sem uma fiscalização rigorosa, portanto devemos dar preferencia da medicação referência ou genérico.

E a causa de os genéricos serem mais baratos? Mas como se pode saber se um determinado genérico é mesmo eficaz?
Genérico é mais barato pois é produzido com incentivo do governo. A sua eficácia é supervisionada pelos órgãos do governo e Ministério da Saúde.

Se não fosse médica?
Se não fosse médica não saberia ser outra coisa. Pois amo de paixão a minha profissão, principalmente a minha especialidade

E a depressão – resulta da falta de atividades como tínhamos antigamente?
A depressão em muitos casos acaba sendo desencadeada por uma tristeza profunda e crônica, por exemplo, a perda de alguém que amamos muito, mas muitas vezes é genético Medicação específica com atividade ocupacional ajuda bastante, além da psicoterapia de apoio.

Uma palhinha sobre o Genético?
Sim, a Genética é a ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos. Ramo da biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de geração para geração.

Qual foi o maior desafio até agora?
O maior desafio para mim foi ser “mãe”... uma experiência muito difícil e complicada, porque em dois anos tive as três filhas (as duas últimas são gêmeas). Dividir o trabalho profissional e o cuidar das minhas três filhas que naquele momento precisavam tanto de mim. A sorte é que pude contar com o Dr Marcus que foi um pai maravilhoso, muito presente e carinhoso.

Você se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez ?
Não, se dizemos algo é por algum motivo e se o fizemos também. Arrependo-me, apenas de não ter curtido mais o meu pai.... a saudade dele parece ser cada dia maior

Você tem algum ressentimento?
Não, nenhum ressentimento.

Você tem algum medo? O maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer ?
Sim, de ficar doente, até porque nós que trabalhamos na área da saúde cuidamos de todos que nos consultam e às vezes esquecemos de cuidar de nós mesmos! Outro, é o de de não conhecer meus netos.

Algo que você apostou e não deu certo?
Sempre aposto e vou até obter o objetivo apostado

O que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Talvez morar por um período fora do Brasil.

O que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Aos meus grandes educadores tenho muito que agradecer, porque sempre tentei pegar de cada um que passou pela minha vida profissional: “o melhor deles”. No meu dia a dia tenho a paixão da minha vida que é simplesmente meu marido, o Dr Marcus, que juntos discutimos sobre pacientes em comum ... parceiro de todos os momentos, trabalhamos há 26 anos é o meu “tudo”. Obrigado amor... (espero trabalharmos juntos por mais uns 26 anos né!!!!)

Finalizando, quais as maiores decepções e alegrias que teve?
A minha maior decepção foi a morte repentina do meu pai. Quanto as alegrias tive algumas marcantes
1) No dia da colação de grau – OK : consegui ser médica!!!) ;
2) No dia do meu casamento (porque casei com o amor da minha vida);




3) o nascimento de minhas filhas: agradeço a elas o carinho e aprendizado: pois somos muito melhores quando somos mãe! A vida fica alegre, temos razão para viver a cada dia mais.

Referências: Jornal Em Foco. Edição de 14 de agosto de 2012.

HAILTON BOING JÚNIOR



                                                                         Dr Hailton Boing Júnior.

Filho de Hailton e Nara C. Boing; natural de Tubarão/SC, nascido aos 18 de outubro de 1967; cônjuge: Maria H. Andrade Boing; dois filhos: Lucas e Victor Hugo; torcedor do Vasco da Gama; Especialização em cardiologia.
Primeiramente fale sobre sua infância, sonho de criança, seus familiares, e educação recebida dos pais Venho de uma família humilde e que sempre valorizou a educação de seus filhos, nunca faltou empenho de meus pais, para que pudéssemos estudar em bons colégios, abrindo mão de certos confortos pessoais. Graças ao exemplo dado por eles, eu e meus outros três irmãos conseguimos ser aprovados na UFSC. Meus pais são exemplos de honestidade, garra e superação. E ainda hoje busco seus conselhos para ajudar a resolver as adversidades do dia a dia.

Formação escolar?
Cursei o primeiro grau no Colégio Diocesano de Lages e no Colégio São José em Tubarão. O segundo grau, cursei no Colégio São José. Fiz a graduação, no curso de Medicina, na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, no período de 1985/90. Após a conclusão do curso me especializei em Clínica Médica no Programa de Residência Médica do Hospital Universitário da UFSC, no período de 1991/93 e especialização em cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina pertencente ao governo do Estado, no período de 1994/96.

Como surgiu Brusque em sua trajetória profissional?
Vim a convite de um colega de faculdade, Dr Carlos Renato Bortolini em 1996.

A cidade o acolheu bem?
Fui e continuo sendo muito bem acolhido pelo povo desta cidade. Aqui tenho muitos amigos, consegui reconhecimento profissional e tenho muita tranqüilidade para minha família. Só tenho a agradecer ao povo de Brusque pela acolhida.

Como surgiu a medicina em sua trajetória- alguns antecedentes no ramo?
O surgimento da Medicina em minha trajetória, acho que foi uma coincidência, pois comemoro meu aniversário no dia do médico e isso despertou a curiosidade pela profissão.

Quais são as principais doenças do coração?
As doenças mais freqüentes na minha prática diária são a hipertensão arterial – pressão alta, deslipidemias – distúrbios do colesterol e triglicerídeos, e as doenças coronárias – infarto e angina.

O que é angina, infarto?
São doenças provocadas pela obstrução das artérias coronárias por placas de gordura, a diferença entre elas é que na angina a oclusão não é total e o músculo cardíaco não é lesado ao contrário do infarto em que ocorre lesão.

O que se pode fazer para evitar essas doenças?
A receita para uma boa saúde já é bem antiga e todos com certeza já a escutaram. Boa alimentação, exercício físico, evitar o stress, atividades de lazer, respeitar os horários para alimentação e para o sono, não fumar, não abusar das bebidas alcoólicas e tratar os fatores de risco quando presentes.

Quais são os tratamentos para as doenças e a possibilidade de recuperação?
A cardiologia é a área da medicina que apresentou maior evolução nas últimas décadas, tanto na área de diagnóstico quanto na terapêutica das doenças cardiovasculares e hoje dispomos de medicamentos comprovadamente eficazes em alterar a história natural das doenças, bem como ainda dispomos de tratamento invasivos seja através da angioplastia ou da cirurgia com resultados cada vez melhores e com riscos cada vez menores aos pacientes. Isso sem contar que os serviços que realizam esses tratamentos invasivos se disseminaram para várias cidades facilitando o acesso a boa parte da população brasileira.

Li que incidência do infarto agudo do miocárido é de quatro a cinco vezes mais comum nos homens e pessoas de mais idade. Por quê?
Em relação a ser mais freqüente em homens é verdade, mas a proporção hoje é de 2 homens para 1 mulher, entretanto a mortalidade do infarto é maior nas mulheres. Em relação a idade também é verdade a afirmação, pois com o aumento de idade irão se somando novos fatores de risco além do que esses fatores costumam causar complicações a médio e longo prazo.

Quais os fatores de risco do infarto?
Os principais são a hipertensão arterial, diabetes, deslipidemia, principalmente o LDL (colesterol ruim elevado e o HDL baixo (colesterol bom), o fumo e o histórico de doença em familiares próximos como pais e irmãos. Além destes, outros considerados menos importantes são a obesidade, sedentarismo, triglicerídeos elevados e o stress entre outros.

O que mais surge – problema relacionado ao coração – no seu dia a dia para atendimento no consultório? Em que locais o Sr atende?
Atendo diariamente em meu consultório na Clínica CARDIOBRUSQUE, localizada na rua João Bauer, 380, fone 3355 – 1904 e pertenço ao corpo clínico do Hospital de Azambuja aonde presto atendimento aos pacientes internados.

Qual é o maior desafio no atendimento no setor de cardiológico no berço da fiação catarinense?
Existem vários, mas acredito que o maior é possibilitar aos pacientes que dependem do SUS, tenham acesso com rapidez a serviços de qualidade que prestam atendimentos de alta complexidade como cirurgias, cataterismos etc, os quais não dispomos em nossa cidade.

Amar é bom para nossa máquina?
Já é comprovado que emoções e sentimentos positivos liberam substâncias em nossa corrente sanguinea que tem efeito protetor sobre os vasos sanguineos e o coração. Entretanto ao contrário do que se pensa o coração não é o responsável pelas emoções e as palpitações e aperto no peito que sentimos quando estamos amando elas são decorrentes dessas substâncias liberadas no sangue. O cérebro é o grande responsável por nossas emoções.

Como é que está o nível do serviço médico oferecido na área da cardiologia da cidade, se comparado aos grandes centros?
O nível do serviço médico oferecido na área da cardiologia da cidade considero bom, dispomos de aparelhagem moderna e bons profissionais que procuram atualizar-se, pois encontro vários deles em diversos congressos médicos pelo Brasil, inclusive uma boa parte deles atende pelo SUS. O que não dispomos na cidade são serviços de alta complexidade como cirurgia, hemodinâmica, cintilografia entre outros , até porque tenho a opinião que nossa cidade ainda não os comporta, o que é necessário é facilitar o acesso a esses serviços prestados nas cidades vizinhas de forma mais ágil e que contemple toda população e não só aos que tenham plano de saúde.

Os programas de saúde cardiológica do Município atendem às necessidades da população, ou ainda existe alguma coisa que poderia ser melhorada?
Eu acho que a saúde pública em Brusque vem passando por uma crise: falta organização, falta planejamento e falta financiamento para o setor. Investir em medicina preventiva só dará resultados após vários anos e por isso recebe poucos recursos. Espero que esse quadro mude o mais breve possível.

Cigarro, palheiro e o cachimbo contribuem para atrapalhar o bom desempenho dessa máquina vital?
Como já comentei é um dos principais fatores de risco para doenças cardíacas e deve ser combatido com bastante vigor pelos profissionais da saúde, poder público e pela sociedade como um todo.
Melhor livro que leu?
Leio vários ao mesmo tempo, é difícil citar um só, recomendo o Livro do Riso e do Esquecimento de Milan Kundera

Melhor artigo?
São vários escritores, mas um que li recentemente e achei muito bom foi na National Geografic sobre o assassinato dos gorilas das montanhas.

Costuma ler jornais?
Diariamente.

Lazer preferido?
Ler, jogar futebol (pelo menos tentar).

O que é uma sexta-feira perfeita?
Sair do trabalho e ir jogar futebol e tomar uma cervejinha com a turma do Helinho lá no Paquetá

Como o Sr avalia a cardiologia no Brasil?
De altíssimo nível, uma das melhores do mundo, especialmente em São Paulo.

Referências: Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada aos 21 de novembro de 2008.


JOÃO ANTÔNIO SCHAEFER – Popular Dr Nica  

O nosso entrevistado da semana é o médico João Antônio Schaefer, popular Dr Nica - conhecido como Médico de Família; Médico do Detran e Médico do Samu - filho dos saudosos João e Matilde Olinger Schaefer, natural de Brusque, nascido aos 23.04.1918. São em três irmãos: Orlando José (farmacêutico), Tarcísio (engenheiro) – ambos in memoriam e Dr. João Antônio - Nica (médico); cônjuge a saudosa Marieta Miqueis Schaefer (casados aos 04.06.47) e falecida aos 25.07.95; 5 filhos: Delfino João (Ginecologista e Obstetricista), Maria Cristina (Belas Artes), Orlando (Engenheiro), Maurício (Engenheiro) e Mariane (Letras). Torcedor do tricolor da Augusto Bauer e (C.A. Carlos Renaux) e C.R. Flamengo.

Uma palhinha da descendência
Delfino João casou com Sandra Fantini, têm 5 filhos: Ticiane (letras), Taísa (form médica ), João Carlos (estudante de medicina), João Delfino , Susana (forma-se em direito); Orlando casou com Sílvia Appel, 4 filhos: João Antônio Neto (engenheiro), Carolina (farmacêutica), Patrícia (nutricionista), Marcela (estudante de engenharia) ; Maurício casou com Beatrice Szpoganicz- filha do saudoso Ivo Szpoganics, assessor jurídico na Prefeitura nas administrações dos Prefeitos Antônio -Néco -Heil (66/70), José Germano Schaefer/Alexandre Merico (70/73) e, Alexandre Merico/Antôno Waldemar Moser (77/83) - 3 filhos: Aline (Arquitetura), Letícia (Médica) e Maurício Migueis (Concluindo faculdade de Engenharia Mecânica); Mariane casou com Luiz H. Minatti, dois filhos: João Guilherme e Pedro Antônio, ambos estudantes e Maria Cristina com Waldir Eduardo Martins, uma filha: Flávia Tereza (Estudante de Direito).

Sonho de criança?
Queria ser médico

Formação acadêmica?
Iniciei os estudos básicos no Colégio Santo Antônio e, o último ano no Feliciano Pires, o Ginasial cursei no Catarinense – na Capital do Estado - o Segundo Grau e Medicina na Faculdade de Medicina do Paraná (Curitiba )

Como surgiu a Medicina em sua trajetória?
O desejo de ser útil para a comunidade e para Brusque. Lembro com carinho as palavras colocadas no quadro de formatura: “Divino é trabalhar para aliviar a dor”.

Na época prevalecia a Clínica Geral?
Na minha época, todos éramos clínicos gerais, ressalte-se que já havia as especialidades, mas antes de se especializar, o formando tinha que passar pela clínica geral, para depois fazer especialidade.

Como vê os avanços tecnológicos e as implicações na Medicina?
Uma grande mudança. A tecnologia evoluiu muito na área da saúde. Hoje dispõe-se de ultrassonografia, ressonância magnética, ecocardiograma, a tomografia computadorizada, a vídeo -cirurgia e daí por diante... é uma evolução constante e muito acelerada.

Como poderia ser traçado um perfil do médico de ontem e de hoje?
Mudou muita coisa. Primeiro no modo como a profissão é exercida. Antigamente, tínhamos o médico de família. As consultas eram feitas em casa do paciente. As pessoas adquiriam confiança nem médico que tratava de quase todas as doenças e fazia um acompanhamento dos pacientes. Hoje, quase não se encontram mais clínicos gerais, só especialistas. Destaque-se, hoje, também, a proteção obtida com a aplicação das vacinas.

Alguns descendentes seguiram seus passos?
Sim, o filho Delfino João e as netas Taísa e Letícia

Se não fosse médico?
Se não fosse médico, seria Professor.

Fale de algumas de suas atuações ?
Entre outras, destacaria : Presidi o Rotary Club (em duas oportunidades); presidi o Clube Atlético Carlos Renaux presidi também a S.E. Bandeirante; Diretor da Maternidade C.C Renaux; Dirigi o Tiro de Guerra (1951 a 1996), durante 46 anos; atuei no Grupo Escoteiros no tempo de Henrique Bosco (Secretário do Prefeito, idos de 1926); um dos membros fundadores da Ação Paroquial São Luiz Gonzaga; integrei a diretoria da Igreja São Luiz Gonzaga; fui um dos fundadores da APAE. Por 43 anos fui médico do Hospital Azambuja e, também atuei como médico chefe do
ex SAMDU.

Uma orientação?
Gosto de mencionar o dito por Adão Myszk: “O melhor meio de conservar a saúde não está unicamente em se curar dos males presentes mas também em precaver-se contra os males futuros”.

Grandes alegrias? Tristezas?
Alegrias foram o nascimento dos netos, bisneto e também o lançamento do livro que leva o meu nome. Tristeza foi a perda da companheira Marieta.

O Brasil ainda tem acerto?
Sim, se houver espírito de coletividade e amor à Pátria.

Alguma premiação como reconhecimento pelas atividades profissionais?
Tornei-me Oficial em 1940, sendo que como Primeiro-Tenente, obtive a “medalha Cavaleiro” conferida pelo Presidente da República e como Segundo Tenente, a medalha de “Pacificador Duque de Caxias”.

Finalizando, Algumas considerações?
Pela dedicação e trabalho e engrandecimento de Brusque quero aproveitar a oportunidade para homenagear os saudosos: Irmã Ludgéria (agraciada com o título de cidadã honorária pela Lei 20/60), Izaura Gouveia Gevaerd (hoje nome de Escola em Tomaz Coelho, pelo Decreto 62/53 ), Georgina Carvalho Ramos da Luz (também nome de escola – na Alsácia - pelo Decreto 73/53), Cemirames Bosco (Henrique – que chegou a assumir interinamente como Prefeito na década de 20 - e Irmã Ôda.

Referências: Entrevista publicada no Em Foco aos 29 de novembro de 2013.



Dr Joel Mendes

Medicina e Kart Club de Brusque

O entrevistado desta semana é o médico - especialidade: Ortopedia e Traumatologia com cursos de Pós graduação em Trauma Buco Maxilo Facial , Ultrassonografia óssea e Cirurgia por Videortroscopia em joelho – Dr Joel Mendes; filho de Mário Jesuino Mendes e Laura Uliano Mendes; natural de Araranguá, nascido aos 19.02.59; casado com Rosani da Silva Mendes aos 19.11.88; dois filhos: Joel Mendes Júnior e Caio Henrique Mendes.. Torce para o Paraná e para o São Paulo.

Filho de Mário Jesuino Mendes e Laura Uliano Mendes; natural de Araranguá, nascido aos 19.02.59; casado com Rosani da Silva Mendes aos 19.11.88; Tem  dois filhos: Joel Mendes Júnior, Dentista  e Caio Henrique Mendes , Empresário na linha de artigos esportivos especializado em Luvas de Goleiros e Engenheiro de Produção. Dr. Joel Mendes tem duas  Especialidades: 1. Ortopedia e Traumatologia com cursos de Pós graduação em Trauma Buco Maxilo Facial , Ultrassonografia óssea e Cirurgia do joelho por Videotroscopia . 2.  Especialista em Perícia Médica pela Associação Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas, com Pós graduação em Perícias Médicas pelo IPOG de Florianópolis. Torce para o Paraná Clube, antigo Colorado Esporte Clube, onde trabalhou no Departamento Médico quando estudante e São Paulo F.C.




nosso entrevistado, Dr Joel Mendes



Como surgiu a Medicina em sua trajetória profissional – algum antecedente familiar?
A Medicina surgiu com certeza por intuição divina. Tenho hoje um primo médico formado um ano antes que eu.

A Internet e a Medicina?
Ganhou facilidade em pesquisas e informações.

A globalização e a Medicina?
O mundo ficou pequeno com toda tecnologia que temos hoje e a medicina foi um dos setores mais beneficiados.

Quais os problemas mais frequentes que apresentam as pessoas que procuram seu consultório?
No mundo inteiro, na especialidade de Ortopedia, a Lombalgia – dor nas costas – é causa mais comum de consultas. Em segundo, as dores no ombro.

Como está Brusque equipada – em sua especialidade – em relação aos grandes centros?
Temos hoje em Brusque um desenvolvimento bastante satisfatório da minha especialidade. Conseguimos realizar com eficiência a maioria das cirurgias realizadas nos grandes centros e com material de mesma qualidade.

O curso de Medicina cumpre com a qualidade de ensino?
Todo curso superior que faz é o aluno. Evidentemente que deve haver uma base de ensino que possa propiciar ao aluno ter acesso aos conhecimentos necessários. Vejo que há alguns anos muitos médicos deixam a faculdade sem ter a verdadeira noção da importância SOCIAL , que eles têm nas cidades onde vão atuar. Mas no geral vejo as Faculdades deficitárias em muitos aspectos na formação médica.

Se não fosse médico?
Por ser uma intuição divina, se não fosse para ser médico, talvez não teria nascido.

Caio Mendes, Karine Mendes(nora, Dr Joel,  Delegada Rosani, e o Juninho


O Sr presidiu o Kart Club de Brusque ?
Sim, fui eleito para gestão de 1996 à 1998. Nesta minha gestão tive a oportunidade, junto com uma equipe de amantes do kart, fazermos o Kartódromo com medidas para eventos internacionais.

Quem dirigia os destinos da entidade, juntamente com o Sr?
Tive a sorte de ter colaboradores e uma diretoria maravilhosa como Tato Petruscki, Nilton Muller, Altevir Bonomini( grande engenheiro mecânico do Kart, onde aprendemos o que não fazer no Kart), Ronaldo Szpoganicz, Juliano Renaux, Dinho Siemsem, Percy Erb, Volnei Ferreira, Henrique Lazarte, Luisinho Loos, Klaus Loos, Gilmar Junges (Serrana) , Giga Barni, Dagomar Carneiro, Joel e Eduardo Krieger, Juliano Belli , enfim, outros que no momento me falha a memória. Cada um exerceu sua funçáo com que foi determinado. O sucesso desta diretoria se deveu ao fato também de que 30 sócios se comprometeram a pagar R$ 100 (Cem ) reais por mês durante 10 meses, o que somou R$ 30 mil reais. Esta quantia foi suficiente para fazer toda estrutura , como box, alambrado, grama, banheiros, etc pois a Prefeitura só daria a estrutura da pista asfáltica.


 oto das 500 milhas granja viana- da esquerda para direita: Beto monteiro (fórmula truck), Rubinho, Tony Kanaan, Djalma Fogaça, Fabinho Fogaça (Stock Car) e Juninho.

Antes da construção da pista nas imediações do Pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof, o kartismo era praticado na Beira Rio?
Sim. Tiveram aproximadamente 5 corridas nos anos de 1995 e 1996. Dava um trabalho sem medida , além de custo altíssimo, pois tínhamos que comprar os protetores de pista que eram enormes e pesados. Tínhamos que transportar os pneus de proteção para fazer as gincanes (desvios). Tinha que pegar autorização da Prefeitura, Policia Militar, Corpo de Bombeiros, fazer guarita dos fiscais da confederação de Kart, e por vai. Era muito, muito trabalhoso.

Como surgiu a pista do Kart Club nas proximidades do Pavilhão da Fenarreco?
Eu era Diretor Médico da Secretaria Municipal de Saúde na Gestão do Prefeito Danilo Moritz (1992-1996) e numa das reuniões da Secretaria em 1995 eu citei que aquela áreas só servia para criar cobras e aranhas. Então Danilo Propos um Contrato de Comodato, mas não daria o dinheiro. Sugeriu que se o Kart conseguisse convencer os inadimplentes do IPTU a saldarem suas dívidas ele destinaria este dinheiro para fazer a Pista asfáltica. A partir foram feitos contatos com estes contribuintes, sendo que a partir do momento que pagavam seus impostos à Prefeitura avisavam o Kart Clube, e desta maneira conseguimos fazer a pista asfáltica.

Em que administração foi inaugurado o Kartódromo Municipal?
O Kartódromo foi inaugurado em 22 de dezembro de 1996, uma semana antes de Hilário Zen assumir a Prefeitura. Se náo tivéssemos terminado na gestão do Danilo, certamente teríamos dificuldade para terminá-la, pois Hilário Zen, nunca se mostrou favorável ao Kartódromo.

Ter inaugurado o Kartódromo Municipal foi uma conquista? Houve alguma dificuldade na implantação?
Sim, ter Inaugurado o Kartódromo Municipal de Brusque, foi sem dúvida uma conquista inesquecível, devido às enormes dificuldades desde a confecção do traçado que foi elaborado pelo Dinho Siemsem e Beto Walendowski, até medida de nível topográfico, passagem de máquinas, colocação do asfalto, elaboração das Zebras, pintura das zebras, etc. Quando já tínhamos todo traçado pronto e desenhado pelas máquinas, descobriu-se que a curva da parte de baixo da pista em direção á beira rio, era terra fofa, e com a passagem do asfalto iria afundar. Tivemos que mudar o traçado, fazer aterro, redesenhar a pista naquela parte.

O traçado da pista é padrão?
A pista tem traçado homologado pela Confederação Catarinense de Kart, com medidas do traçado para eventos internacionais.

Grandes incentivadores do Kartismo?
Aí nos temos que voltar náo 20 anos, e sim 40 anos, que foram os pioneiros e corriam no Paraiso dos Poneis em gaspar. Teremos que falar em Bau Schaefer, Juca Loos, Chico Loos, Na época de 1995 quando ressurgiu a febre do Kart, teremos que falar nos irmáos Bernardes, irmãos Belli, Luisinho Loos, Klaus Loos, Tato Petruscki, Nilton Muller, Juliano Renaux, Henrique Lazarte, Volnei Eloir Ferreira, Percy Erb, Dunho Siemsem.

Grandes nomes no Kartismo?
Citando os de Brusque, diria que temos muitos. Dos menores de idade para os maiores: Rick Rosin, André Muller, Davis Bonomini, Daniel Bonomini, Juliana Petruscki, Joel Mendes Junior, Nando Fischer. Depois : Gilmarzinho Junges, Nuno Renaux, André Lazarte, Carlos Renaux, Guito Renaux, Bruno Beuting, Dado Spaganicz (primeiro piloto a entrar no kartódromo), Caloca, Percy Erb, Dinho Siemsem, Giga Barni, Volnei Ferreira Luisinho , Loos, Klaus Loos, Juliano Belli. Tinha na época mais pilotos, porém não recordo de todos os nomes.

E o filho Joel Mendes Júnior ?
Juninho teve uma passagem brilhante no Kart, onde travou grandes duelos com André Muller e Juliana. Pela competência destes adversários, ele teve que sempre melhorar para ser competitivo. Eu, como mecânico de pista dele, tive que estudar muita mecânica para aplicar nas corridas. Fez 107 corridas no kart, com 33 vitórias, 21 poles. Tivemos um mecânico fora das pistas , Gilmar Junges, que foi uma pessoa fundamental no sucesso do Juninho, não só pela dedicação, mas também com a competência com preparava nossos motores. Tínhamos 08 motores, onde poderíamos colocar qualquer um para corrida, tamanho era o rendimento destas máquinas.
Foi Campeão Brusquense, Campeão Joinvilense, Campeáo Copa Hauer no Paraná, Campeão Catarinense, Bi Campeão Sul Brasileiro (na Fórmula 56 e Granja Viana em São Paulo). Juninho está fazendo Campeonato de Fórmula 1600 em Sáo Paulo, porém agora como Dentista os compromissos são outros, e corre realmente para tirar estressar do dia a dia. Esteve em Indianapólis em Abril deste ano e fez um teste na equipe da Sara Fischer. Mas foi só uma oportunidade que teve e a profissão de Dentista está neste momento está acima de qualquer esporte.

E o outro filho, Caio Henrique Mendes, não seguiu o mesmo caminho?
Teve uma passagem pelo Kart, mas não tinha o mesmo talento que o Juninho. Teve bons resultados e chegamos a fazer uma dobradinha em Joinville em 1998. Foi uma festa muito grande. Locutor do Kartódromo, por chegarmos quase meia pista na frente dos outros, apelidou nossos motores de Motores da NASA.

A Juliana, filha de Renato Petrusky, e o Carlos Henrique Rosin são nomes que devem ser considerado no Kart de Brusque? Há mais alguma promessa?
Sim, com certeza. São dois grandes pilotos, tiveram muitas vitórias, títulos e engrandeceram o nome de Brusque. Rick chegou a correr fora do País, mas onde sobrou talento, faltou dinheiro. Estou no momento afastado das pistas, mas vejo que as promessas do kart terão um grande inimigo que é a falta de patrocínio.
Adicionar legenda
Juninho liderando 500 milhas de Sáo Paulo- Granja Viana
Publicado no Jornal EM FOCO aos 14 de novembro de 2014



JORGE LUIZ BATTISTI ARCHER
http://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/images/thumb/1/1a/Jorge_Luiz_Battisti_Archer.jpg/150px-Jorge_Luiz_Battisti_Archer.jpg
http://enciclopedia.brusque.sc.gov.br/skins/common/images/magnify-clip.png
Dr Jorge Luiz Battisti Archer.

Filho de Luiz Battisti Archer e Mônica Peters Archer, natural de Brusque, nascido aos 11.10.55. São em 5 irmãos: Rita Mariam, Maria Salomé, Dóris Terezinha, João José e Jorge Luiz. Cônjuge: Marisa Odete Cervi Archer, casados aos 03.09.83; uma filha: Bruna Cervi Battisti Archer.
Como foi sua formação acadêmica?
Iniciei meus estudos até o segundo grau no Colégio Santo Antônio e após São Luiz. Prestei concurso Vestibular em 1975 na Universidade Federal de Santa Catarina, passando para a primeira turma de Medicina. Terminei meus estudos na Medicina em 1982 – tive problemas de saúde neste intermeio. Prestei prova para especialização em Sifilografia e Dermatologia no Hospital da UERJ, Rio de Janeiro, Hospital Pedro Ernesto. Neste referido curso, era fotógrafo do serviço, quando fazia as fotos e recebia em troca um slide para mim, já que todo o material fotográfico era de minha propriedade. Desta forma, vi todos os casos de dermatologia do hospital além dos próprios do serviço de especialização. Na mesma época, quando de minhas folgas, acompanhava o Serviço de Cirurgia Plástica, porque quando voltei a nossa querida Brusque, não havia Cirurgião Plástico e necessitava reconstruir as destruições que necessárias faziam quando da sua remoção.
Como foi sua infância e juventude?
Como todos de minha idade, era adepto de andar de bicicletas, que era fácil com o pouco trânsito, andava pelos morros no meio do mato, brincando ou caçando de gaiola. Hoje não é mais possível este fato de caçar. Durante minha adolescência, vivia com colegas, pescando nos rios Itajaí-Mirim, férias passava em Balneário Camboriú, namoricando e freqüentando boates, com todos os rapazes o faziam nessa época. Talvez pouco mais fácil, porque não necessitava de trabalhar.
Como conheceu Marisa Odete?
A minha querida Ziza, como a chamo, conheci no tempo de Segundo Grau, no Colégio São Luiz. Na escola.
O avanço tecnológico e a Medicina?
É maravilhoso, nós, como médicos, lermos sobre este avanço tecnológico existente em relação a tudo, e mesmo à Medicina. É bom sabermos que se necessário, poderemos dispor dos diversos meios para diagnóstico e tratamento, curando muitas doenças que antes não se curavam, sendo esta tecnologia vinda de aparelhos e desenvolvimento de novas medicações, e mesmo de novas indicações de uso das velhas. Mas, também é com pesar que às vezes vemos, isto, sendo que estaria ao alcance somente dos que podem, com seu dinheiro, pagar pelo avanço. Quando mais novo, mais caro.
A globalização e a Medicina?
Aqui é que se torna interessante esta globalização. Via internet e fotografias, na minha especialidade, podemos ter contato com colegas de outras partes do país, de outros países mesmo, e portanto a um destes grupos, o DERMLISTS, encabeçado pelo querido George de Barros Leal Jr. de Pernambuco, e estas respostas, se necessário, podem sair on line. Esta é uma globalização utilíssima para mim e outros que participam. Nela tem participado todos os professores no país.
Fumar faz mal à saúde?
Está provado que o cigarro faz mal á saúde, e não somente aos pulmões, mas a todo organismo, levando a que as feridas cicatrizam mais devagar ou mesmo não cicatrizam. Pele? A pele toma uma coloração mais acizentada, envelhecida. Cirurgia? Como quando se fuma, acontece pequena contração dos vasos, irá passar menos sangue, prejudicando a recuperação, e por aí se vai...
Um resumo da especialidade
Bom, dermatologia, pelo seu nome diz: Dermato – pele e logia = estudo. Isto significa que é a área da Medicina que estuda os problemas de pele com seus efeitos no organismo. Aqui é importante frisar que pele não é somente o que se vê ao olhar o indivíduo, que toda a pertence à pele, então temos que estudar também as doenças que atingem a gordura. Atualmente, a Dermatologia, para formar um profissional da área, tem a tomar de seu tempo aproximadamente 6.200 horas de estudo somente das doenças da pele.
6.200 horas?
8 (oito) horas ao dia, 5 (cinco) dias por semana, 3 (três) anos. Aqui associadamente aos problemas com as doenças, temos que tomar atitudes de embelezamento, ou seja, a área da estética médica, que ainda não é especialidade, exatamente por este curto tempo de especialização ou de aprendizado. Na minha compreensão da Medicina e da Dermatologia, saberá melhor tratar aos pacientes os que sabem a fisiologia completa da pele e o que se espera com os tratamentos, e isto deverá o médico que trata dizer aos seus pacientes. Então, ressalto que quando procurar colegas médicos que tratem as doenças da pele, procurem por um especialista da área, porque, ao menos pretensamente, deveria estar bem mais preparado para atender aos doentes e a estética médica. E na nossa especialidade, há mais de 6 anos se tem o que se chama de Educação Médica Continuada, que está sendo adotado pela Medicina brasileira. Então procure por seu médico e saiba se ele tem as duas: título de Especialista pela Sociedade que representa e sem o Título de Educação Médica Continuada.
Resumo da vida profissional
Cheguei em Brusque no ano de 1985, instalei-me onde hoje existem, ainda a loja 3 do Supermercado Archer e, desde 1992 me encontro trabalhando no consultório, sito à rua Heinrich Richard Bruno Erbe, 30, sala 103.
Desde os primórdios de mina chegada, tenho me dedicado mais as doenças da pele em si, e mais tratamento de câncer de pele, que apesar de baixo risco de vida, apresenta casos de letalidade, se mal conduzidos. E dentro destes aspectos ditos anteriormente, venho fazendo todos os congressos existentes sobre Dermatologia Geral e de Cirurgia Dermatológica, procurando me aproximar constantemente, podendo oferecer serviço dermatológico da melhor qualidade possível.
Referências: Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada em agosto de 2004.


 LUIZ MOSER

                                                                           Dr Luiz Moser.

Filho de José e Waldemira Moser, natural de Ascurra, nascido aos 16 de junho de 1965; são em 10 irmãos: Antônio Waldemar, Pedro, Jaci Terezinha ( in memoriam), Maria, Iracema ( in memoriam), Divanir, Iraci, Terezinha, Enetina e Luiz. Cônjuge: Lenita Depin Moser; dois filhos: Luiz Gustavo com 17 anos e Luiz Henrique com 15 anos.

Como foi sua formação acadêmica?
Formei-me na UFSC em Florianópolis no ano de 1983.

Resumo da vida profissional
Iniciei minha vida profissional em Dom Joaquim, no Hospital, onde o Dr Antônio, na época , era o Diretor Clínico do Hospital. Agradeço muito a ele pelas conquistas alcançadas. No dia 16.96.84 comecei a trabalhar em Guabiruba, onde continuo até hoje.

Clínica Geral ou especialidade?
O Brasil precisa de médico generalista, de médico da família.

Os avanços tecnológicos e a Medicina?
A Medicina é uma área onde os avanços tecnológicos se fazem necessários, a cada dia que passa. E nessa área estão acontecendo de uma forma extraordinária.

A globalização e a medicina?
Avanço tecnológico, globalização e informação – tripé que fazem parte da nossa era, século XXI.

Fumar faz mal?
Fumar faz mal profundamente, inclusive para quem está próximo do fumante.

Se não fosse médico?
Se não fosse médico, sendo filho de agricultores, talvez seria agrônomo.

Como foi a administração no Executivo de Guabirubense? A relação com o Legislativo? E as ações de governo?
Foi um aprendizado importante. A relação com o Legislativo foi boa, um pouco conturbada no início. Meu trabalho como Prefeito se baseou muito em prevenção, mormente na área de saúde.

Pensa em sair novamente candidato? Acredita nos políticos?
No momento não tenho mais intenção de ser candidato e não acredito nos políticos de Brasília, nas quatro vezes que estive na Capital Federal, como Prefeito fiquei muito decepcionado com nossos políticos. Ressalte-se que o governo federal municipaliza só os problemas e o dinheiro que é bom fica centralizado em Brasília, por isso acontece tanta falência.[

Já tinha lido a COLUNA DEZ?
Já tinha lido, inclusive, parabenizo você e sua equipe.

A administração de Guabiruba está no caminho certo?
Acredito na administração de Guabiruba, pois o Orides já tem sido Prefeito, é uma pessoa que tem experiência de administração pública, já sabe, pelo menos, o que não fazer, e isso é muito importante.

Como vê a administração Ciro/Dagomar?
O melhor termômetro para se avaliar uma administração está com o povo. E pelo resultado da última eleição podemos constatar que o povo está contente com a atual administração, e eu, pessoalmente, acredito na administração Ciro/Dagomar.

O Brasil tem acerto?
Se o governo e os políticos não atravancarem aí sim.

O que faz Dra Luiz Moser, hoje? Profissionalmente e como lazer.
Profissionalmente trabalho em Guabiruba e Brusque e estando com pouco tempo para o lazer.

Referências: Jornal A Voz de Brusque. Edição de 02 A 09 de setembro de 2005.








 MARCIO CLÓVIS SCHAEFER 
Filho de Euvaldo e Edla Rauen Schaefer; natural de Brusque, nascido aos 01.11.37; Irmãos: Murilo Rubens (médico Neurologista em Curitiba), Marcel Cláudio (médico Oftamologista em Portugal); cônjuge: Ione Miriam Gerlach Schaefer – casados em 15.05.69; dois filhos: Márcio Clóvis Schaefer Filho - especialista em software e gerente de projetos em Softwae na Datasul (Joinville) e Daniela Schaefer Dell’ Agnollo – formada em Administração e casada com o empresário Gian Carlo Dell’ Agnollo (Brusque).

Uma palhinha sobre a formação?
Fiz o Primário no Grupo Escolar Santo Antônio, hoje é o Colégio São Luiz; o Ginasial e o Científico no Colégio Santo Antônio em Blumenau. Medicina cursei na Universidade Federal do Paraná, obtendo colação de grau em 1962. Sou pós-graduado na especialidade de Ginecologia –Obstetrícia, no Hospital das Clínicas em São Paulo e Medicina do Trabalho na Universidade Federal de Santa Catarina.

Alguma lembrança positiva do tempo dos bancos escolares?
Tive ao representar minha turma de Medicina como orador, por ocasião da formatura. Ressalte-se minha turma formou-se no ano do cinquentenáio da Universidade Federal do Paraná, que foi fundada em 18.12.1912, sendo que daqui a 8 anos comemorará o seu centenário de fundação. Se eu tiver vivo, serei o orador oficial.








Como surgiu a Medicina , algum antecedente familiar?
Como minha família é de formação cristã e, tendo eu feito o curso primário no Colégio das Irmãs da Divina Providência e, os cursos Ginasial e Cientifico, no tradicional e modelar estabelecimento de ensino que é o Colégio Santo Antônio, dos Padres Franciscanos, em Blumenau, onde eminentes e ilustres mestres, que sempre nos orientam para uma vida correta, justa e perfeita e, para fazer o bem ao próximo optei por seguir a Medicinaa.
 A vida profissional?
Durante 35 anos trabalhei no Centro de Saúde local, tendo sido médico chefe, e também durante o mesmo período no SUS – antigo Inamps – e Samdu. Durante 22 anos trabalhei nos dois hospitais de Brusque,e há 42 anos clínico no Hospital Evangélico, onde ainda continuo trabalhando apenas reduzindo o ritmo. Durante 32 anos tive orgulho de trabalhar nas empresas Renaux , como Clínico Geral e Médico do Trabalho.
 E as especialidades médicas?
Na época em que me formei médico, todos éramos clínicos gerais. Já havia as especialidades, mas antes de se especializar, o formando tinha que passar pela clínica geral, para depois fazer especialidade, pois o ser humano é um todo e não, uma parte.

O médico de ontem e de hoje?
Nesses 42 anos de profissão, posso dizer que mudou muita coisa. Primeiro no modo como a profissão é exercida. Antigamente tínhamos o médico da família. O mesmo médico tratava o vovô, o papai, a mamãe. As pessoas adquiriam confiança num médico que tratava de quase todas doenças e fazia uma acompanhamento dos pacientes. Hoje, quase não se encontram mais clínicos gerais, só especialistas.

E os avanços tecnológicos?
Uma grande mudança. A tecnologia evoluiu muito na área da saúde. Hoje temos exames bem mais detalhados como ultrassonografia, ressonância magnética, ecocardiograma, a tomografia computadorizada e a vídeo-cirurgia e daí por diante...


Em 05 de fevereiro do corrente ano, a Associação Médica Brasileira - AMB – concedeu o título de sócio jubilado o que representou para Dr Márcio esse honroso título?
Ao receber a comunicação fiquei surpreso e ao mesmo tempo feliz... é um reconhecimento... além de todo esse tempo na profissão, eu trabalhei a vida inteira com dignidade, de maneira séria e honesta. Essa postura deve ter sido levada em consideração. Estou muito orgulhoso.

Que lema adota?
A vida só é digna de ser vivida, quando se faz algo pela vida, em vida, com dignidade.

Se não fosse médico?
Seria médico.

A globalização contribui com a medicina?
Sim, porque houve intercâmbio mundial.

A Medicina vencerá as doenças ditas incuráveis?
A evolução tecnológica trouxe grandes esperanças, nesse particular e sempre aparecem novas coisas, mas, sabe-se que no meio do trigo sempre existe o joio.

O cigarro é venenoso?
Bota veneno nisso!

E o mundo atual?
O mundo de hoje está tão doido, com toda essa violência, cada vez menos valores... a TV só exibe programas de cunho muito baixo e o povo não tem mais discernimento. Quase não se lê mais, não se adquire mais cultura. Eu dou muita importância a isso; os políticos com raras exceções , pouco se interessam pela coletividade, pelo povo e pelos interesses pátrios.

Participação na comunidade?
Entre outras atividades na comunidade: sócio fundado da Sociedade Brusquense de Medicina e seu ex orador e ex presidente. Sócio remido da Associação Catarinense de Medicina, Sócio jubilado da Associação Médica Brasileira. Membro titular da Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Membro titular da Associação Catarinense e Nacional de Medicina do Trabalho. Membro associado do Colégio Brasileiro de Cirurgiões . Ex presidente do Lions Clube de Brusque-Centro, onde milito há 41 anos, ex professor de Biologia no C. Carlos Renaux, ex Médico diretor do Hospital Evangélico e Maternidade C.C. Renaux

Nunca pensou em ser candidato?
Não. Se eu fosse me meter em política não teria tempo para a medicina. Além disso, minha formação moral, não aceita determinadas coisas e certos conchavos...

Referências: Jornal A VOZ DE BRUSQUE. Edição de 15 a 22 de outubro de 2004.




















 MARCUS VINICIUS BAUER MORITZ

 
.
Filho de Paulo Moritz (in memorian) e de Méri G. Bauer Moritz, nasceu em Brusque e foi morar em Joinville com 7 anos de idade. São em 5 irmãos: Mauro, Mara, Iná, Dr Paulo Neto e Dr Marcus Vinícius; casado com a Dr Giselle Armelin Moritz, com a qual têm 3 filhas: Marcela, Nicolle e Rebecca. Formação: especialista em ginecologia, Obstetrícia Ultrassonografia pelo Hospital Evangélico de Curitiba /PR. Torcedor fanático do JEC –Joinville Esporte Clube e Cruzeiro (Belo Horizonte).

Como foi sua infância e Juventude?
Passei a infância e juventude em Joinville, onde deixei grandes amigos. Aos 17 anos já cursava o primeiro ano da Faculdade de Medicina em Curitiba, que é uma cidade que gosto muito e também deixei grandes amigos e ótimas recordações.

Como conheceu a Dra Giselle?
Conheci minha esposa em 1986, durante um plantão, numa maternidade em Curitiba. Foi amor à primeira vista.

Como eram seus pais – influência na disciplina e na formação?
Meus pais me ensinaram a tentar sempre e fazer as coisas de maneira certa e honesta.

Formação Escolar?
Estudei no Colégio Bom Jesus em Joinville e na Faculdade Evangélica de Medicina em Curitiba, tendo obtido colação de grau em 1984. Em 1987, quando terminei minha especialização em Ginecologia, Obstetrícia e Ultrassonografia vim para Brusque; completo neste 2007, 20 anos de atuação na Medicina.

Enfrentou concursos? Saiu-se bem no Curso de Medicina e nos concursos ?
Terminei entre os 5 melhores alunos da minha turma; fui aprovado no concurso de Residência em segundo lugar; fui aprovado no concurso da Prefeitura, realizado pela FURB, em primeiro lugar, em 1999 e no Vestibular obtive o trigésimo lugar entre mais de 1200 concorrentes.

Influência da globalização na Medicina?
Medicina, hoje permite a troca de informação de maneira muito rápida, por isso temos que estar sempre nos atualizando.

A Internet e o dia a dia na Medicina?
Internet tem que ser muito bem filtrada, pois muitas das informações não tem sustentação científica.

Fumar faz mal à saúde?
Fumar mata aos poucos.

Grandes nomes na Medicina?
Medicina clínica maior expoente: Dr Lisandro Santos Lima que deixou em Curitiba uma das melhores escolas de Clínica Médica do Brasil. Medicina Cirúrgica: O saudoso Dr Carlos Moritz, foi o melhor cirurgião que tive a honra de ver atuar.

Se não fosse médico?
Gostaria de ser empresário, se não tivesse escolhido a Medicina.
Uma palhinha da vida profissional?
Sou médico integrante do quadro do Município de Brusque, dos Irmãos Fischer há 20 anos e tenho minha Clínica, juntamente com minha esposa, Dra Giselle Armelin Moritz, na rua Hercílio Luz,228- Clínica Senhora – onde fazemos Ginecologia, Obstetrícia e Ultrassonografia, Colposcopia e Prevenção do câncer ginecológico.

Lazer?
Viajar, cozinhar, bater papo com amigos.

O Brasil tem acerto?
Tem, é só investir em educação.

Qual o melhor livro que já leu?
Os sobreviventes de Pearl Harbor

Costuma ler jornais?
Sim.

Conhecia a Coluna Dez?
Sim

Referências: Jornal A Voz de Brusque. Edição de 23 a 30 de junho de 2007.






 MURILO VEIGA



O nosso entrevistado da semana é o Dr Murilo Veiga - Médico da Prefeitura Municipal de Guabiruba, Posto de Saúde do Aymoré, Médico do Trabalho e da Vigilância Epidemiológica;. filho de Helládio Olsen Veiga e Yolanda Vieira Veiga, nascido em Rio Negrinho, Santa Catarina, em 10 de fevereiro de 1962; casado com Norma Debrassi; torce em Florianópolis para o Figueirense Futebol Clube e em Brusque, por razões da esposa para o Carlos Renaux, o seu Pai era o Nilo Debrassi e a Mãe Maria Dalbosco Debrassi (ele nascido em Brusque e ela na Guabiruba, no Lageado Alto).

Quais as memórias de criança?
Dos banhos de Chafariz no pátio do Hospital de Rio Negrinho, de meu ídolo, meu Pai junto aos filhos, das brincadeiras de criança, sem internet, sem computador; dos jogos de futebol como os amigos do ginásio e do prédio que morava em Florianópolis;

Sonho de criança?
Ser MÉDICO, e poder ajudar as pessoas, com alegria e bom relacionamento;

Como foi sua juventude?
Os amigos do ginásio sempre eram importantes e verdadeiros, amigos da Universidade, em muitos me apoiavam; tive que trabalhar no início da universidade, pois necessitava pagar os estudos, e por necessidade me afastei de muitos amigos.

Histórico escolar?
Toda a formação escolar foi em Florianópolis, ensino primário no Curso Elementar Menino Jesus, das Irmãs Franciscanas de São José 1969 à 1972;Ensino Ginasial e Científico de 1973 à 1979 no Colégio Catarinense, da Companhia de Jesus, Jesuítas,Universidade Federal de Santa Catarina em 1980 até 1988; Pós Graduação em Medicina do Trabalho na mesma Universidade em 1992 e Pós Graduação na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1988 em Geriatria.

Primeira professora?
A ex-Irmã Maria Helena

Grandes professores?
Dona Walda Baixo no 4 º ano primário; Werner Leonardo Dann de Matemática; Padre José Francisco da Silveira Montenegro de Religião, Padre Aluísio de Literatura; Edson Osni Ramos de Física; Padre Eulógio de Química no Colégio Catarinense; na Universidade os Drs. Ernesto Damerau Cirurgia Geral; Ney Mund Cirurgia Geral; Otmar Bauer de Pneumologia; Leo Mauro Xavier de Urologia e Sidnei Jorge Sandin, um grande amigo, cirurgião que me ensinou o relacionamento médico paciente e que faleceu precocemente em 1993 em um acidente, meu melhor amigo como Médico na época;

Que matérias gostava?
Literatura, ler é sempre uma alegria, um mundo novo a descobrir em cada livro, Química, pois nos mostrava os mundos novos dos produtos químicos, a Cirurgia um sonho que ficou distante, mas que mexia com o imaginável de qualquer estudante de Medicina; ética Médica que nos mostrava a responsabilidade social e profissional, no relacionamento entre médicos e na época iniciamos a discussão do Hoje chamado Ato Médico;

Que matérias detestava?
Patologia, Parasitologia; Bioquímica pura teoria

Como conheceu a Norma?
Estava trabalhando no Hospital Regional de São José, em São José, na emergência geral, quando fomos procurados por um funcionário do Posto de atendimento do Besc, nos solicitando que dessemos um atendimento a uma funcionária, pois o pai estava com problemas cardíacos e estava internando em estado grave. ( Nilo Debrassi). Atendemos a solicitação e após alguns dias, começamos a conversar no refeitório do Hospital. No hospital, por uma questão de espaço, nossa sala ficou ao lado do posto do BESC e nossos laços foram se estreitando e com o passar do tempos, nos conhecendo e hoje estamos juntos a mais de 19 anos.

Pessoas em que se espelhava?
Meu Pai, minha Mãe, alguns tios e meus irmãos maiores

Pessoas que influenciaram?
Minha irmã Jane, enfermeira aposentada que dedicou toda a sua vida a ajudar a cuidar e educar os seus Irmãos e me mostrou muitos caminhos na Medicina e me deu o Primeiro Livro na Universidade de Anatomia Humana; Meus amigos Sidnei Jorge Sandin, falecido; e minha esposa Norma;

Como surgiu Guabiruba em sua trajetória?
Em 2008, quando estava em Florianópolis, iniciei uma conversa com minha esposa, de procurar um local que tivesse mais qualidade de vida, aonde se respirasse um ar mais puro, uma vida mais sossegada, uma vida de interior. Como ambos nascemos no interior, Guabiruba e Brusque foi nosso caminho. Surgiu então a possibilidade de deixar minhas obrigações em Florianópolis, e em conversa com a Secretária de Saúde da Guabiruba, Valquiria Kohler, hoje minha amiga de coração, vir trabalhar e desenvolver um novo desafio em minha vida. Aceitei e hoje tenho a Guabiruba em alta estima, pois aqui moro e vivo, tendo sido muito bem recebido pela população que atendo, e pelos dirigentes deste município. A Guabiruba faz parte de minha história e com certeza novos desafios virão.

Como surgiu a medicina em sua vida?
Tragicamente em Pomerode em 1968, quando meu Pai começava a carreira de Juiz de Direito e teve um Infarto Agudo do Miocárdio, falecendo e não havia recursos ou médicos a disposição para ajudar, ele faleceu junto a sua esposa e seus filhos.

Quais os casos mais comuns que surgem diariamente em seu consultório?
Quando se faz a escolha por atender a todos, com presteza, carinho, respeito, nós atendemos quase todos os tipos de doença. Nesta época do ano, no verão, estão desidratação, gastroenterites por contaminação por alimentos e água contaminados. Temos muitos casos de doenças degenerativas do cérebro, dos ossos, articulações. Quadros de dislipidemias (excesso de colesterol), hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus entre outras. Também atendemos quadros de doenças cerebrais, com doença de parkinson, alsheimer, e demências em geral. Na clínica geral, a pessoa é mais importante que a sua doença, ou seja, as doenças existem, mas como tratar e atender as pessoas é a melhor forma de enfrentar uma doença que pode ser muito grave, ou ser crônica. Devemos sempre buscar atender com mais respeito, humanidade, encontrar as soluções o mais breve, se possível traçar uma linha tênue entre a vida e a doença.

Qual foi o maior obstáculo que o Doutor teve que superar em sua vida?
a ausência de meu Pai e a falta de recursos financeiros para me aprofundar nos estudos; a perda de um Irmão e de um sobrinho precocemente, que considerava meu irmão mais novo, hora como um filho que amo muito e que sempre me recordo com alegria e com boas recordações; Como foi sua trajetória profissional? Por mais de 20 anos trabalhei no Banco de Estado de Santa Catarina, iniciei como escriturário e após Médico do trabalho, em consultório particular na Clinica dos funcionários do Besc, trabalhei no Hospital Regional de São José em São José na emergência Geral, em clínicas, no Hospital e Maternidade Dom Joaquim, aonde fui Diretor Clínico e Técnico e na Prefeitura Municipal da Guabiruba, local aonde escolhi para morar e viver;

Qual foi sua maior alegria na vida?
Várias: ver o sorriso de minha mãe e meus irmãos quando me formei em Medicina, quando assisti o primeiro parto, que foi de minha sobrinha Mariana, hoje advogada, quando conheci minha esposa Norma, quando me apaixonei pelos meus cachorros e triste quando morreram, fazer novos amigos em Brusque e Guabiruba; amigos verdadeiros; hoje minha alegria é tentar ajudar as pessoas longe da Medicina, podendo interceder nas suas necessidades, e viajar para conhecer novos lugares e museus como tive oportunidade de conhecer na Europa, velho continente e com culturas de milênios, acompanhado de minha companheira, minha eterna parceira e esposa.

Um conselho preventivo para manter-se saudável.
Exercícios físicos, alimentação saudável, sorrir diariamente, pois quando se sorri é um momento de felicidade, ter amigos verdadeiros ao seu lado, sempre acreditar que há um ser maior e criador de tudo, e que há um sentido em cada vida

Cite uma grande decepção.
A comercialização vil da Medicina e a destruição do Sistema de saúde de nosso país, com pagamentos tão distantes da realidade irrisórios e desumanos.

Tem participado de cursos extracurriculares, congressos e outros?
Cursos de atualização em Epidemiológia e recentemente Curso técnico de Cervejeiro, aonde pude aprender alguns segredos de uma bebida maravilhosa, que se consumida com cuidado e responsabilidade pode fazer bem a vida.

Referências: Jornal Em Foco. Edição de 7 de fevereiro de 2012.


PAULO ROBERTO TOEBE


                                                                 Dr Paulo Roberto Toebe.

Filho de Reinold e Marilu Jacinta Toebe, natural de Mondaí/SC, nascido aos 30.05.66; são em 3 irmãos: Rui (médico Pediatra em Florianópolis), Marlene (Bioquímica em Mondai) e Paulo Roberto; 5 filhos: Mariana, Karin, Greice, Felipe (Grande) e Felipe (Pequeno). Torce para o Brusque e para o São Paulo.

Como foi a sua infância e juventude?
Transcorreu de forma relativamente normal, em função de certa timidez, ressalte-se que destaquei-me no esporte como: Tênis de campo, corrida de resistência e musculação.

Como foi sua formação acadêmica?
Médico (UFSC), Neurologia Clínica (UEL –Universidade Estadual de Londrina), Epileptologia e Eletroencefalografia (Bielefeld –Alemanha) e eletro-neuromiografia (UFSC).

Resumo da vida profissional
Iniciei minha vida profissional no Hospital Evangélico, nos anos 90 à 93, depois abri a clinica, em que atuo até hoje.

Clínica Geral ou Especialidade?
A especialidade é importante para conhecimento, a experiência direcionada com atualizações a um grupo mais restrito de doenças, entretanto, não devemos esquecer que o paciente é um ser único, e não segmentado.

Os avanços tecnológicos e a Medicina?
Tem sido mais acentuado nas últimas décadas, entretanto se faz necessário o mesmo acompanhamento da classe médica.

A globalização e a Medicina?
Ótima, pois hoje tenho acesso em Brusque das atualizações médicas em todo o mundo.

Fumar faz mal?
Comprovadamente, sim.

Se não fosse médico?
Provavelmente Professor.

Já tinha lido a COLUNA DEZ?
Sim, frequentemente.

O Brasil tem acerto?
Sim, entretanto se faz necessário que a classe dominante - política e economicamente- seja fundamental para o crescimento como um todo fortalecido.

O que faz Dr Paulo Roberto Toebe, hoje?
Atuo em neurologia clínica, especialmente em epilepsia, eletroencefalografia, dor de cabeça, eletroneuromiografia, doença dos nervos periféricos e doenças do sistema nervoso central.

Referências: Jornal A Voz de Brsuque. Edição de 20.11.05.

ROSA CREPPAS

                                                              Dra. Rosa com Priscila (filha).

ROSA CREPPAS: Filha de Guilherme e Valdemira Nischellatti Crepas; natural de Nova Trento, nascida aos 05.06.63; Oito irmãos: Maria (freira), Antônio, Florentina, Inácio, Rosa, Angelina, Ambrósio e Augusta; uma filha: Priscila, nascida aos 19.08.95.

Como foi sua formação escolar e como surgiu a medicina em sua vida?
                                                        Com Priscila, Wanda e Pedro J. Werner

Fiz o primário na EBI Estadual em Lageado Alto, em Nova Trento. A Professora Miriam Maria Moliton Costa incentivava para que eu continuasse a estudar, inclusive, certa vez, indagou sobre o que pretendia ser, quando respondi que queria ser médica. Naquela época, já acreditava que minha vida não seria no campo, onde minha família: pai, mãe, irmã mais velha, a Maria, que hoje é freira, faziam todo o trabalho na roça, casa, criações de aves e alguns gados. Meus pais apesar de serem exigentes, não se opunham que as filhas fosse trabalhar fora, como era costume na época. Certa feita, quando Maria tinha uns dezoito anos foi trabalhar em Canelinha e eu muito apegada a ela não me conformava... chorei muito. Mais tarde, a Florentina, também foi trabalhar numa determinada família. Mais tarde ainda, um casal, Irineu Raiser/Luiza Tomio Raiser, de Nova Trento, que residia em Blumenau, também me levou para cuidar de uma recém-nascida e de um casalzinho de filhos. A dona Luiza trabalhava na Hering, tinha que percorrer um longo trecho à pé, então saia pelas três da manhã e retornava pela quinze horas e para eu estudar à noite, além de longe, também teria de percorrer um longo trecho à pé. Bem me lembro , que um dia, vi um senhor magrinho subindo a ladeira e quando chegou próximo, vi que era meu pai, depois de algumas conversas chorei por não poder estudar, quando ele retrucou: “se queres estudar...vê um jeito!”. Decidi, isso era mais ou menos mês de outubro, fiquei até o final do ano e retornei à Nova Trento. Chegando em Nova Trento, como minha irmã Maria tinha ido para o noviciado em São Paulo, decidi ir para lá para poder estudar. Lá tive sorte, empreguei-me num lar, onde a mulher, também Luiza, era Professora e cursava a faculdade à noite, então cuidava da criança durante o dia e à noite aproveitava a carona e freqüentava a Escola –São Bernardo. Quando terminei o segundo grau, submeti-me ao vestibular de Medicina, tendo obtido sucesso, só que era longe: Mogi das Cruzes. Fiquei um ano me preparando e, fiz novamente o vestibular na Universidade Federal de Santa Catarina, sendo aprovada e obtendo o grau em 31.01.92.

Clinica geral ou especialista?
                                                          Dra Rosa com Luciane e o esposo.
Gosto da clínica geral. Atender tudo relacionado ao paciente, menos agir em procedimentos cirúrgicos.

Os avanços tecnológicos e a medicina?
                                                              Com Priscila e o Pai Guilherme.

Os avanços tecnológicos auxiliam, todavia, afasta o médico do paciente, cria barreiras, contribuindo para piorar a qualidade profissional, no diz respeito, a parte mais humana, o contato... aquele ombro amigo.

O efeito da globalização no dia a dia da medicina?
Discrimina muito... fez acontecer essa distinção: quem tem, tem... quem não tem, não tem... Tudo evoluiu, mas, o ser humano não. Acredita-se mais no resultado do que no ser humano.

Se não fosse médica?
Com certeza ocuparia alguma área ligada à saúde.

Fumar faz mal?
Todo vício é sinal de fraqueza.

Por que é difícil permanecer um profissional da saúde no Posto Steffen?
Os moradores da comunidade do Steffen são bons, quem põe tudo a perder são alguns funcionários, ressalte-se, que não são todos, alguns funcionários querem o bem da comunidade.

Como viu a vitória de uma mulher para administrar Nova Trento?
Nova Trento não tem mais solução... há muitos interesses próprios, não prevalece o bem da coletividade... atravancaram o desenvolvimento... veja o Godoy tinha uma grande oportunidade para adequar Nova Trento, em infra-estrutura e saneamento básico com o advento do fluxo provocado pelo interesse em Madre Paulina.

Madre Paulina?
É uma exploração desmedida, sem qualquer preocupação com a religiosidade, prevalecendo o lado da materialidade... da vantagem... registre-se, exploração encima de uma pessoa – a Santa – que viveu na pobreza... ah, se fossem menos avarentos.

Politicamente – nunca pensou em sair candidata?
Não, ao contrário fujo da política. A política, sabe-se é uma ciência, mas os políticos estragam tudo com suas atitudes. Atualmente, uma grande parte dos brasileiros estão enojados dos políticos.

A administração municipal?
Vai bem... Brusque tem tudo, evidentemente, que há ainda a fazer, mas não se pode fazer tudo de uma vez. Pelo menos o Ciro faz. Depois que Ciro entrou foi feito... e muito! Ciro é um homem corajoso... de peito! O Ciro deveria ser o Presidente do Brasil.

O Brasil tem acerto?
Se tivéssemos pessoas com outras idéias, não permanecendo sempre os mesmos viciados... eles só fazem jogo de interesse... o interesse próprio e não o bem do país, além de destruir o que temos... e o povo brasileiro se deixa levar muito facilmente. Falta muito respeito por parte dos políticos e o povo deveria cobrar mais... mais respeito, o que fala-se hoje, tem-se vergonha de ser brasileiro, por estarmos diante de uma turma de mercenários, na verdade transparece, um mercenário comandando uma turma de idiotas.

A mulher não está confundindo liberdade responsável com libertinagem?
Eu diria tanto o homem como a mulher... com a evolução dos costumes a mulher trabalha, batalha,... então na deveria ter mais este tipo de conduta, e sim uma atitude verdadeira. Um não vê o sofrimento que causa ao outro. Homem e mulher na hora de tomar uma atitude deveria pensar mais no outro, fazendo somente aquilo que gostaria que o outro fizesse, concluindo: estamos sem rumo, sem direção, os pais não têm mais poder sobre os filhos.

Lazer?
Gosto de mexer na terra e ler muito, leituras atinentes a história antiga, ao início

Referências: Matéria publicada em A Voz de Brusque, na semana 18 a 30 de setembro de 2005.






TATYANA MELLO LIMA  

A entrevistada da semana é a fonoaudióloga especializada em Audiologia primeira turma de pós-graduação em Audiologia) na Univali.
                                                                Nossa entrevista Dra. Tatyana Mello Lima.

Desde quando está em Brusque?
Moro em Brusque desde 1998.

Pontos positivos de sua infância?
Cresci numa época onde ainda podíamos brincar na rua de bicicleta, de bola com os amigos sem medo do trânsito e dos ladrões.

E da Juventude?
Tive uma juventude saudável, onde meus objetivos eram o estudo, os amigos e minha família.

Como foi a educação recebida de seus pais?
A educação da pelos meus pais era bastante tradicional, sem muitas “liberdades” e muita responsabilidade.

Formação escolar?
Estudei em Florianópolis - cidade onde morei desde os 6 meses de idade – até terminar a escola. Comecei minha faculdade em Porto Alegre e terminei minha pós-graduação em Audiologia em Itajaí na Univali em 2001.

Como surgiu a medicina em sua carreira? Alguns antecedentes atuou na medicina?
Meu pai era professor de Bioquímica na UFSC, então sempre tive uma afinidade muito grande com a área de saúde. A fonoaudiologia foi uma conseqüência, principalmente a área em que atuo, a de aparelhos auditivos e exames
auditivos.

O corpo humano sendo uno, a especialização tem prevalência sobre a Clínica Geral?
Em alguns casos sim, pois acredito que ninguém consiga dominar todos os assuntos completamente, mormente se tratando do ser humano.

A internet e a fonoaudiologia?
A internet só vem a complementar e aperfeiçoar a cada dia em nossa área de atuação, principalmente por estarmos afastados dos grandes centros, onde as atualizações ocorrem regularmente.

Se não fosse médica?
Não consigo me ver como outra profissional, que não seja a fonoaudióloga.

Fumar faz mal a saúde?
Sim, certamente... principalmente quando a pessoa chegar na sua terceira idade

O Brasil tem acerto?
Espero que sim

Referências: Entrevista publicada no jornal "A Voz de Brusque" em 06.09.08.














ANEXOS:


 EMÍLIO LUIS NIEBUHR  2


Dr EMÍLIO LUÍS NIEBUHR: Filho dos saudosos Otto e Eugênia Albani Niebuhr; natural de Brusque, nascido aos 11.11.38; são em três irmãos: Otto Joel, Maria Eugênia e Emílio Luís; cônjuge: Elisa Regina Schlosser Niebuhr, casados aos 06.05.67; dois filhos: Eugênia Regina e Arthur Otto; três netos: Pedro Emílio, Victória e Ian. Torce para o Sport Club Brusquense, Corinthians e Vasco da Gama
Como foi a sua infância e juventude?
Passei em Brusque, onde tivemos o privilégio de morar bem no centro – a Avenida Cônsul Carlos Renaux era denominada de João Pessoa – entre os dois cinemas: Coliseu e Real; joguei futebol com o time do Padre João Steep; freqüentei o Curso Primário no Grupo Escolar Santo Antônio – conhecido como Colégio das Freitas, depois fiz o chamado Ginasial no Colégio Cônsul Carlos Renaux; aí tive que ir para Blumenau para completar o chamado Científico, cursando também o Técnico em Contabilidade, no Colégio Santo Antônio, registre-se em regime de internado, face a não haver como ir e vir diariamente de Blumenau. Na juventude, ia ao cinema que era a diversão da época e gostava de acompanhar meu saudoso pai nas pescarias.
Como eram seus pais? Influência da disciplina e na formação?
De acordo com os hábitos da época, a disciplina era mais rígida que atualmente, mas os tinha como companheiros e amigos. Eram austeros, mas não severos. Meus pais dedicavam-se totalmente à formação dos filhos.
Como conheceu a Elisa Regina?
Conheci a Elisa Regina quando retornei dos estudos de Medicina para trabalhar em Brusque, naquela época conheci Elisa, vez que as famílias eram todas conhecidas.
Como aconteceu a opção pela Medicina?
Foi mais por influência materna ter optado por uma faculdade de Medicina, tendo escolhido o Rio de Janeiro para cursá-la. Tive a felicidade de passar no primeiro vestibular a que me submeti e no ano de 1957, iniciei o curso de Medicina, tendo colado grau na data de 15.12.62, em seguida, mais dois anos de Pós-Graduação, no Hospital dos Servidores do Estado, com especialização em Cirurgia Geral.
Influência da globalização na Medicina?
Na volta à Brusque, retorno este antecipado pelo falecimento de meu pai, em 1965, formos o décimo médico a instalar-se no Berço da Fiação Catarinense, a saber os Drs.: Humberto Mattiolli, Carlos Moritz, João Antônio Schaefer, popular Dr Nica, Aluizo Haendcem, José Tridapalli, Germano Hoffmann, Francisco Dal’ Igna, Márcio Clóvis Schaefer, Francisco Beduschi e eu. Naquele tempo os recursos médicos eram bem menores de que na atualidade. A gente exercia um trabalho interessante, atuávamos, bem mais próximo da comunidade. O que em muito supria às necessidades de exames mais aprofundados, que até então não existia; daí para nossos dias a Medicina teve uma grande revolução tecnológica e hoje, aparelhos sofisticados são usados na Medicina globalizada com muita eficiência trazendo reais vantagens no diagnóstico e no tratamento de doenças.
A internet e o dia a dia na Medicina?
Com a medicina globalizada a internet também passou a ser instrumento de trabalho dos médicos que têm acesso facilitado às modernas técnicas utilizadas em todo o mundo, outrossim, hoje em dia, todos os consultórios são informatizados e os pacientes cadastrados eletronicamente.
Como poder-se-ia definir o “genérico”, para esclarecer o povão?
Uma das evoluções da Medicina foi a implantação do uso do medicamento “genéricos”. O Laboratório que lança um medicamento novo na praça e tem dez anos para explorá-lo, passado este prazo, é obrigado a lançar o produto dito “genérico”, ou seja, com o nome do produto químico utilizado no remédio e a preço mais acessível. Infelizmente confundem-se medicamento “genéricos” com os “similares” que geralmente são adquiridos pelas farmácias com bonificações. Isto faz com que sejam mais baratos, todavia, muitas vezes de procedência duvidosa e fazendo concorrência com os remédios chamados de “marca” e ou “genéricos”, pelo baixo custo. Desta forma, muitas pessoas são enganadas, acreditando que estão comprando um medicamento “genérico” quando na realidade está adquirindo um produto sem a qualificação técnica do medicamento receitado.
Se não fosse médico?
Provavelmente seria um comerciante, haja vista que meu pai tinha um engenho descascador de arroz.
Fale sobre sua participação no Rotary Club Brusque
Somos filiados ao Rotary Club Brusque desde 1968, ocupante, de certa forma, do lugar deixado pelo meu saudoso pai, que, inclusive, foi um dos fundadores do Rotary Club Brusque. Inicialmente as reuniões aconteciam na sede do CACR , de cuja janela, assistíamos o treino da famosa equipe do CACR – hoje Sport Club Brusquense.
Qual o melhor livro que já leu?
O melhor livro é o que estou lendo: ”Anjos e Demônios”.
Costuma ler jornais?
Sim, diariamente leio um jornal local e um regional e semanalmente, leio a Veja;.
O Brasil tem acerto?
Tem acerto sim... apesar das dificuldades o Brasil está dando e vai dar certo, tanto que se houvesse mais seriedade estaríamos bem mais avançados. Tenho viajado à Europa e constatei que o padrão de vida no Brasil está igual ou melhor do que lá.

Referências: Matéria publicada em A Voz de Brusque, na semana de 06 a 12 de outubro de 2007.

EMÍLIO LUIS NIEBUHR 2

Dr EMÍLIO LUÍS NIEBUHR: Filho dos saudosos Otto e Eugênia Albani Niebuhr; natural de Brusque, nascido aos 11.11.38; são em três irmãos: Otto Joel, Maria Eugênia e Emílio Luís; cônjuge: Elisa Regina Schlosser Niebuhr, casados aos 06.05.67; dois filhos: Eugênia Regina e Arthur Otto; três netos: Pedro Emílio, Victória e Ian. Torce para o Sport Club Brusquense, Corinthians e Vasco da Gama

Como foi a sua infância e juventude?
Passei em Brusque, onde tivemos o privilégio de morar bem no centro – a Avenida Cônsul Carlos Renaux era denominada de João Pessoa – entre os dois cinemas: Coliseu e Real; joguei futebol com o time do Padre João Steep; freqüentei o Curso Primário no Grupo Escolar Santo Antônio – conhecido como Colégio das Freitas, depois fiz o chamado Ginasial no Colégio Cônsul Carlos Renaux; aí tive que ir para Blumenau para completar o chamado Científico, cursando também o Técnico em Contabilidade, no Colégio Santo Antônio, registre-se em regime de internado, face a não haver como ir e vir diariamente de Blumenau. Na juventude, ia ao cinema que era a diversão da época e gostava de acompanhar meu saudoso pai nas pescarias.

Como eram seus pais? Influência da disciplina e na formação?
De acordo com os hábitos da época, a disciplina era mais rígida que atualmente, mas os tinha como companheiros e amigos. Eram austeros, mas não severos. Meus pais dedicavam-se totalmente à formação dos filhos.

Como conheceu a Elisa Regina?
Conheci a Elisa Regina quando retornei dos estudos de Medicina para trabalhar em Brusque, naquela época conheci Elisa, vez que as famílias eram todas conhecidas.

Como aconteceu a opção pela Medicina?
Foi mais por influência materna ter optado por uma faculdade de Medicina, tendo escolhido o Rio de Janeiro para cursá-la. Tive a felicidade de passar no primeiro vestibular a que me submeti e no ano de 1957, iniciei o curso de Medicina, tendo colado grau na data de 15.12.62, em seguida, mais dois anos de Pós-Graduação, no Hospital dos Servidores do Estado, com especialização em Cirurgia Geral.

Influência da globalização na Medicina?
Na volta à Brusque, retorno este antecipado pelo falecimento de meu pai, em 1965, formos o décimo médico a instalar-se no Berço da Fiação Catarinense, a saber os Drs.: Humberto Mattiolli, Carlos Moritz, João Antônio Schaefer, popular Dr Nica, Aluizo Haendcem, José Tridapalli, Germano Hoffmann, Francisco Dal’ Igna, Márcio Clóvis Schaefer, Francisco Beduschi e eu. Naquele tempo os recursos médicos eram bem menores de que na atualidade. A gente exercia um trabalho interessante, atuávamos, bem mais próximo da comunidade. O que em muito supria às necessidades de exames mais aprofundados, que até então não existia; daí para nossos dias a Medicina teve uma grande revolução tecnológica e hoje, aparelhos sofisticados são usados na Medicina globalizada com muita eficiência trazendo reais vantagens no diagnóstico e no tratamento de doenças.

A internet e o dia a dia na Medicina?
Com a medicina globalizada a internet também passou a ser instrumento de trabalho dos médicos que têm acesso facilitado às modernas técnicas utilizadas em todo o mundo, outrossim, hoje em dia, todos os consultórios são informatizados e os pacientes cadastrados eletronicamente.

Como poder-se-ia definir o “genérico”, para esclarecer o povão?
Uma das evoluções da Medicina foi a implantação do uso do medicamento “genéricos”. O Laboratório que lança um medicamento novo na praça e tem dez anos para explorá-lo, passado este prazo, é obrigado a lançar o produto dito “genérico”, ou seja, com o nome do produto químico utilizado no remédio e a preço mais acessível. Infelizmente confundem-se medicamento “genéricos” com os “similares” que geralmente são adquiridos pelas farmácias com bonificações. Isto faz com que sejam mais baratos, todavia, muitas vezes de procedência duvidosa e fazendo concorrência com os remédios chamados de “marca” e ou “genéricos”, pelo baixo custo. Desta forma, muitas pessoas são enganadas, acreditando que estão comprando um medicamento “genérico” quando na realidade está adquirindo um produto sem a qualificação técnica do medicamento receitado.

Se não fosse médico?
Provavelmente seria um comerciante, haja vista que meu pai tinha um engenho descascador de arroz.

Fale sobre sua participação no Rotary Club Brusque
Somos filiados ao Rotary Club Brusque desde 1968, ocupante, de certa forma, do lugar deixado pelo meu saudoso pai, que, inclusive, foi um dos fundadores do Rotary Club Brusque. Inicialmente as reuniões aconteciam na sede do CACR , de cuja janela, assistíamos o treino da famosa equipe do CACR – hoje Sport Club Brusquense.

Qual o melhor livro que já leu?
O melhor livro é o que estou lendo: ”Anjos e Demônios”.

Costuma ler jornais?
Sim, diariamente leio um jornal local e um regional e semanalmente, leio a Veja;.

O Brasil tem acerto?
Tem acerto sim... apesar das dificuldades o Brasil está dando e vai dar certo, tanto que se houvesse mais seriedade estaríamos bem mais avançados. Tenho viajado à Europa e constatei que o padrão de vida no Brasil está igual ou melhor do que lá.

Referências: Matéria publicada em A Voz de Brusque, na semana de 06 a 12 de outubro de 2007.


O entrevistado da semana é o médico Dr Germano Hoffmann, filho de Moritz Germano Hoffmann e Ida Willrich Hoffmann, nascido em Brusque aos 01.08.26;) casado com Lya Vianna Hoffmann (in memorian) tem um irmão: Erich.

                                                                       Nosso entrevistado Dr Germano Hoffmann.
 GERMANO HOFFMANN

Uma palhinha da descendência?
Maritza casou com Gilberto Rau: filhos : Cristoph, Mayara e Tadjana; Ricardo casou com Ana Fátima Petrusky: Ana Lya, Ricardo Henrique, Egon Germano (in memorian) e Riana Ida; César casou com Joceline Laub: Sanatiel e Lander; Fábio casou com a Simone (filha da Carmelita e do Armando Sassi): Paulo Vicente, Natália e Tamara; Christian casou com Vanusa da Silva: Christian Filho, Arthur Germano e Renan Leonardo; Germano Hoffmann Filho e Iasmine são solteiros.
1 irmão: Erich Hoffmann7 filhos (5m e 2F)15 netos (9m e 6F)1 Bisneto: Pedro Ricardo Hoffmann Russi.1. Germano Hoffmann Filho2. Maritza Hoffmann Rau: Christoph Germano, Mayara e Tadjana.3. Ricardo Vianna H.: Ana Lya, Ricardo Henrique e Riana Ida.4. Cesar V.H.: Sanatiel e Iander.5. Fabio V.H.: Fabio Germano, Paulo Vicente, Natalia e Tamara.6. Iasmine V.H.7. Christian V.H.: Christian Filho, Arthur Germano e Renan.

Formação escolar?
Cursei o Primário no Alberto Torres, o ginasial e o secundário no Colégio Catarinense em Florianópolis e Medicina na Universidade do Paraná.

Como foi sua infância e juventude?
Minha infância foi futebol no Paysandu, quilica, peão, mocinho e bandido, circo idealizado pela Flore de Nair Hor Craher.

Como surgiu a Medicina em sua trajetória? Algum antecedente familiar?
Surgiu quando sofri uma cirurgia – apêndice aguda – em 1945, no hospital de Azambuja em contato com o Dr Nica e Dr Carlos e outro médicos, aconteceu o estalo para a medicina, resultando aí em cursar na Universidade do Paraná, já que havia faculdade de medicina em Santa Catarina.

Trajetória profissional?
..... em São Paulo, em 57 vim para Brusque, fui nomeado para o Posto de Saúde do Jardim Maluche, na época o Prefeito era o Dr Carlos Moritz, em seguida no SAMDU, juntamente com Dr Francisco R. Dal’ Igna e o Dr Nica em plantões de 24 por 48 horas. Fiz parte da Clínica dos Hospitais Azambuja, Evangélico e atualmente do Hospital Evangélico.

E as especializações médicas?
Na época em que me formei médico, todos éramos generalistas. Já havia as especializações, mas antes de se especializar o formando tinha que passar por clínica geral, para depois fazer especialidade, pois o ser humano é um todo, e não uma parte.

O médico de ontem e de hoje?
Nesses 50 anos –formei-me em 17.12.54 – que exerço a profissão observei uma mudança radical na forma em que a medicina é exercida. Antes tínhamos o médico da família. O mesmo médico tratava praticamente toda a família. As pessoas adquiriam confiança nesse profissional da área da medicina, que tratava de quase todas as doenças, registre-se com acompanhamento dos pacientes. Hoje, predomina os especialistas.

Os avanços tecnológicos e a medicina?
O avanço tecnológico contribui fortemente para a melhoria da saúde. Atualmente temos exames bem mais detalhados, como ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada e a vídeo-cirurgia, que é um avanço extraordinário na clínica cirúrgica, ressaltando-se que, não é mais preciso fazer cirurgia a “céu aberto”, além de reduzir o tempo de hospitalização e de convalescença . E destaque-se hoje, os estudos e as pesquisas de célula-tronco.

A globalização contribui com a medicina?
Sim, porque possibilita o intercâmbio de informações com uma rapidez instantânea.

A medicina vencerá as doenças, hoje, ditas incuráveis?
A evolução tecnológica trouxe grandes esperanças nesse particular, valendo salientar que sempre surgem novas contribuições, não só em detalhamento de exames laboratoriais, como em termos de instrumentalização, sabe-se também, que os cientistas não param de pesquisas e avançar em descobertas importantes.

O cigarro é um veneno?
Sim, tranquilamente.

Como se lida com o envelhecimento?
Apenas vivendo, pois para envelhecer é preciso continuar vivo.

Participação na comunidade?
Participo do Lions Clube Brusque-Centro desde 1957, tendo presidido o Clube em três oportunidades, fui associado do Santos Dumont, da Sociedade Beneficente so Caça e Tiro Araújo Brusque, da S.E. Bandeirante, do Clube Atlético Carlos Renaux e do C.E. Paysandu.

Que lema adota?
Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará (Salmo 37, v 4 e 5)

Se não fosse médico?
Com certeza seria padeiro, haja vista que a profissão de meu pai era confeiteiro e dono de uma padaria.

Alem de exercer a Medicina, o que faz Dr Germano Hoffmann?
Participo do Lions e do Grupo Amigo do Canto Alemão.

Grandes atletas?
No CACR: Arthur Olinger- que trouxe a bolo de couro do RS – os seus filhos Hélio e Mário, mais famoso trio tricolor. Mosimann, Afonsinho e Ivo Willrich. Mais os atlestas: Dirceu e Sarará, Pitsch Tensini, Nilo Bianchini, Evaldo Schaefer, Tesoura, Teixeirinha, Petrusky, Pilolo, Esnel, Aníbal Diegoli, Andrade (arqueiro) , Leba e no Paysandu: Herbert e Osvaldo Appel, Chico e Heinz Appel, ..... Domingos, Janga Rosin, Wilimar Ristow, Arthur e Érico Appel, Curt Appel, Aristides Salces, Nego Kuhn, Julinho R. Hildebrandt

Grandes Dirigentes:
Érico Trindade, Ayres Gevaerd, Arthur – Polaco – Jacovicz, Arthur Appel – que está fazendo renascer o mais querido da Pedro Werner e Bilo (W.W.Ainchinger)

Brusque comporta três clubes?
Acredito que três clubes não, um deles deveria ser fundido no Brusque, vez que três agremiações divide muito. Dois sim, porquanto o desafio levará as equipes para frente.

Quais dos filhos estão e/ou estiveram ligados aos esportes?
Ricardo e César: Ricardo era zagueiro do C. A. Carlos Renaux, Ricardo inclusive presidiu o Brusque. César atuou no infanto-juvenil da equipe esmeraldina. O Gemano Hoffmann Filho, popular Mano, joga futebol suíço na S.E. Bandeirante, atuando pela equipe Catareira, e é responsável pelo BADEJO, equipe que participa há 16 anos, desde 1989 do Campeonato Paralelo de Futebol de areia no Balneário de Camboriú, tendo sido campeão por 4 vezes: 1990/96/99 e 2004, ressalte-se que, sem que os cronistas esportivos locais tomassem conhecimento e registre-se o feito, nem mesmo com uma pequena nota. O Mano é também patrão de CTG- Laço do Bom Vaqueiro que fará no período de 03 a 07 de agosto, durante a Semana de Brusque o 21 Rodeio Crioulo Nacional. Oportunidade em que haverá premiações de dois carros Ford 0 km: 1 laço equipe e 1 laço dupla .

Referências: Jornal A Voz de Brusque. Edição de 04.06.05.

JOÃO ANTÕNIO SCHAEFER  - - Dr Nica

O nosso entrevistado da semana é o médico João Antônio Schaefer, popular Dr Nica - conhecido como Médico de Família; Médico do Detran e Médico do Samu - filho dos saudosos João e Matilde Olinger Schaefer, natural de Brusque, nascido aos 23.04.1918. São em três irmãos: Orlando José (farmacêutico), Tarcísio (engenheiro) – ambos in memoriam e Dr. João Antônio - Nica (médico); cônjuge a saudosa Marieta Miqueis Schaefer (casados aos 04.06.47) e falecida aos 25.07.95; 5 filhos: Delfino João (Ginecologista e Obstetricista), Maria Cristina (Belas Artes), Orlando (Engenheiro), Maurício (Engenheiro) e Mariane (Letras). Torcedor do tricolor da Augusto Bauer e (C.A. Carlos Renaux) e C.R. Flamengo.

Uma palhinha da descendência
Delfino João casou com Sandra Fantini, têm 5 filhos: Ticiane (letras), Taísa (form médica ), João Carlos (estudante de medicina), João Delfino , Susana (forma-se em direito); Orlando casou com Sílvia Appel, 4 filhos: João Antônio Neto (engenheiro), Carolina (farmacêutica), Patrícia (nutricionista), Marcela (estudante de engenharia) ; Maurício casou com Beatrice Szpoganicz- filha do saudoso Ivo Szpoganics, assessor jurídico na Prefeitura nas administrações dos Prefeitos Antônio -Néco -Heil (66/70), José Germano Schaefer/Alexandre Merico (70/73) e, Alexandre Merico/Antôno Waldemar Moser (77/83) - 3 filhos: Aline (Arquitetura), Letícia (Médica) e Maurício Migueis (Concluindo faculdade de Engenharia Mecânica); Mariane casou com Luiz H. Minatti, dois filhos: João Guilherme e Pedro Antônio, ambos estudantes e Maria Cristina com Waldir Eduardo Martins, uma filha: Flávia Tereza (Estudante de Direito). 
Sonho de criança?
Queria ser médico 
Formação acadêmica?
Iniciei os estudos básicos no Colégio Santo Antônio e, o último ano no Feliciano Pires, o Ginasial cursei no Catarinense – na Capital do Estado - o Segundo Grau e Medicina na Faculdade de Medicina do Paraná (Curitiba ) 
Como surgiu a Medicina em sua trajetória?
O desejo de ser útil para a comunidade e para Brusque. Lembro com carinho as palavras colocadas no quadro de formatura: “Divino é trabalhar para aliviar a dor”. 
Na época prevalecia a Clínica Geral?
Na minha época, todos éramos clínicos gerais, ressalte-se que já havia as especialidades, mas antes de se especializar, o formando tinha que passar pela clínica geral, para depois fazer especialidade. 
Como vê os avanços tecnológicos e as implicações na Medicina?
Uma grande mudança. A tecnologia evoluiu muito na área da saúde. Hoje dispõe-se de ultrassonografia, ressonância magnética, ecocardiograma, a tomografia computadorizada, a vídeo -cirurgia e daí por diante... é uma evolução constante e muito acelerada. 
Como poderia ser traçado um perfil do médico de ontem e de hoje?
Mudou muita coisa. Primeiro no modo como a profissão é exercida. Antigamente, tínhamos o médico de família. As consultas eram feitas em casa do paciente. As pessoas adquiriam confiança nem médico que tratava de quase todas as doenças e fazia um acompanhamento dos pacientes. Hoje, quase não se encontram mais clínicos gerais, só especialistas. Destaque-se, hoje, também, a proteção obtida com a aplicação das vacinas. 
Alguns descendentes seguiram seus passos?
Sim, o filho Delfino João e as netas Taísa e Letícia 
Se não fosse médico?
Se não fosse médico, seria Professor. 
Fale de algumas de suas atuações ?
Entre outras, destacaria : Presidi o Rotary Club (em duas oportunidades); presidi o Clube Atlético Carlos Renaux presidi também a S.E. Bandeirante; Diretor da Maternidade C.C Renaux; Dirigi o Tiro de Guerra (1951 a 1996), durante 46 anos; atuei no Grupo Escoteiros no tempo de Henrique Bosco (Secretário do Prefeito, idos de 1926); um dos membros fundadores da Ação Paroquial São Luiz Gonzaga; integrei a diretoria da Igreja São Luiz Gonzaga; fui um dos fundadores da APAE. Por 43 anos fui médico do Hospital Azambuja e, também atuei como médico chefe do ex SAMDU. 
Uma orientação?
Gosto de mencionar o dito por Adão Myszk: “O melhor meio de conservar a saúde não está unicamente em se curar dos males presentes mas também em precaver-se contra os males futuros”. 
Grandes alegrias? Tristezas?
Alegrias foram o nascimento dos netos, bisneto e também o lançamento do livro que leva o meu nome. Tristeza foi a perda da companheira Marieta. 
O Brasil ainda tem acerto?
Sim, se houver espírito de coletividade e amor à Pátria. 
Alguma premiação como reconhecimento pelas atividades profissionais?
Tornei-me Oficial em 1940, sendo que como Primeiro-Tenente, obtive a “medalha Cavaleiro” conferida pelo Presidente da República e como Segundo Tenente, a medalha de “Pacificador Duque de Caxias”. 
Finalizando, Algumas considerações?
Pela dedicação e trabalho e engrandecimento de Brusque quero aproveitar a oportunidade para homenagear os saudosos: Irmã Ludgéria (agraciada com o título de cidadã honorária pela Lei 20/60), Izaura Gouveia Gevaerd (hoje nome de Escola em Tomaz Coelho, pelo Decreto 62/53 ), Georgina Carvalho Ramos da Luz (também nome de escola – na Alsácia - pelo Decreto 73/53), Cemirames Bosco (Henrique – que chegou a assumir interinamente como Prefeito na década de 20 - e Irmã Ôda. 
·                      
Referências: Entrevista publicada no Em Foco aos 29 de novembro de 2013.

  JOEL MENDES


                                                               Dr Joel com a esposa Rosani e os dois filhos.

Filho de Mário Jesuino Mendes e Laura Uliano Mendes; natural de Araranguá, nascido aos 19.02.59; casado com Rosani da Silva Mendes aos 19.11.88; dois filhos: Joel Mendes Júnior e Caio Henrique MendesEspecialidade: Ortopedia e Traumatologia com cursos de Pós graduação em Trauma Buco Maxilo Facial , Ultrassonografia óssea e Cirurgia por Videortroscopia em joelho. Torce para o Paraná e São Paulo.

Primeiramente fale de sua trajetória: infância, juventude, sonho de criança, seus familiares, pessoas que influenciaram.
Tive uma infância normal, sem muita regalia financeira, joguei muito futebol – Coritiba, Colorado, Ipiranga, Segunda divisão em Curitiba – Comecei a trabalhar com 12 anos como chapa de caminhão – carregava e descarregava engradados na extinta Crush – depois passei a ser lavador de garrafas na mesma empresa – fui promovido. Depois trabalhei como garçom, ofice boy, na sequência trabalhei com seguros onde cheguei a ser chefe de departamento com 17 anos de idade. Aos 18 anos parei de trabalhar e com a poupança que tinha feito fui fazer cursinho para prestar vestibular para Medicina, pois era impossível trabalhar e querer passar em Medicina.

Como conheceu a Rosani?
Conheci em Brusque. Ela trabalhava no Banco Itaú e tinha conta lá, e ai aconteceu

Como surgiu a Medicina em sua trajetória profissional – algum antecedente familiar?
A Medicina surgiu com certeza por intuição divina. Tenho hoje um primo médico formado um ano ante que eu.

Vida escolar?
Na escola nunca fui primeiro nem fui o último. Estava na média.

Primeira Professora?
Tenho pouca lembrança dessa época.

O curso de Medicina cumpre com a qualidade de ensino?
Todo curso superior que faz é o aluno. Evidentemente que deve haver uma base de ensino que possa propiciar ao aluno ter acesso aos conhecimentos necessários. Vejo que há alguns anos muitos médicos deixam a faculdade sem ter a verdadeira noção da importância SOCIAL , que eles têm nas cidades onde vão atuar. Mas no geral vejo as Faculdades deficitárias em muitos aspectos na formação médica.

Se não fosse médico?
Por ser uma intuição divina, se não fosse para ser médico, talvez não teria nascido.

A Internet e a Medicina?
Ganhou facilidade em pesquisas e informações.
A globalização e a Medicina?
O mundo ficou pequeno com toda tecnologia que temos hoje e a medicina foi um dos setores mais beneficiados.

Quais os problemas mais freqüentes que apresentam as pessoas que procuram seu consultório?
No mundo inteiro, na especialidade de Ortopedia, a Lombalgia – dor nas costas – é causa mais comum de consultas. Em segundo, as dores no ombro.

Como está Brusque equipada – em sua especialidade – em relação aos grandes centros?
Temos hoje em Brusque um desenvolvimento bastante satisfatório da minha especialidade. Conseguimos realizar com eficiência a maioria das cirurgias realizadas nos grandes centros e com material de mesma qualidade.

Quais as principais causas do joanete – deformação, uma saliência óssea do dedão ou dedinho dos pés – é hereditário? Os calçados podem contribuir para o aparecimento do joanete?
O joanete é a inflamação da bolsa que está localizada em baixo da pele na região da articulação do primeiro metatarso com o dedão – também chamado Hallux. A causa é o desvio para fora do Hallux que aumenta a saliência. A hereditariedade é um fator importante, bem como o uso de calçados inadequados.
                                                                         Dr Joel com os dois filhos.

Quais as atividades físicas são recomendadas na terceira idade?
Existem vários programas de exercícios para terceira idade. Ideal seria fazer exames com cardiologista para saber qual nível de atividade poderá realizar.

Algumas dicas para transformar a prática de exercícios em aliada da qualidade de vida?
Se quiser viver muito coma pouco.

O que é hérnia de disco? Qual a causa da hérnia de disco? O tratamento da hérnia passa, necessariamente pela cirurgia?
Hérnia discal é ruptura do disco intervertebral com migração do conteúdo pulposo que vai comprimir a raiz nervosa. Normalmente a causa é traumática – cair sentado, pegar peso etc – Há um consenso mundial de que a grande maioria das hérnias discais são resolvidas sem cirurgia.

Dores no calcanhar e nas costas indicam hérnia de disco? Salto alto prejudica a coluna e pode provocar hérnia de disco? O idoso é mais propenso a ter hérnia de disco?
Podem indicar ou não. Salto alto sem dúvida causa dor nas costas e pernas, mas não é uma causa comum de hérnia discal. Não. Mais propenso à hérnia discal são os jovens.

O Brasil tem jeito?
O Brasil já está ajeitado. As dificuldades que temos, a corrupção, falta de recursos para muitas coisas fazem parte da vida. O progresso está acontecendo, muitas coisas evoluíram. Cada um tem aquilo que produz e merece. Nós não dependemos dos outros para ser feliz. Se plantarmos e semeamos coisas boas, vamos ter uma colheita boa. Se temos resultados finais ruins, é porque algo não começou bem. Nós somos responsáveis por tudo que nos acontece de bem ou ruim.

Referências: Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada em 17 de Janeiro de 2009



JORGE LUIZ BATTISTI ARCHER

                                                               Dr Jorge Luiz Battisti Archer.
Filho de Luiz Battisti Archer e Mônica Peters Archer, natural de Brusque, nascido aos 11.10.55. São em 5 irmãos: Rita Mariam, Maria Salomé, Dóris Terezinha, João José e Jorge Luiz. Cônjuge: Marisa Odete Cervi Archer, casados aos 03.09.83; uma filha: Bruna Cervi Battisti Archer.

Como foi sua formação acadêmica?
Iniciei meus estudos até o segundo grau no Colégio Santo Antônio e após São Luiz. Prestei concurso Vestibular em 1975 na Universidade Federal de Santa Catarina, passando para a primeira turma de Medicina. Terminei meus estudos na Medicina em 1982 – tive problemas de saúde neste intermeio. Prestei prova para especialização em Sifilografia e Dermatologia no Hospital da UERJ, Rio de Janeiro, Hospital Pedro Ernesto. Neste referido curso, era fotógrafo do serviço, quando fazia as fotos e recebia em troca um slide para mim, já que todo o material fotográfico era de minha propriedade. Desta forma, vi todos os casos de dermatologia do hospital além dos próprios do serviço de especialização. Na mesma época, quando de minhas folgas, acompanhava o Serviço de Cirurgia Plástica, porque quando voltei a nossa querida Brusque, não havia Cirurgião Plástico e necessitava reconstruir as destruições que necessárias faziam quando da sua remoção.

Como foi sua infância e juventude?
Como todos de minha idade, era adepto de andar de bicicletas, que era fácil com o pouco trânsito, andava pelos morros no meio do mato, brincando ou caçando de gaiola. Hoje não é mais possível este fato de caçar. Durante minha adolescência, vivia com colegas, pescando nos rios Itajaí-Mirim, férias passava em Balneário Camboriú, namoricando e freqüentando boates, com todos os rapazes o faziam nessa época. Talvez pouco mais fácil, porque não necessitava de trabalhar.

Como conheceu Marisa Odete?
A minha querida Ziza, como a chamo, conheci no tempo de Segundo Grau, no Colégio São Luiz. Na escola.

O avanço tecnológico e a Medicina?
É maravilhoso, nós, como médicos, lermos sobre este avanço tecnológico existente em relação a tudo, e mesmo à Medicina. É bom sabermos que se necessário, poderemos dispor dos diversos meios para diagnóstico e tratamento, curando muitas doenças que antes não se curavam, sendo esta tecnologia vinda de aparelhos e desenvolvimento de novas medicações, e mesmo de novas indicações de uso das velhas. Mas, também é com pesar que às vezes vemos, isto, sendo que estaria ao alcance somente dos que podem, com seu dinheiro, pagar pelo avanço. Quando mais novo, mais caro.

A globalização e a Medicina?
Aqui é que se torna interessante esta globalização. Via internet e fotografias, na minha especialidade, podemos ter contato com colegas de outras partes do país, de outros países mesmo, e portanto a um destes grupos, o DERMLISTS, encabeçado pelo querido George de Barros Leal Jr. de Pernambuco, e estas respostas, se necessário, podem sair on line. Esta é uma globalização utilíssima para mim e outros que participam. Nela tem participado todos os professores no país.

Fumar faz mal à saúde?
Está provado que o cigarro faz mal á saúde, e não somente aos pulmões, mas a todo organismo, levando a que as feridas cicatrizam mais devagar ou mesmo não cicatrizam. Pele? A pele toma uma coloração mais acizentada, envelhecida. Cirurgia? Como quando se fuma, acontece pequena contração dos vasos, irá passar menos sangue, prejudicando a recuperação, e por aí se vai...

Um resumo da especialidade
Bom, dermatologia, pelo seu nome diz: Dermato – pele e logia = estudo. Isto significa que é a área da Medicina que estuda os problemas de pele com seus efeitos no organismo. Aqui é importante frisar que pele não é somente o que se vê ao olhar o indivíduo, que toda a pertence à pele, então temos que estudar também as doenças que atingem a gordura. Atualmente, a Dermatologia, para formar um profissional da área, tem a tomar de seu tempo aproximadamente 6.200 horas de estudo somente das doenças da pele.

6.200 horas?
8 (oito) horas ao dia, 5 (cinco) dias por semana, 3 (três) anos. Aqui associadamente aos problemas com as doenças, temos que tomar atitudes de embelezamento, ou seja, a área da estética médica, que ainda não é especialidade, exatamente por este curto tempo de especialização ou de aprendizado. Na minha compreensão da Medicina e da Dermatologia, saberá melhor tratar aos pacientes os que sabem a fisiologia completa da pele e o que se espera com os tratamentos, e isto deverá o médico que trata dizer aos seus pacientes. Então, ressalto que quando procurar colegas médicos que tratem as doenças da pele, procurem por um especialista da área, porque, ao menos pretensamente, deveria estar bem mais preparado para atender aos doentes e a estética médica. E na nossa especialidade, há mais de 6 anos se tem o que se chama de Educação Médica Continuada, que está sendo adotado pela Medicina brasileira. Então procure por seu médico e saiba se ele tem as duas: título de Especialista pela Sociedade que representa e sem o Título de Educação Médica Continuada.

Resumo da vida profissional
Cheguei em Brusque no ano de 1985, instalei-me onde hoje existem, ainda a loja 3 do Supermercado Archer e, desde 1992 me encontro trabalhando no consultório, sito à rua Heinrich Richard Bruno Erbe, 30, sala 103.
Desde os primórdios de mina chegada, tenho me dedicado mais as doenças da pele em si, e mais tratamento de câncer de pele, que apesar de baixo risco de vida, apresenta casos de letalidade, se mal conduzidos. E dentro destes aspectos ditos anteriormente, venho fazendo todos os congressos existentes sobre Dermatologia Geral e de Cirurgia Dermatológica, procurando me aproximar constantemente, podendo oferecer serviço dermatológico da melhor qualidade possível.

Referências: Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada em agosto de 2004.


Nenhum comentário:

Postar um comentário