Adilson Schaefer
Antônio Bastos Dias
Antônio Carlos Sandrini
Antônio Custódio de Oliveira Filho
Arnoni Ulisses Caldart
Arnoni
Ulisses Caldart.
Celso Carlos Emydio da Silva
Emílio Luís Niebuhr
Fernando Luís Machado
Frederico
Guimarães Marchisotti
Germano
Hoffmann
Giselle
Mirley Armelin Moritz
Hailton Boing
Júnior
João
Antônio Schaefer - Dr Nica
Joel Mendes
Jonas Oscar Paegle
Jorge Luiz Battisti Archer
Luiz Moser
Márcio Clóvis Schaefer
Marcus Vinícius Bauer Moritz
Murilo Veiga
Paulo Roberto Toebe
Rosa Creppas
|
|
Tatyana Mello Lima
Dedicatória
Ida
Maria, minhã mãe que costurava até altas horas da madrugada e Evaldo,
meu paizão que trabalhava 12 horas por dia na Renaux com o intuito de
possibilitar que os filhos estudassem.
Nelço e
Anna de Faria, sogros
pelo incentivo contínuo para lutarmos sempre.
Maria
Odete, pelo estímulo que proporcionava quando eu tentava desistir da luta
fazia ver que deveria continuar a lutar.
Anadir,
Ana Márcia, Alexandre Luís, filhos e Joan, neto para os quais pretendi deixar um
registro de caminhada. José Carlos (Fátima), Lourdete (Valdir Nisch), Maria
Guilhermina (Carlos Roberto da Luz), Paulo (Alice de Fátima), Valdir- in
memoriam (Tereza) e Sílvio (Ana Lúcia) para os quais agradeço a Deus por tê-los
como irmãos.
Adalberto
Appel, Adauto Celso Sambaquy, Ademir Cervi, Adilson Martins, Adriana Moraes,
Alisson Sousa Castro, Antônio Luiz da Silva (in memoriam), Carlos Cid Renaux
(in memoriam), Carlos Prudêncio, Celso Deucher, Celso Westrup, Clébio Morsch
Gonçalves (in memoriam), Danilo Moritz,
Emydio Gonçalves (in memoriam), Gabriel Luiz Pedrini, Denys Tomio, Joel Mendes,
José Roberto Montibeller, José Zen (in
memoriam), Jorge Romeu Dadan ( in memoriam), Laércio Knihs, Luciano Hang, Luiz
Saulo Adami, Nilo Imhof (in memoriam), Ruy Carlos Queluz, Ticiane Elisa Mafra,
Viviane Horst, Ricardo José Engel, Rolf Bueckmann, Telmo J. Tomio, Valdir
Appel,Wilson Santos ( in memoriam).
PERFIL
BIOGRÁFICO
Nasci em
Brusque em 8 de outubro de 1948, filho dos saudosos Evaldo e de Ida Maria Boni
Gianesini. Casado com Maria Odete de Farias Gianesini;três filhos:
Anadir, Ana Márcia e Alexandre Luís. E tenho um netinho Joan
Gianesini Tridapalli.
Advogado,fui
procurador geral do município (1994/96) na gestão Danilo Moritz (1993-
1996).Como advogado estagiei com Antônio Luiz da Silva e
dividium escritório de Advocacia com Adilson Martins e advoguei em
parceria com Ademir Cervi até ingressar na Prefeitura aos 02.01.1993, tendo
ingressado como advogado e passado para Diretor Jurídico antes de assumir a
Procuradoria-Geral. Na gestão de Hylário Zen/José Celso Bonatelli também fui
Diretor Jurídico.
Representei
Prefeitos em diversas oportunidades:
Em 1996,
no Pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof , representei Danilo Moritz: e mais: em
09.12.94 na Formatura da 8. série – na Escola Oscar Maluche dirigida por
Ivanete Zucco; em 05.01.95 na Posse do Presidente da Cohab/SC; em 16.02.95 no
ingresso de Atiradores do TG 05005; em 25.10.95 no Painel da semana jurídica;
em 06.12.95 no Encerramento do ano da Charlote; em 14.12.95 na inauguração do
Correio na rua Tiradentes; em 13.01.96 no Encerramento Brusque-Messe e
acompanhei o Prefeito: no Juramento à Bandeira dos dispensados em 26.09.95, no
Caça e Tiro Araújo Brusque – presidida pelo Capitão Seara e no governo Hylário
Zen, em 2000, representei o Prefeito Hylário Zen, na AMMVI.
Aos
14 anos, ingressei na Renaux, como auxiliar de revisão de tecidos, passando a
trabalhar no Escritório da empresa no setor do PCP. Um dos passos
significativos rumo à profissionalização, aconteceu ainda na juventude, por
meio do Curso Técnico Têxtil na cidade do Rio de Janeiro, entre os anos de 1969
a 1972, graduação que lhe permitiu alçar a condição de Técnico Têxtil na Fiação
Limoeiro de 1973 a 1976, na Artex Badenfurt de 1976 a 1982 e na Fiação Renaux
de 1982 a 1991. Lecionei para o 2º grau no Colégio Cenecista Honório Miranda
(Estatística) - tendo no ano letivo 1974, na turma de Assistentes
Administrativos, recebido o nome de turma (Turma Luiz Gianesini), Senai/Lafite
(lecionei Química Têxtil) e no Centro de Treinamento da Renaux (matérias
técnicas) – dirigi o Centro de Treinamento por
aproximadamente um ano; fui instrutor no curso de Fiação 1972, e nos
cursos para Cipeiros em 85, 86 e 90 e também de normas técnicas sobre Caldeira
em 86 na Renaux.
Após
iniciar com algumas crônicas no jornal O Município, fui Colunista do Planeta
Esportes, Planeta Notícias, Diário do Povo, Correio Regional, A Voz de Brusque
por uma década e Em Foco, por cinco anos (ver registros no “Brusque Cidade
Schneeburg”, de Saulo Adami e Tina Rosa, p. 307/323).
Consta
meu nome - na bibliografia dos livros de Saulo Adami (“Brusque vai à Guerra e
Vielen dank, herr doktor!”) e Ricardo José Engel (nos livros “Pedalando pelo
tempo” e “ Ivo Moritz”) e no livro de Reinaldo S. Cordeiro: "Ora bolas...
Jota Duarte... soa bem melhor! . Também nos livros de Laércio Knihs, Sentinela
do Passado, há duas crônicas que falam de Luiz Gianesini, “Fotografias antigas”
e “Terrorismo em Brusque”.
Presidi
a Câmara Júnior de Brusque – 1988; integrei o Rotary Club de Brusque (Padrinho
Adauto Celso Sambaquy), tendo elaborado o informativo na gestão do Juca Loos;
integrei o Lions (Padrinho Jorge Romeu Dadan); Vice Presidente da Assoc.
Brusquense de Técnicos Têxteis e Supervisores 1982/84, tendo terminado a gestão
de Valdir Nisch como Presidente - de maio a setembro de 1984 - e elaborei u o
informativo durante a gestão e fui Relações Públicas na gestão de Lourival
Augusto Wandrey 87/88; Vice Presidente dos Presidente dos Escoteiros, tendo 5
terminado a gestão de Nisch como Presidente; Vice-Presidente Jurídico do C.E.
Paysandu, na gestão de Ruy C. Queluz ; Integrei a Junta de Julgamento da LBF na
gestão de Wilimar Schwanke; presidi a Associação Renaux; presidi a Associação
Artex-
Badenfurt
no biênio 78/79; presidi a Cipa Artex Badenfurt no biênio 78/79; presidi a Cipa
Renaux em 193/84/85 e 90, tendo recebido troféu de reconhecimento; trabalhei em
inúmeras eleições na seção junto ao Honório Miranda: Em 74 como Secretário, em
78, Mesário e em 82, Presidente, sendo que no pleito de 86, ao ser indicado
para presidir a secção do Barriga Verde fui dispensado pelo falecimento de
minha mãe.
Integrei
a Comissão Municipal de Avaliação de imóveis; a Comissão do Plano Diretor de
2008 do Município de Brusque, coordenado por Jorge Bonamente; fui Coordenador
do Procon, integrei o CMDCA - como representante do Gabinete do Prefeito;
Diretor Jurídico da ASPMB- Associação dos Servidores Públicos Municipais de
Brusque ; Integrei o Conselho do Sindimestre (Gestão do Clébio Morsch
Gonçalves); Conselheiro da OAB, subseção de Brusque (Gestão Jonas A Werner);
membro da equipe de licitações do Município de Brusque; Conselheiro do COMAD -
Conselho Municipal sobre Drogas; Conselheiro eleito do IBPREV nos biênios
2014/15 e 2016/17; membro da Comissão Municipal de Táxis e da Comissão de
Processos Sindicantes e Disciplinares.
Formei-me
em Direito pela Furb e a Pós graduei-me - em Direito Penal - pela Univali,
também cursei extensão universitária - Personalidade Magnética - pela Faculdade
de Ciências Bio-psíquicas de São Paulo.
Livros
publicados:
”
Botuverá, meu bisavozinho”;
”
Guabiruba, cidade vizinha”;
“ Coluna
Dez, Grandes nomes”;
Conversando
com quem Fez e Faz”;
"Gente
que fez e Gente que faz";
”Câmara
Júnior 1988” ;
“Eu
visto por mim”;
“ Alguns
aspectos na ótica da Procuradoria-Geral, da gestão Danilo/Venzon “ e
“
Personalidades em foco”, em parceria com Saulo Adami.
ADILSON SCHAEFER
O
entrevistado desta semana é o Cardiologista, Dr Adilson Schaefer, nascido
em Brusque aos 01.10.46; filho de Isidoro Schaefer e Cassilda Orthmann
Schaefer; casado com Eneida D. Nascimento Schaefer; com a qual tem três filhos:
Alexandre, Juliano e Manuela
Dr
Adilson e esposa Eneida
O
que sente falta de sua infância?
Minha
infância foi muito boa, lembro com saudades dos bons momentos vividos.
Quais
as lembranças que têm de sua infância?
Lembro
do tempo em que eu podia brincar na rua, ir na casa de amiguinhos, e poder
andar de bicicleta, livremente.
Como
conheceu a Eneida?
Através
de seu irmão Estêvão Demétrio Nascimento, que era meu colega de Faculdade.
Histórico
escolar?
Estudei
no Colégio São Luiz, até a oitava série, e fiz o Científico em Curitiba,
interno no Colégio Paranaense dos Irmãos Maristas.
Há
quanto tempo está formado?
Estou
formado há 41 anos
Como
escolheu a sua profissão?
Escolhi
esta profissão porque sempre gostei da área de ciências e biologia.
Possui
alguma especialização?
Cardiologia
e eletrocardiografia
Como
surgiu a Medicina em sua trajetória?
A
medicina surgiu ainda jovem, logo me identifiquei com a área da saúde.
Algum
antecedente familiar?
Sim,
na família tenho parentes médicos, Dr. Nica Schaefer, Dr. Márcio Clóvis
Schaefer, ( in memorian ) e os irmãos de Dr. Márcio, Murilo Rubens Schaefer
(médico em Curitiba, que foi meu colega de Faculdade, estudávamos na mesma
sala) e Marcel Schaefer (médico em Portugal) que são primos de segundo grau.
Os
avanços tecnológicos e a medicina?
Como
tudo, tem seus prós e seus contras, as tecnologias vieram para ajudar
diagnósticos, mas os médicos perderam um pouco do calor humano, devido aos
aparelhos.
A
globalização contribui com a medicina?
Sim,
a globalização ajudou bastante em todas as áreas, e na medicina ficar informado
de novos tratamentos, tão ràpidamente, é muito importante.
A
medicina vencerá as doenças, hoje, ditas incuráveis?
Ainda
não podemos afirmar, mas com certeza os avanços, têm contribuído para melhorar
a qualidade de vida dos pacientes, e tem alongado a vida de muitas pessoas.
O
médico de ontem e de hoje?
O
médico de ontem era um médico amigo da família, ia atender chamados em casa, e
criava um vínculo afetivo, mas hoje em dia, isto não é mais possível, devido a
segurança do profissional, que não se arrisca em atender um chamado em casa,
sem saber quem está ligando.
Fale
- um pouco - de sua trajetória pessoal e profissional
Nasci
em Brusque, aqui morei até terminar o ginasial no Colégio São Luiz, depois fui
para Curitiba estudar o Científico, interno no Colégio Paranaense dos Irmãos
Maristas. Em seguida fiz vestibular para medicina na Universidade Federal do
Paraná, e como fui excedente me ofereceram vaga na Faculdade de Medicina de
Campos, no Estado do Rio. Lá estudei até, o quinto ano e no sexto ano, já fui
transferido para o Rio de Janeiro, onde ali terminei a faculdade e em seguida
fiz especialidade no Hospital da Lagoa, no serviço do Dr. Nelson Botelho.
Cardiologia é a especialidade médica que se ocupa do
diagnóstico e tratamento das doenças que acometem o coração bem como os outros
componentes do sistema circulatório. O médico especialista nessa área é o
cardiologista. O exame mais comum, feito por rotina durante uma consulta de
cardiologia é o Eletrocardiograma. Com o advento das inovações tecnológicas
ainda é o Eletrocardiograma o exame mais comum?
Sim,
continua sendo um exame importante.
A eletrocardiologia é a área da medicina que engloba todos os
métodos que utilizam a eletrocardiografia como base inicial da informação
diagnóstica. Depois de analisada, a eletrocardiografia pode dar origem a novas
formas de se compreender a atividade elétrica do coração. Quais são as
principais indicações da eletrocardiografia ?
Sempre
que se suspeita uma doença cardíaca, há a indicação de se fazer um eletro. Num
eletrocardiograma, pode ser diagnosticado, arritmias ,infarto do miocárdio ,
tamanho do coração, distúrbios de condução etc.
O que você mudaria - se pudesse - na profissão que exerce?
Não mudaria nada, estou satisfeito com a profissão que escolhi.
E
a parte esportiva?
Tenho
participado ativamente: Em 1962, participei dos Jogos Abertos de Santa Catarina
em Blumenau, competindo em saltos ornamentais, na época meu técnico foi Jarbas
Cunha, do Bandeirante - tendo representado Brusque no JASC - ficando em 4º
lugar. Em 1963 participei do JASC, realizado em Joinville, desta vez jogando
basquete. Em 1969 participei do JASC em Blumenau competindo em tênis de mesa,
obtendo o 6° lugar. Também atuei no Futebol e no voleibol dos Veteranos do
Bandeirante durante 20 anos e 10 anos respectivamente. Outrossim, participei de
Corridas, tendo iniciado os treinos para corridas em 1990,
participei de várias maratonas, e corri mais de 50 provas, recebi várias
medalhas: de ouro, prata e bronze. Minha última participação em maratona foi em
2011 na meia maratona de Brusque. Participei de várias corridas de São
Silvestre, e em Balneário Camboriú, quando fiquei em 3° lugar no ano de
2010.
Em Florianópolis participei da meia maratona da Caixa Econômica Federal, em
2012, obtendo o 1º lugar na minha categoria. Atualmente continuo treinando 4 a
5 vezes por semana, na Beira Rio, em média de 8 a 10 km e pretendo continuar
treinando enquanto puder.
Alguém
na família também teve atuação nos esportes?
Tenho
três irmãs: Norma, Lisete e Renate, e que estas duas últimas também foram
atletas por vários anos. Lisete vogou vôlei em vários Jogos Abertos e
participou de campeonatos brasileiros, e Renate jogou tênis também em vários
jogos abertos, e participou de jogos brasileiros e até competiu em Torneio
Internacional, e ainda hoje joga tênis em Florianópolis, lembrando que meus
pais Isidoro e Cassilda jogaram bolão por vários anos, e que receberam várias
medalhas
Quais
os melhores livros que lá leu?
Gosto
muito dos livros da Agatha Christie, O senhor dos Anéis, The Hobbit, entre
alguns.
O
que faria se estivesse no início da carreira e que não teve coragem de fazer?
Morar
fora do país.
O que você aplica dos grandes educadores, das experiências que
teve, no dia a dia?
Quanto mais você aprende,você toma consciência que o saber não
ocupa lugar, por isto a vida é um eterno aprender.
O
que o incomoda?
A
desonestidade das pessoas, a corrupção.
Quais são as suas aspirações?
Viver com saúde ao lado da minha família, e exercer a minha
profissão enquanto eu puder., e viajar bastante, que é o que gosto de fazer.
Qual
o maior desafio que enfrentou até agora?
Educar
meus três filhos.
Grandes alegrias?
Alegrias foram muitas, o nascimento de meus filhos foi muito
marcante em minha vida.
Finalizado, alguma mensagem?
Acredito que respeitar o próximo, e ser uma pessoa honesta, é o
que leva as pessoas a construírem um mundo melhor.
Em 1975
Dr Adilson, Dr.Márcio Clóvis Schaefer, Dr. Antônio Carlos
Sandrini e Dr.Edson Manoel da Silva
Referências: Publicado no jornal EM FOCO aos 28 de fevereiro de
2014
ANTÔNIO BASTOS DIAS
Filho de José Waldemar Vieira Dias e
Maria de Lourdes Bastos Dias (ambos in memorian), natural de Curitiba, nascido
aos 12.05.46; cônjuge: Silvana, filhos: Leandro M. O. Dias e Larisse M. O. Dias
Dr Antônio Bastos Dias
Como foi sua infância e juventude?
Como toda criança, matando
passarinho, fazendo arapucas, caminhos de rolemãs, brincadeira de cowboy. Na
juventude, rebelde, amava os Beatles e os Rolinstons, calças jeans e cabelos
compridos.
Como eram seus pais – qual a
influência na disciplina e na formação?
Pai militar do exército, mãe do lar;
respeito à constituição, às leis, a ética e moral vigente
Formação escolar?
Antônio e família.
Colégio Nossa Senhora Medianeira em
Curitiba; Colégio Estadual São Bento, São Bento do Sul; Colégio Santo Antônio,
Blumenau e UFSC, Florianópolis. Como conheceu a Silvana?
São demais os perigos desta vida,
para quem tem paixão, principalmente quando uma lua chega de repente e ao luar
que atua desvairado vem se unir uma música qualquer, aí então é preciso ter
cuidado porque deve andar por perto uma mulher, uma mulher que é como a própria
lua, tão linda que só espalha sofrimento... tão cheia de pudor que...
O casamento ainda é válido?
Que seja imortal enquanto dure.
Primeira Professora?
Aglair
Que professor/a lembra com
carinho ?
Gabriel Israel Filho – era homem, pai
de família, professor competente, dedicado, inteligente, humano e amigo.
Como surgiu a medicina em sua
trajetória profissional?
A família é praticamente dedicada as
atividades ligadas à medicina
A qualidade de ensino cumpre as
necessidades dos profissionais de Medicina?
Atualmente o ensino médico está muito
fragmentado, especializado e sub especializado tecnicistamente distribuído por
órgãos e o ser humano é a integração de alma, cérebro e corpo. Deve ser visto
por inteiro. Há necessidade urgente do retorno de disciplina ao curriculum
como: Filosofia, ética, deontologia, dicetomia, sociologia, planejamento
estratégico em ações da saúde e discussão sobre o modelo de saúde que queremos
e a que a sociedade necessita – tratar doença não é necessariamente fazer saúde.
Se não fosse médico?
Arqueólogo
Grandes nomes?
Médicos: Genival Veloso de França,
Antônio Damerau, Danilo Freire Duarte, Marcos da Ros e Dr Nica; Empresários:
Bill Gates e Ermínio de Moraes; Religiosos: Iatolá Komeini, Madre Tereza de
Calcutáe Manhatama Gandhi; comerciantes: Fenícios; Cultura: Vinícius de Moraes;
Educação: Cristóvão Buarque; Políticos: Ciro Marcial Roza, Roberto Jeferson e
Pedro Simon.
Tem participado de algum clube de
serviço?
Não
O que falta par ao Município
deslanchar?
Modificação na legislação tributária
nacional para que cobre sobre a renda e não sobre o trabalho
Nunca pensou em sair como candidato?
Nunca
O Brasil tem acerto?
Está certo dentro dos padrões
brasileiros
Qual a melhor obra que já leu?
O Pequeno Príncipe e Antologia
Poética
A globalização e a Medicina?
Antes da globalização nos
preocupávamos com nossos problemas; hoje os problemas são de todos que habitam
o planeta.
A internet e a Medicina?
Muita informação, mas pouco confiável
Tem lido a Coluna Dez? Vale a pena?
Sim.
Lazer?
Tiro e viagens
Referências:
Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada em 08
de março de 2008.
ANTÔNIO CARLOS SANDRINI
O entrevistado da
semana é o especialista em Radiologia e Ultrassonografia, Dr ANTÔNIO CARLOS
SANDRINI, filho de Raulino e Palmira Zomer Sandrini, natural de Orleans,
nascido aos 12.04.47; casado com Iza Burigo Sandrini; quatro filhos: Izabela,
Giorgia, Marcos e Lucas; torce para o Avaí.
Dr Antônio Carlos
Sandrini
Quais foram as suas
aventuras de infância?Quais são as lembranças que você tem da sua infância?
A vida era mais
tranquila e saudável, as brincadeiras eram ao ar livre, próximas da natureza,
jogávamos bola, nadávamos no rio e brincávamos de filmes de cowboy.
Sonho de criança?
Sempre quis ser
conhecer novos lugares, cidades e pessoas.
Você tem amigos da
infância ainda?
Sim, muitos, mas
estamos distantes, a maioria deles continua próximos a minha cidade natal,
Orleans, sul de SC.
O que sente falta da
infância?
Da liberdade de
brincar na rua com amigos.
Quando você era
criança queria ser adulto?
Sim, como toda
criança, queremos crescer, fases da vida.
Como foi sua
juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Minha juventude, se
passou, em grande parte, na capital, que era ainda uma cidade pequena.
Morávamos próximos a atual rodoviária, que na época era uma praia com trapiche,
onde tomávamos banho de mar.
Quais eventos mundiais
tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e juventude?
Para mim, a vitoria
do Brasil nas copas de 58 e 62 foram marcantes. Acho que daí em diante me
tornei um amante do futebol. Meu Avaí que o diga!!!
Pessoas que
influenciaram?
Meu avo paterno, pelo
seu carinho e amor dedicado a mim e meu pai, pelo seu caráter exemplar.
Como era a escola
quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que
atividades escolares e esportes você participava?
Eu estudei em colégio
interno, lembro-me da forma educada e respeitosa como tratávamos nossos
professores. Desde pequeno motivei-me pela pelas ciências biológicas. Gostava
muito de ler, mas não era o melhor aluno em português.
Formação escolar?
Ensino primário em
São Ludgero, o ginasial eu cursei no Colégio Catarinense de Florianópolis e
cursei medicina na Universidade Federal de SC, fiz minha residência no IERM-RJ.
Primeira professora?
Minha tia Araci
Grandes professores?
Professora Alfredo
D'aura Jorge, meu paraninfo de formatura, além de grande medico, era uma pessoa
excepcional.
Como surgiu a
medicina em sua trajetória profissional?
Naturalmente, gostava
de biologia, admirava a profissão e e fiz minha escolha profissional de maneira
simples e tranquila, nada muito planejado ou sonhado.
Após decidir-se pela
medicina, quais foram os passos que traçou e seguiu?
A primeira parte foi
estudar, depois disto, me especializei e me dediquei aos meus pacientes.
O que vem a ser
ultrassonografia? também denominada ecografia?
'E um método de
medicina diagnostica por imagem, que usa o som (ultra) para estudar tecidos e
órgãos.
A ultrassonografia
pode revelar a estrutura interna dos órgãos reprodutivos e também do concepto,
com precisão de mensuração e outras características além de outros exames?
A grande vantagem da
ultrassonografia sobre os outros métodos de imagem e que não causa nenhum dano
ao paciente ou ao feto, uma vez que não usa radiação.
Em que se baseia a
ultrassonografia?
Usa som acima da percepção
humana para produzir imagens.
Quais as aplicações
da ultrassonografia?
Atualmente, com os
novos aparelhos e usada em praticamente todo o corpo humano, excetuando em
órgão que detenham ar em seu interior como pulmões e estomago ou ossos.
Qual foi o maior
desafio até agora?
·
O meu maior desafio foi o mais prazeroso e gratificante, criar e educar meus 4
filhos. Trabalhar em Brusque durante 40 anos e ser reconhecido pela sua
sociedade, para mim, sempre foi muito importante.
Quais medos você tem
ou teve? maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer. ?
Tenho receios que
todos tem, envelhecer sem saúde, certamente me aflige.
Algo que você apostou
e não deu certo?
Apostei no Avaí ser
campeão brasileiro da seria A, ficamos em sexto lugar...já esta bom!
O que faria se
estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Faria o que fiz
novamente.
Fale um pouco de sua
trajetória profissional e da sua história de vida?
Sempre tive uma vida
profissional pautada pelas boas relações com amigos, colegas e pacientes.
Quando vim para Brusque logo conheci pessoas especiais que ate hoje são grandes
amigos. Nossos filhos e netos continuam esta historia de amizade, sinceridade e
amor.
Referências: Jornal Em Foco. Edição de 20 de novembro de 2012.
ANTÔNIO
CUSTÓDIO DE OLIVEIRA FILHO
Filho de Maria de
Jesus Carvalho Oliveira e Antônio Custódio de Oliveira, natural de
Itapetininga, São Paulo, nascido aos 03.06.56; Três filhos: Diego, Adriano e
Lucas. Especialista em Ortopedia e Traumatologia, também sub- especialista em
Medicina e Cirurgia do tornozelo e pé e pós graduado em perícia médica.
Diego, Lucas, Dr. Custódio e Adriano.
Primeiramente fale de
sua formação
Nasci em
Itapetininga, onde fiz minha formação do primeiro e segundo grau e sendo filho
de comerciantes trabalhei em uma mercearia até os 17 anos. Fui para São Paulo
onde fiz um ano de cursinho e entrei na Escola Paulista de Medicina. Terminei a
Faculdade em 1980 e comecei a fazer residência no Hospital do Servidor Público
Estadual de São Paulo até 1984. Tive um convite para trabalhar na cidade de
Bandeirantes, norte do Paraná, onde fiquei até final de novembro de 1985. Onde
também fui convidado para participar do Rotary Club.
Como veio para
Brusque? Foi bem acolhido?
Fui convidado por um
vendedor de materiais ortopédicos para vir para Brusque, pois estavam
precisando de mais um ortopedista. Comecei a trabalhar aqui em 01 de dezembro
de 1985, onde fui bem acolhido pelos meus colegas de trabalho, por todo o corpo
clínico e a direção do Hospital de Azambuja. Também fui muito bem acolhido pelo
Rotary Club de Brusque, onde participo até hoje. Já ocupei todos os cargos do
Clube, sou o responsável pelo intercâmbio de jovens e pelo intercâmbio de grupo
de estudos (IGE). No próximo ano serei o responsável distrital do IGE
Quantos anos faz que
exerce suas funções de médico em nossa cidade?
Vim para o Berço da
Fiação Catarinense há 23 anos.
Como poder-se-ia
diferenciar a ortopedia da traumatologia
A palavra ortopedia
quer dizer: orthos = ereto e paidos = criança, onde se conclui que inicialmente
a ortopedia cuidava das deformidades da infância e atualmente agem em todas as
correções que acontecem no esqueleto. Já a traumatologia, como o próprio nome
diz, cuida dos ferimentos que ocorrem no esqueleto provenientes de traumas.
Quando nos deparamos
com a rotina dos pronto-socorros de uma cidade com o perfil de Brusque, sabemos
que a cada segurado novas intercorrências podem nos fazer pensar que há sempre
algo inédito a ser estudado e aprendido ?
Concordo plenamente,
principalmente com relação a trauma. Em nossa cidade aumentou terrivelmente o
número de acidentes de trânsito, tanto em número, como em gravidade. Cada dia
temos algo diferente que exige muito estudo e planejamento para ser resolvido.
O que poderia ser
dito a respeito de fratura de estresse?
A fratura de estresse
ocorre quando há uma sobrecarga intensa no esqueleto. Isto ocorre tanto em
atletas como em trabalhadores. As mais comuns são as dos ossos do metatarso que
ocorre em pessoas que fazem longas caminhadas, sem ter preparo físico ou
atletas em atividades intensas.
O exame físico, o
diagnóstico radiográfico e o Raio-X se complementam no diagnóstico de uma
fratura?
O diagnóstico de uma
fratura começa com a história clínica – descrição do trauma, intensidade,
violência, altura etc, depois vem o exame clínico e o radiográfico. Dependendo
do complexidade pode ser necessário uma tomografia computadorizada ou uma
ressonância nuclear magnética para orientar o tratamento que pode ser clínico
ou cirúrgico.
Quais as causas ou
fatores de risco de quedas envolvendo pessoas idosas?
As quedas das pessoas
idosas ocorrem principalmente em casa devido a pisos escorregadios, tapetes sem
antiderrapante, escadas sem corrimão, banheiros sem apoios para sentar e
levantar do vaso sanitário, banquetas e apoios no Box e má iluminação. Tem
pesquisas que mostram que a maioria das fraturas do colo de fêmur ocorrem
principalmente à noite quando levantam e vão ao banheiro para urinar. Como
principal fator de risco temos a osteoporose que é uma perda da massa óssea do
esqueleto. Ocorre mais na mulher após a menopausa, mas também ocorre nos
homens, porém numa idade mais avançada. A Sociedade Brasileira de Ortopedia e
Traumatologia tem um site: <http://www.casasegura.arqu.br/>, que orienta a construção de uma
casa com mais segurança para todas as idades e principalmente para o idoso e os
deficientes físicos.
Pela sua experiência,
quais as causas mais freqüente s de problemas ortopédicos e traumatológico que
aparecem no dia a dia no consultório?
Aqui em Brusque a
causa mais freqüente são os acidentes de trânsito, principalmente com motos,
seguidos que acidentes do trabalho e domésticos.
Quais as técnicas
cirúrgicas mais recentes nas suas áreas de atuação?
Tanto a Ortopedia
como a Traumatologia evoluiu muito nos últimos anos e como em outras áreas da
cirurgia a tendência são as cirurgias minimamente invasivas. Explicando melhor,
com novos equipamentos de imagem e novos equipamentos implantes podemos
realizar grandes procedimentos cirúrgicos com pequenas incisões e em menor
tempo. Diminuindo assim a morbidade, o tempo de hospitalização e a recuperação do
doente. Há 2 anos o Hospital
Azambuja adquiriu um
arco cirúrgico que é um aparelho de RX em forma de “C” que transmite a imagem a
um monitor durante a cirurgia. Com esse equipamento temos feito cirurgia
percutâneas, que antes feitas abertas e necessitavam o dobro do tempo para
serem realizadas. Nosso hospital está muito bem equipado e preparado para
realizar todos os tipos de cirurgias ortopédicas e traumatológicas.
Como está Brusque
equipada para enfrentar os problemas ortopédicos e traumatológicos em relação
aos grandes centros?
Não perdemos nada
para os grandes centros. Inclusive temos trazidos professores de grandes
centros para realizarem cirurgias de alta complexidade aqui em nosso hospital,
o que é uma grande honra para nós e uma grande comodidade para o paciente que
não precisa de deslocar e ficar longe do convívio de seus familiares.
Com a expansão do
conhecimento, a produção científica da área médica tem se ampliado intensamente
nas últimas décadas, tornando essencial a atualização permanente do
conhecimento. No entanto, se o número de informações cresce vertiginosamente, a
aquisição destas também tem sido intensamente facilitada pelos meios atuais de
comunicação via internet?
A internet tem
facilitado muito o acesso a informações, porém o acesso a informação
especializada é restrita e ainda tem um custo elevado, tanto no Brasil, como no
exterior. Para acesso a informações especializadas eu sou sócio da Sociedade
Brasileira de Ortopedia e Traumatologia , da Sociedade Brasileira de Medicina e
Cirurgia do pé e Tornozelo, da Associação Brasileira de Traumatologia
Ortopédica, da Sociedade Latino Americana de Ortopedia e Traumatologia e da
Academia Americana de Cirurgiões Ortopédicos. Todas têm uma biblioteca e
conferências on line.
A globalização e a
Medicina?
Com a globalização
houve um grande avanço na Medicina, tornando possível a realização de
procedimentos cirúrgicos, com o uso de robôs, através da internet, de um país
para o outro. Também tem seu lado negativo, pois diminuiu a relação médico-paciente.
Hoje tanto o médico como o paciente estão mais dependentes de exames e de
aparelhos do que uma boa história clínica e um bom exame físico.
O Brasil tem jeito?
Sim. Para mim não
existe país melhor que o Brasil. Vivemos em um paraíso e não temos consciência
disso. Temos verde durante o ano todo, água em abundância, apesar da enchente
temos pouca calamidade como terremotos , ciclones e maremotos que destrói cidades
inteiras. Acredito que uma melhora da educação e da qualidade da saúde temos um
povo que é capaz de construir uma grande nação. É só acreditar que podemos.
O que é uma sexta
feira perfeita?
Não acredito em sexta
perfeita, acredito em todos os dia sem que acordo com saúde e disposição para
trabalha . Também não dispenso um bom lazer e uma atividade física.
Costuma ler jornais?
Sim. Ao meio dia leio
os jornais locais. Pela manhã ouço o rádio e algumas vezes à noite o noticiário
pela televisão. As notícias nacionais e internacionais normalmente leio na
Internet, nos intervalos do trabalho.
Referências: Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada em 20 de fevereiro
de 2009.
ARNONI
ULISSES CALDART
Natural de
Joaçaba/SC, nascido aos 01.02.52; casado com Marlice; dois filhos: Adriano e
Aloísio.
Dr Arnoni Ulisses Caldart
Como veio para
Brusque?
Tendo nascido em
Joaçaba, vim para Brusque, por intermédio do conhecidos.
Uma lembrança da
juventude?
A Universidade.
Estudos?
Meus estudos foram
realizados no Rio Grande do Sul, mais precisamente em Porto Alegre.
Como conheceu
Marlice?
Tudo começou quando
ela era enfermeira no Hospital em Porto Alegre.
Qual sua
especialização?
Otorrinolaringologia
que realiza atendimento clínico e cirúrgico de problemas relacionados ao nariz,
ouvido e garganta.
Qual a importância da
audição?
A audição é um dos
sentidos mais importantes e tem função primordial na comunicação e preservação
da espécie, já que está ligada a função de alerta. A função vem sendo estudada
há muitos anos e sua compreensão ainda não é completa.
Qual o mecanismo da
audição?
O mecanismo da
audição é bastante complexo, mas podemos resumi-la assim: o som entra pelo
conduto auditivo externo, entra em contato com a membrana timpânica e é
transmitida para a cadeia Ossicular – martelo, bigorna e estribo. Então o
estímulo sonoro é transmitido para o interior da cóclea. A cóclea tem a função
de transformar este estímulo em eletricidade – o que é feito pelas células
ciliadas do ouvido. Este impulso elétrico é então transmitido para o nervo
auditivo e deste ponto para o cérebro.
Sendo o corpo humano
uno, a especialização dos ramos da medicina não é uma contradição?
Não.
Quais as diferenças
básicas entre os remédios de marca e os genéricos?
A maior diferença é
que os genéricos são mais baratos.
A globalização e a
medicina?
A globalização
contribuiu muito para a medicina.
A internet e a
medicina?
A internet também
ajudou muito a medicina
Grande nome na
medicina?
Em Brusque citaria o
Saudoso Dr Carlos Moritz
Se não fosse médico?
Talvez fosse
advogado.
O ensino de Medicina,
atualmente segue o esperado?
Não segue o esperado.
O que é uma sexta feira
perfeita?
Aquela que termina
bem a semana.
Lazer preferido?
Tênis.
A administração
municipal está no caminho certo?
Não posso opinar, não
acompanho.
O Brasil tem acerto?
Tem sim.
Costuma ler jornais?
Sim, diariamente.
Referências: Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada em 18 de abril de
2008.
CELSO
CARLOS EMYDIO DA SILVA
Dr
Celso, Pediatra, dotado de uma simplicidade e lealdade à toda prova. Atende
seus pacientes com zelo, carinho e dedicação. Como Secretário Municipal de
Saúde age com correção, desenvolvendo suas atividades dentro da legalidade. Tem
postura, informa os munícipes sobre o dia-a-dia da Secretaria de Saúde, cultiva
a convivência harmoniosa .com seus pares. Reconhece, como poucos, as pessoas
pelos corredores da Prefeitura, uma das características dos homens que vencem.
O legislativo estará — sem sombra de dúvidas - bem servido. Filiação:
Pedro Corrêa da Silva e Tereza Emydio da Silva; natural de Itajaí e nascido aos
28.01.51. Dois irmãos: Minam e Renato. Cônjuge: Olga Maria Schneider da Silva,
casados em 04.12.76; Dois filhos: Pedro Corrêa da Silva Neto e Ana Carolina
Schneider da Silva (casada com Ricardo Lubke). Torcedor do C A Carlos Renaux,
Palmeiras e Botafogo.
Dr Celso Carlos Emydio
da Silva.
Como
foi sua formação? Estudei o 1º grau
na Escola Victor Meireles, cursei o 2º grau no Pedro 11 e no Salesiano e o
superior na UFSC. Fiz duas Pós-graduação: em Pediatria e em Gestão Pública.
Antes
de atuar na Medicina?
Antes
de atuar na Medicina fui: Músico no conjunto jovem guarda The Silver Stones,
em Itajaí, Motorista, cobrador e entregador de materiais para Loja e com a
colação de grau em Medicina, em 76 iniciei na profissão de médico Pediatra,
culminando com minha vinda para o Berço da Fiação Catarinense nos idos de 79.
Como
foi sua carreira em Brusque?
Inicialmente
como atendente em Pronto-Socorro e Pediatra no Hospital Azambuja. Em 83, assumi
como concursado do INSS (na época INAMPS), atendendo no PAM (Pronto Atendimento
Médico) e no mesmo ano abri o Consultório Médico.
O
que gosta de fazer?
Atender
meus pacientes com zelo, carinho e dedicação e a convivência harmônica com meus
familiares e amigos.
Fatos
marcantes?
O
nascimento dos filhos; ter encontrado a grande companheira Olga, a formação e o
acompanhamento dos filhos (Pedro é Médico Veterinário e a Ana Caro-lina é
enfermeira); a colação de grau em Medicina, bem como, a pós-graduação em
Pediatria e Gestão Pública; as Bodas de prata realizada em 2001; ter ocupado o
cargo de Secretário Municipal de Saúde no Governo Ciro/Dagomar; o convite formulado
para sair candidato à vereador em Brusque e as amizades construídas durante os
anos.
Participação
em Clube de Serviços?
Participei
num determinado período do Lyons Club Centro.
Participação
política?
Sempre
estive ligado ao PFL, ressalte-se, desde sua fundação em Brusque. Integrei o
Diretório do Partido. Apoiei os candidatos Ciro e Dagomar , hoje Prefeito e
Vice respectivamente e agora recebi convite para sair candidato à vereador,
para o qual sendo eleito, pretendo trabalhar pela saúde do brusquense.
O
que faz, Dr Celso, hoje?
Atuo
exercendo a minha profissão como médico e tenho como hobby a música, leituras,
participo de cursos de aperfeiçoamento e gosto de montar cavalo.
Referências:
Jornal
A Voz de Brusque. Edição nº de 04 de junho de 2004.
EMÍLIO LUÍS NIEBUHR
O entrevistado da
semana é o Dr Emílio Luís Niebuhr, filho dos saudosos Otto e
Eugênia Albani Niebuh, nascido em Brusque aos 11/11/1938; são em 3 (três)
irmãos: Otto Joel, Maria Eugênia e Emílio Luís; casado com Elisa Regina
Schlosser Niebuhr, aos 06/05/1967; têm 2 (dois) filhos; Eugênia Regina e Arthur
Otto; 05 (cinco) netos: Pedro Emilio, Victôria, Ian, Gabriela e Camila ;
torce para Sport Club Brusquense, (ex CACR), Corinthias e Vasco da Gama.
Nosso
entrevistado Dr Emílio Luís Niebuhr
Divulgação.
Como foi sua infância
e juventude?
Passei em Brusque,
onde tivemos o privilégio de morar bem o centro – a Avenida Cônsul Carlos
Renaux era denominada de João Pessoa – entre os dois cinemas: Coliseu e Real;
joguei futebol com o time do Padre João Stuep; frequentei o Curso primário no
Grupo Escolar Santo Antônio (conhecido como Colégio das Freiras), depois fiz o
chamado ginasial no Colégio Cônsul Carlos Renaux, aí tive que ir para Blumenau
para completar o chamado Científico, cursando também o Técnico em
Contabilidade, no Colégio Santo Antônio, registre-se em regime de internado,
face a não haver como ir e vir diariamente de Blumenau. Na juventude, ia ao
cinema que era a diversão da época e gostava de acompanhar meu saudoso pai nas
pescarias.
Como era seus pais?
Qual a influência deles na disciplina e na formação?
De acordo com os
hábitos da época, a disciplina era mais rígida que atualmente, mas os tinha
como companheiros e amigos. Eram austeros, ma não severos. Meus pais
dedicavam-se totalmente á formação dos filhos.
Como conheceu Elisa?
Conheci a Elisa
quando retornei dos estudos de Medicina para trabalhar em Brusque, naquela
época conheci Elisa, vez que as famílias eram todas conhecidas.
Dr Emílio no dia a dia.
Como aconteceu a
opção pela medicina?
Foi por influência
materna ter optado por uma faculdade de Medicina, tendo escolhido o Rio de
Janeiro para cursá-la. Tive a felicidade de passar no primeiro vestibular a que
me submeti e no de 1957, iniciei o curso de Medicina, tendo colado grau em
Medicina na data de 15/12/1962, em seguida, mais dois anos de Pós-Graduação, no
Hospital dos Servidores do Estado, com especialização em Cirurgia Geral.
Como foi o início de
sua trajetória profissional em Brusque?
Na volta á Brusque,
retorno este antecipado pelo falecimento de meu pai, em 1965, fomos o 10º
médico a instalar-se no Berço da Fiação Catarinense, a saber os Drs.: Humberto
Mattiolli, Carlos Moritz, João Antônio Schaefer, popular Dr. Nica, Aluizo
Haendchem, José Tridapalli, Germano Hoffmann, Francisco Dal’Igna, Márcio Clóvis
Schaefer, Francisco Beduschi e eu.
Qual a influência da
globalização na medicina?
Naquele tempo os
recursos médicos eram bem menores de que na atualidade. A gente exercia um
trabalho interessante, atuávamos, bem mais próximos da comunidade. O que em
muito supria á necessidades de exames mais aprofundados, que até então não
existia: daí para nossos dias a medicina teve uma grande revolução tecnológica
e hoje, aparelhos sofisticados são usados na medicina globalizada com muita
eficiência, trazendo reais vantagens no diagnóstico e tratamento das doenças.
A internet e o dia a
dia na medicina?
Com a medicina
globalizada a Internet também passou a ser instrumento de trabalho dos médicos
que têm acesso facilitado ás modernas técnicas utilizadas em todo o mundo,
outros sim, hoje em dia, todos os consultórios são informatizados e os
pacientes cadastrados eletronicamente.
Como poder-se-ia
definir o “genérico” para esclarecer o povão?
Um das evoluções da
Medicina foi a implantação do uso de medicamentos “genéricos”. O laboratório
que lança um medicamento novo na praça e tem 10 (dez) anos para explorá-lo,
passados este prazo, é obrigado a lançar o produto dito “genérico”, ou seja,
com o nome do produto químico utilizado no remédio e o preço mais acessível.
O “genérico” é
confundido com os “similares”?
Infelizmente
confundem-se medicamentos “genéricos” com os “similares” que geralmente são
adquiridos pelas farmácias com bonificações. Isto faz com que sejam mais
baratos, todavia, muitas vezes de procedência duvidosa e fazendo concorrência
com os remédios chamados de “marca” e ou “genéricos”, pelo baixo custo. Desta
forma, muitas pessoas são enganadas, acreditando que estão comprando um
medicamento “genérico” quando na realidade está adquirindo um produto sem a
qualificação técnica do medicamento receitado.
Se não fosse médico?
Provavelmente seria
comerciante, haja vista que meu pai tinha um Engenho Descascador de Arroz.
Fale sobre a
participação no Rotary Club de Brusque?
Somos filiados ao
Rotory Club de Brusque desde 1968, ocupante, de certa forma, lugar deixado pelo
meu saudoso pai, que, inclusive, foi um dos fundadores do Rotory Club de
Brusque. Inicialmente as reuniões aconteciam na sede do CACR, de cuja janela,
assistamos o treino da famosa equipe do CACR (hoje, Sport Club Brusquense).
Qual o melhor livro
que já leu?
O melhor livro é o
que estou lendo: “Anjos e Demônios”
Costuma ler jornais?
Sim , diariamente
leio um jornal local e um regional e semanalmente, leio a VEJA.
O Brasil tem acerto?
Tem acerto sim...
apesar das dificuldades o Brasil, está dando e vai dar certo, tanto que se
houvesse mais seriedade estaríamos bem mais avançados. Tenho viajado á Europa e
constatei que o padrão de vida no Brasil está igual ou melhor do que lá.
Referências: Jornal Em Foco. Edição de 30 de outubro de 2012.
FERNANDO LUÍS MACHADO
Filho de José e Maria
da Graça Machado, natural de Lages, nascido aos 13 de setembro de 1973; casado
com Regina Cássia Ribeiro; torce para Flamengo. Especialidade: Cirurgia Geral
do aparelho digestivo.
Dr Fernando Luis Machado
Primeiramente fale de
sua trajetória, onde nasceu, os familiares, a educação recebida de seus pais,
como foi sua infância e juventude Nascido em Lages, cidade que muito me orgulha
e onde ainda hoje mora meu pai e os pais de minha esposa. Brincávamos mais ao
ar livre, nos movimentávamos mais e tínhamos muito mais contato com a natureza.
Tínhamos menos brinquedos e quase nada automatizado. Quanto a educação recebida
dos pais, sempre reforçaram os valores éticos, priorizando a amizade, a
igualdade, a humanidade e a responsabilidade.
Formação escolar?
A formação primária
foi no Colégio Diocesano de Lages – particular da Congregação Franciscana; a
formação ginasial e secundarista no Colégio Industrial de Lages – exemplo de
como a escola pública estadual pode ter muita qualidade; formação superior na
Universidade Federal de Santa Catarina – referência da potência do ensino
federal gratuito e de qualidade; especialização em Cirurgia Geral e Cirurgia do
aparelho digestivo no Hospital Governador Celso Ramos de Florianópolis,
atualmente, além da atividade profissional, sou aluno do Curso de pós-graduação
em Auditoria-médica em Joinville e do curso de pós-graduação em Terapia
Intensiva em Itajaí.
Como veio para
Brusque?
Ao final de minha
especialização foi feito contato por parte do Hospital Azambuja com o Hospital Governador
Celso Ramos pela necessidade de cirurgião, então resolvi visitar o Hospital e
depois decidi atuar nesta cidade.
Como surgiu a
Medicina em sua vida? Antecedentes no ramo?
Acredito que a opção
por uma profissão vem do amadurecimento do jovem que começa perceber sua
importância no quadro social do país, define suas prioridades e planeja qual
será sua posição para ser útil na construção de uma sociedade justa,
igualitária, consciente e com pleno potencial para o desenvolvimento. Fiz minha
escolha baseado nisso e na grande admiração por esta que considero não só uma
profissão, mas também, uma arte. Em minha família, o primeiro médico foi meu
primo, que hoje atua como pediatra. Eu sou o segundo e depois formou-se também
meu irmão.
Fale de sua especialização
Na história da
humanidade, a cirurgia como atividade, tem início antes mesmo da Medicina
tradicional como a conhecemos. Hoje, mesmo com todo o avanço tecnológico e
automatização, a atuação do cirurgião continua necessária e presente em nosso
dia a dia.
Se o corpo humano é
uno, o caminho não seria a Clínica Geral e não o médico especializado?
Acho importantíssimo
que o médico generalista – clínico geral – tenha um conhecimento abrangente e
qualificado o suficiente para resolver uma grande quantidade de casos, porém, a
grande quantidade de informação existente hoje, exige a atuação de
especialistas para que o atendimento seja mais eficiente e efetivo.
Com a especialização
não ficou afastado o tradicional médico familiar?
Durante alguns anos
isso foi realidade. Atualmente há uma tendência a valorização do médico de
família devido à necessidade do atendimento básico de qualidade.
A globalização e a
Medicina?
É importante tendo em
vista a possibilidade de troca de informações e utilização dos recursos mais
adequados em qualquer parte do globo.
A internet e a
Medicina?
A internet é um
recurso essencial não só na área médica, mas em toda atividade em que o
conhecimento seja renovável com muita rapidez, pois, permite que profissional
mantenha-se atualizado em sua função sem necessidade de deslocamento
Fumar faz mal à
saúde?
Fumar faz mal à saúde
em vários aspectos, causando lesões em vários sistemas orgânicos, como o
sistema respiratório, sistema digestivo, sistema imune, além do sistema nervoso
central.
A depressão é o mal
do século?
Acredito que sim,
pois a instabilidade psicológica influencia negativamente e possibilita o
aparecimento de outras doenças em diversos órgãos.
O Brasil tem jeito?
Certamente o Brasil
tem potencial para figurar entre as maiores nações mundiais, porém, existem
diversos problemas em vários setores. Penso que o ponto principal a ser
corrigido é a corrupção, pois ela atrasa e limita o desenvolvimento de todos os
setores. Acredito que é necessária uma mudança de atitude nas pessoas,
valorizando os princípios éticos, ressaltando as boas ações das pessoas,
plantando no pensamento coletivo a idéia de bons valores e de um
desenvolvimento coletivo, menos individualista.
Referências: Jornal A Voz de Brusque. Edição de 14 de novembro de 2008..
FREDERICO
GUIMARÃES MARCHISOTTI
Dr FREDERICO
GUIMARÃES MARCHISOTTI: O entrevistado da semana é o Dr. Frederico Guimarães
Marchisotti, natural de Belo Horizonte/MG, nascido aos 02.03.1973; filho de
Edoardo Marchisotti e Wilma Guimarães Marchisotti, solteiro. Médico
Endocrinologista. Torce para Cruzeiro Esporte Clube.
Dr Frederico
Guimarães Marchisotti.
Quais
são as lembranças que você tem da sua infância?
No
colégio: Lembro das aulas de judô, dos campeonatos de futebol que participava.
De cantar o hino nacional frequentemente por imposição do colégio (pelo menos 1
vez por semana). Lembro do aprendizado de leitura através do uso de sílabas.
Lembro dos ditados. Lembro das aulas em laboratório que me despertavam muito
interesse (talvez já um indício de minha escolha profissional futura). Me
lembro de alguns professores que marcaram minha infância, por exemplo um
argentino muito rigoroso que era temido no colégio. Uma dupla de professoras
gêmeas que nos confundiam (risos). Uma professora que até hoje me manda abraços
através de uma tia que é sua vizinha. No condomínio: Era uma criança muito
ativa e fazia muitas travessuras. Acho que meus pais tiveram bastante trabalho
comigo (risos), mas também tinha meus momentos de inspiração como certa vez em
que eu , meu irmão mais novo e outros dois amigos montamos uma peça de teatro
com figurino, cenário, venda de bilhetes , refrigerante e pipoca . Eu era o
diretor e protagonista. O salão de festas ficou lotado. Foi marcante. Uma
senhora que trabalhava no ramo me convidou a frequentar aulas de teatro, mas
para mim era apenas uma diversão e já intuía que aquele não era meu caminho.
Lembro de dublar o cantor Paulo Ricardo do RPM que na época fazia sucesso no meio
dos adolescentes com a música Radio Pirata. Subimos na mesa de sinuca e
improvisamos o show ali mesmo (risos). Lembro das festas que eram realizadas no
prédio: Junina, Natal e outras . Era uma época em que os vizinhos faziam parte
ativa de nossa vida. Na vida social: Lembro das viagens anuais com a família
para a Praia do Morro na cidade de Guarapari-ES onde minha tia tinha casa. O
litoral capixaba é invadido pelos mineiros até hoje, pois são as praias mais
próximas. Adorava o mar e fazer castelos de areia. Certa vez meu pai comprou
caranguejos para o almoço. Eram enormes. No preparo são colocados na panela
vivos. A minha tia que cozinhava não fechou bem a tampa e os bichos pularam no
chão e foram atrás da gente. Foi um sufoco. (risos)
Você
tem amigos da infância ainda?
Sim
, inclusive até da época do maternal. Fui padrinho de casamento dele e de
outros do colégio. Acredito que com os amigos feitos na infância, em geral, se
estabelecem laços mais fortes em comparação as amizades concretizadas em épocas
posteriores, mas claro que isso não é uma regra sem exceções.
O
que sente falta da infância?
Andar
de bicicleta pelo bairro, comer brigadeiro nos aniversários, abrir os presentes
de natal, nadar na piscina do clube. Brincadeiras com meus colegas de condomínio
(condomínio com muitas crianças), meus primos e com a turma do colégio. A
infância é uma época em que podemos imaginar e sonhar sem compromisso, o que é
ótimo .
Quando
você era criança queria ser adulto?
De
forma alguma. Aproveitava a falta de responsabilidades desta fase da vida.
Claro que fantasiava em ser a personalidade de sucesso da época, algo natural
para esta fase da vida.
Sonho
de criança? Em que você sonhava ser quando era pequeno?
Como
a maioria dos meninos neste país, também era influenciado pela TV e queria ser
jogador de futebol, mas é interessante que eu já gostava de brincar de médico
com minhas primas e precocemente , por volta de 10 anos, disse que seria
médico.
Como
foi sua juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
Gostava
muito de esportes e os praticava com empenho. Fazia parte de uma equipe de
atletismo em BH (Clã-Delfos) e cheguei a ser terceiro colocado no Troféu Brasil
de Atletismo. Participei de alguns JEBs (jogos escolares brasileiros) e JUBs
(jogos universitários brasileiros).Também era do time de futebol da minha sala
( ganhamos quase todos os campeonatos do colégio) e cheguei a ser do time do
colégio e da faculdade por um tempo. Nas olimpíadas do colégio queria
participar de todas as modalidades. Já quando adulto jovem, conseguimos (o time
da medicina) ganhar o campeonato disputado pelas faculdades da Universidade
depois de 30 anos . Entramos para a história (risos). Gostava de encontrar com
os amigos em bares para bater papo (BH é a capital do Brasil neste quesito) ,
em sítios e viagens que planejávamos juntos. Cantar com a turma em uma roda ao
som do violão. Organizar e participar de churrasco e festas . Paquerar as
meninas era muito divertido também (risos). Nunca fui muito adepto a baladas noturnas
e nem teria muito tempo disponível para isso. Sempre preferi o dia em relação à
noite.
Quais
eventos mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e
juventude?
Me
lembro da desfragmentarão da URSS em vários países após o insucesso da
Perestroika de Gorbatchov e o fim do comunismo. Me lembro da Guerra do Golfo
(EUA x Iraque). A eleição de Nelson Mandela como primeiro presidente negro da
áfrica do Sul e o comemorado fim do Apartheid. A clonagem da ovelha Dolly que
suscitou dúvidas quanto a possível clonagem humana futura. O projeto genoma . O
crescimento da internet e do Windowns. A ascensão da banda de rock U2 do qual
sou fã. A nível nacional, me lembro do confisco da poupança seguido do
Impeachment do Presidente Collor, do plano Real que pôs fim a famigerada
inflação. Lembro da morte do Ayrton Senna. Quase não acreditei que fosse
verdade. Pensei tratar-se de brincadeira dos colegas que deram a notícia.
Também a conquista do Brasil da Copa do Mundo de futebol em 1994 e a derrota em
1998.
Pessoas
que influenciaram ?
Primeiro
meu pai, que saiu da Itália e atravessou o atlântico num navio em condições
precárias e apenas com o sonho de uma vida melhor e disposição para trabalho.
Aqui constituiu nossa família com muito esforço, honestidade e perseverança.
Tenho 3 irmãos, todos com curso superior, sem problemas financeiros e de
caráter ilibado. Ele é meu maior exemplo de coragem, trabalho e dedicação à
família. Sempre se preocupou em mostrar o caminho correto , mesmo sabendo que é
o mais longo. Lutou para nos dar boa educação e bons valores o que considero
sua
maior herança. Ele dizia: “ande direito pra não perder o direito”. Segundo
minha mãe, que me ensinou a ter paciência e humildade . Ela sacrificou grande
parte de seu tempo em prol de nossa educação, além de fazer o trabalho
doméstico. Me ensinou a perdoar e ser discreto em minhas ações. Em terceiro
lugar, meus mestres na faculdade. Não vou citar um , pois poderia fazer
injustiça com algum deles. Eles foram conselheiros e educadores no sentido mais
amplo da palavra. Desenvolveram em mim a busca pela excelência profissional, e
os conceitos de disciplina e hierarquia, que já havia adquirido no exército ao
qual servi por 1 ano e meio (serviço obrigatório) como Tenente Médico, patente
que carrego ainda hoje como reservista. Faço também uma homenagem ao filósofo
Sócrates, que apesar de não ter convivido comigo, admiro porque nos trouxe
ideias muito além de seu tempo e que até hoje nos influenciam indiretamente.
Foi condenado a morte por não abrir mão de suas convicções, que estavam em sua
quase totalidade de acordo com o que achamos eticamente correto. Não poderia
deixar de citar o maior mestre, Jesus, que veio nos transmitir os valores morais
mais sublimes. Se seguíssemos ao menos 10% dos seus ensinamentos já estaríamos
num mundo totalmente diferente e melhor.
Como
foi a educação recebida de seus pais?
Éramos
3 meninos e uma irmã mais velha (sorte dela – risos). Imagina o quanto
brigávamos, risos. Felizmente meus pais eram conscientes da necessidade de dar
bons exemplos e não apenas usar as palavras. Na época, não era incomum receber
uns tapinhas em caso de bagunça ou atitudes incorretas. Um pouco diferente de
hoje. Apesar disso, acredito no ditado que diz que violência gera violência.
Enfim, meus pais nos deram muito amor e exemplo através de atitudes e valores
cristãos.
Como
era a escola quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores
matérias? De que atividades escolares e esportes você participava?
A
escola era um lugar que frequentava com prazer. Gostava daquele ambiente. As
turmas eram divididas em 40 alunos entre meninos e meninas. Os professores eram
mais respeitados e um pouco mais valorizados do que hoje em dia. O quadro negro
era bastante usado. Tínhamos que fazer fila para as atividades . Tudo
organizado e com muita disciplina. Eu era bom especialmente em matemática e
ciências (não sei como é a denominação atual). Eu era bem humorado, me sentia o
máximo fazendo os colegas darem risadas. Meus professores elogiavam meu
desempenho e comportamento para minha mãe e isto servia como incentivo. Não
tinha uma matéria em que apresentava uma dificuldade em especial. Fora da aula
, gostava de esportes como já disse. Assim, fazia parte do time de futebol da
sala e da equipe de atletismo do colégio.
Formação
escolar desde o início dos bancos escolares?
1
grau – Colégio Orlando Freire (BH); 2 e 3 grau – Colégio Marconi (BH);
Faculdade – UFMG Mestrado - USP
Primeiro/a
professor/a?
Não
me recordo
Grandes
professores?
Professor
Mauro Roberto (Colégio Marconi); Professor Mario Lopes (UFMG); Professor Ênio
Pietra (UFMG); Professor Luis Otavio Savassi Rocha (UFMG); Professor Ivo Prado
Arnold (USP); Professora Berenice Bilharinho Mendonça (USP).
De
que trata o profissional da endocrinologia?
O
Endocrinologista trata das doenças das glândulas que secretam hormônios. A área
de atuação do Endocrinologista abrange o seguinte: Diabetes, Doenças da
Tireóide, Emagrecimento, Colesterol e Triglicérides, Osteoporose, Distúrbio do
Crescimento e da Puberdade, Andropausa, Ovários Policísticos, Doenças das
glândulas Hipófise, Paratireóide e Adrenal, entre outras.
Li
na entrevista de um endocrinologista de que aproximadamente 250 milhões de
pessoas sofrem com Diabetes no mundo, não existe um trabalho preventivo na
tenra idade para reduzir tão altos índices de diabéticos?
Sim,
os números são assustadores e existe uma previsão de aumento para cerca de 350
milhões em 2030. Podemos dizer que existe uma pandemia de diabetes que segue o
crescimento vertiginoso da obesidade. A prevenção já é conhecida há bastante
tempo e nada mais é que a mudança de estilo de vida, ou seja, comer menos
calorias, menos alimentos industrializados e praticar atividades físicas
regulares. A dificuldade está exatamente em adotar estes hábitos numa sociedade
que exige cada vez mais produtividade em menor tempo , gera ansiedade, e que
nos bombardeia com propagandas de produtos nutricionalmente ruins, mas
agradáveis ao paladar.
Quais
os sintomas da diabetes?
O
Diabetes , quando descompensado, provoca poliúria (excesso de urina),
polidipsia (muita sede), fraqueza e emagrecimento apesar de bom aporte
alimentar. Além disso, a visão pode ficar embaçada, podem surgir infecções na
vagina como a candidíase (secreção vaginal branca e coceira), entre outras. O
grande problema é que o Diabetes só começa a dar os sintomas e sinais de sua
presença, anteriormente citados, após muitos anos de seu início, em média 5
anos. Assim, já podem ter ocorrido até complicações da doença neste período que
ela está “silenciosa”. Por este motivo é que se recomenda fazer exames de
glicemia (açúcar no sangue) periódicos em todos os adultos após os 40 anos e,
até antes, se o indivíduo apresentar fatores de risco.
É
importante o acompanhamento da nutricionista para o endocrinologista? O
trabalho tem que ser em sintonia com a Nutricionista?
Sim.
A Nutricionista tem um papel muito importante de orientar o paciente sobre a
alimentação adequada, com maior detalhamento e além disso adaptar a alimentação
do paciente de acordo com suas preferências, na medida do possível.
Quais
as implicações relacionadas ao exagero na alimentação?
O
excesso alimentar em geral leva a obesidade, que por sua vez traz consigo uma
série de doenças associadas: diabetes, colesterol alto, hipertensão, dor nas
articulações, etc
O
triglicérides alto implica em que perigo à saúde?
Sim,
de forma semelhante ao colesterol, porém com menor significado clínico .O
aumento dos triglicérides está relacionado a doenças cardiovasculares como
infarto, AVC (derrame), obstruções das artérias das pernas, etc
Se
o corpo humano é uno, por que a Medicina trabalha com especialistas em vez de
Clínico geral?
A
medicina evoluiu muito nas últimas décadas e continua evoluindo rapidamente. A
quantidade de informações médicas é enorme, e a cada dia temos novas
descobertas. A tecnologia incorporada aos procedimentos médicos fica cada vez
mais complexa. Assim, um dos motivos que proporcionou a especialização dos
médicos foi a necessidade constante de se atualizar em
determinadas
áreas do conhecimento. Nos dias atuais, dominar todo o conhecimento médico é
praticamente impossível. De qualquer forma, considero fundamental que o médico
, antes de se especializar, deve passar pela respectiva área básica , pois
dessa forma ele vai ter uma visão mais global do paciente. Por exemplo: um
Endocrinologista deve primeiro se instruir (de preferência através de
residência médica) em clínica médica, um urologista deve ter feito cirurgia
geral , etc. É assim que tem sido feito na maioria dos serviços de qualidade do
país. Entre faculdade, residências e mestrado estudei 13 anos e ainda preciso
continuar me atualizando. A medicina exige este esforço e quem opta pela
profissão deve ter ciência desta realidade.
Os
genéricos têm a mesma qualidade que os remédios de marca?
Em
tese deveriam, mas como a fiscalização das agências regulatórias estatais nem
sempre é eficaz , pode ser que alguns medicamentos cheguem ao consumidor sem a
devida qualidade, como já ocorreu no passado. Acredito que em geral a qualidade
parece boa.
O
que levou a escolher esta área de especialização na medicina?
Eu
gosto muito de clinicar , ou seja, de ouvir e examinar o paciente e a partir de
seus sinais e sintomas montar uma hipótese diagnóstica e em seguida tratá-lo.
Além disso, nunca gostei de dar plantões. Tinha muita dificuldade em ficar
acordado à noite e perdia produtividade no dia seguinte ao plantão . Nunca tive
afinidade com especialidades cirúrgicas. Assim, busquei uma especialidade que
privilegiasse o raciocínio clinico e não procedimentos técnicos ou cirúrgicos e
que me afastasse dos plantões. Associado a isso, na época de escolher, fui um
pouco influenciado por meu cunhado que é endocrinologista e minha namorada que
também era endocrinologista. Para finalizar , é uma especialidade com poucas
vagas de residência e o número de diabéticos e obesos está em franco
crescimento, ou seja, o mercado de trabalho tem boa perspectiva. Apesar deste
último fator não ter sido determinante, foi um incentivo a mais.
Se
não fosse médico?
Não
me vejo em outra profissão. Talvez educador físico, pois gosto de esportes como
já deve ter sido possível perceber.
Quais
medos você tem ou teve? maior medo é o de envelhecer ou o de
entristecer. ?
Tenho
medo de passar pela vida e não ter dado minha contribuição ou cumprido minha
missão, assim procuro me esforçar para fazer o melhor que posso e tento sempre
evoluir. Não tenho medo da morte ou do envelhecimento. A morte acredito seja
uma passagem para uma vida melhor e o envelhecimento faz parte do processo. O
que busco é fazer o máximo daquilo que desejo e posso e tento ser útil para não
me arrepender depois, quando não mais for possível fazer.
Qual
foi o maior desafio até agora?
Talvez
o maior desafio que enfrentei foi quando da minha mudança para São Paulo sem
ter qualquer referência familiar ou amizade por lá . Foi um período de
autoconhecimento, provação emocional e escassez de recursos financeiros dentro
de uma selva de pedra com todos os problemas de uma megalópole.
Você
se arrependeu de alguma coisa que disse ou que fez ?
Me
arrependo do que deixei de dizer , como por exemplo eu te amo para pessoas que
já passaram por mim e que não terei oportunidade novamente.
Fale
um pouco de sua trajetória profissional e da sua história de vida?
Até
entrar para faculdade não era um dos mais estudiosos. Era da turma do “fundão”.
(risos)- aqueles alunos que gostam de ficar no fundo da sala fazendo bagunça.
Apesar disso, prestava atenção na aula e lia a matéria pouco antes das provas e
felizmente me dava muito bem . Sempre fui muito responsável. Nunca perdi média,
pelo contrário, tinha sempre uma das melhores notas da sala. Fiquei muito feliz
ao ser aprovado no vestibular de medicina, pois meus pais me incentivaram muito
e me deram as condições para que eu estudasse para tal. Me sentia obrigado em
retribuir o apoio e me esforcei para entrar numa faculdade federal que não
cobrasse mensalidade. Aliás, desde a quinta série do primário sempre frequentei
escolas públicas. Já na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas
Gerais era bom aluno e estudava bastante, como não poderia deixar de ser pelo curso
que escolhi. Apesar disso, sabia dividir meu tempo com outras atividades que
realizei durante a graduação (curso de inglês , italiano, dança, natação, etc).
Minha dedicação à medicina foi ainda maior no período de especialização
(residência médica) em que o médico residente é praticamente dominado pelo
trabalho e estudos. Acho que é a época de maior sacrifício pessoal na carreira.
Fiz duas especializações, após aprovação em concurso: Clinica Médica e
Endocrinologia, com 2 anos de duração cada uma. A primeira em Belo Horizonte e
a segunda em São Paulo. Após finalizá-las, optei por fazer ainda um mestrado,
também na área de Endocrinologia, na USP (Universidade de São Paulo), mas desta
vez trabalhando com crianças. Trabalhei no Hospital das Clínicas da USP por
cerca de 7 anos. Aquele hospital tem dimensões de uma cidade; muito
conhecimento é gerado ali. Nesta fase, tive a oportunidade de produzir artigos
científicos que foram publicados em revistas nacionais e internacionais e
também apresentei trabalhos científicos em vários países como França, Canadá,
EUA, Finlândia, Chile e Argentina. Também fiz várias palestras pelo Brasil. Em
paralelo a estas atividades, trabalhava no maior laboratório de análises
clinicas da América Latina e 5 maior do mundo. Atuava como coordenador médico
do setor de hormônios e de testes funcionais da sede em São Paulo. Além disso,
era responsável pelo laudo integrado de tireóide (análise conjunta de exames
laboratoriais, ultrassom e cintilografia da tireóide). Fiz mais de 2.000 destes
laudos detectando inúmeros casos de hipotireoidismo, hipertireoidismo, nódulos
e câncer de tireóide. No laboratório aprofundei meus conhecimentos em relação
aos exames laboratoriais e tive a oportunidade de conhecer o mundo
coorporativo. Ainda em São Paulo , eu era membro da Endoclínica , uma clinica
privada de endocrinologistas quase todos
advindos
do Hospital das Clínicas da USP. Nesta clínica tive oportunidade de participar
de um estudo multicêntrico internacional na área de Diabetes. Também fui aprovado
num concurso do Tribunal de Justiça de São Paulo e trabalhei lá por 2 anos
junto aos juízes e desembargadores , antes de vir para Brusque. Aliás, o que me
motivou a vir a Brusque foi o desejo de melhor qualidade de vida. São Paulo tem
vários pontos positivos, como excelente gastronomia, diversos eventos
culturais, shows, feiras de negócios, oportunidade de desenvolvimento
profissional e etc, porém o lado negativo se impôs na minha decisão de deixar a
cidade: trânsito caótico , poluição, violência, superpopulação, etc. Decidi
sair de uma capital e procurar uma cidade menor e de preferência no sul do
Brasil, especificamente Santa Catarina pelas belezas naturais e cultura de
origem europeia. Assim, fiz um concurso para a prefeitura de Brusque e fui
chamado na mesma época em que terminava um relacionamento em São Paulo. Os
fatos coincidiram e resolvi fazer minhas malas. Abandonei todos meus vínculos
empregatícios e uma carreira estável e vim atender a população de Brusque e
região. É um recomeço.
Algo
que você apostou e não deu certo?
Apostei
na melhoria da saúde pública do Brasil e infelizmente isso não aconteceu.
Políticas de melhoria da saúde custam caro e os governantes pensam a curto
prazo, pois as eleições ocorrem a cada 4 anos. Esta combinação bloqueia grande
parte dos investimentos importantes no setor.
O
que faria se estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Nunca
deixei de fazer algo por falta de coragem, mas talvez falta de oportunidade
como por exemplo ter estudado na Europa, apesar de já ter apresentado trabalhos
científicos por lá, como citei anteriormente.
O
que você aplica dos grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia
a dia?
Respeito
ao paciente, busca da excelência na profissão e amor ao próximo
Quais
as maiores decepções e alegrias que teve?
Decepções:
Não me decepcionei com alguém especificamente, porque não espero nada de
ninguém. Nunca faço algo esperando retorno. Posso dizer que me decepcionei com
o ser humano em geral que ainda é muito egoísta. Alegrias : minhas
conquistas profissionais. O nascimento dos meus sobrinhos. Acho que quando
tiver um filho essa será a maior alegria.
Finalizando,
quais os locais e horários em que o Sr atende?
Meu
consultório fica no Edifício Salutar Centro de Saúde. Rua Augusto Bauer, 240,
Jardim Maluche. Brusque Tel. 3396-8370.
Referências : Jornal Em Foco. 12.02.13.
GERMANO HOFFMANN
O entrevistado desta
semana é o médico e grande figura humana Dr Germano Hoffmann, filho de Moritz
Germano Hoffmann e Ida Willrich Hoffmann, nascido em Brusque aos 01.08.26;
casado com Lya Vianna Hoffmann (in memorian) tem um irmão: Erich.
Dr Germano Hoffmann
Uma palhinha da
descendência?
Maritza casou com
Gilberto Rau: filhos: Christoph Germano, Mayara e Tadjana; Ricardo casou com
Ana Fátima Petruschky: Ana Lya, Ricardo Henrique, Egon Germano (in memorian) e
Riana Ida; César casou com Joceline Laube: Sanatiel e Iander Luther; Fábio
casou com a Simone (filha da Carmelita e do Armando Sassi): Fabio Germano,
Paulo Vicente, Natália e Tamara; Christian casou com Vanusa da Silva: Christian
Filho, Arthur Germano e Renan Leonardo; Germano Hoffmann Filho e Iasmine são
solteiros. 1 irmão: Erich Hoffmann. 7 filhos (5m e 2F)15 netos (9m e 6F)1
Bisneto: Pedro Ricardo Hoffmann Russi.1. Germano Hoffmann Filho2. Maritza
Hoffmann Rau: Christoph Germano, Mayara e Tadjana.3. Ricardo: Ana Lya, Ricardo
Henrique e Riana Ida.4. Cesar: Sanatiel e Iander.5. Fabio: Fabio Germano, Paulo
Vicente, Natalia e Tamara. 6. Iasmine 7. Christian: Christian Filho, Arthur
Germano e Renan Leonardo.
Formação escolar?
Cursei o Primário no
Alberto Torres, o ginasial e o secundário no Colégio Catarinense em
Florianópolis e Medicina na Universidade do Paraná.
Como foi sua infância
e juventude?
Minha infância foi
futebol no Paysandu, quilica, peão, mocinho e bandido, circo idealizado pela
Flore de Nair Hor Craher.
Como surgiu a
Medicina em sua trajetória? Algum antecedente familiar?
Surgiu quando sofri
uma cirurgia – apêndice aguda – em 1945, no hospital de Azambuja em contato com
o Dr Nica e Dr Carlos e outro médicos, aconteceu o estalo para a medicina,
resultando aí em cursar na Universidade do Paraná, já que não havia faculdade de
medicina em Santa Catarina.
Trajetória
profissional?
..... em São Paulo,
em 57 vim para Brusque, fui nomeado para o Posto de Saúde do Jardim Maluche, na
época o Prefeito era o Dr Carlos Moritz, em seguida no SAMDU, juntamente com Dr
Francisco R. Dal’ Igna e o Dr Nica em plantões de 24 por 48 horas. Fiz parte da
Clínica dos Hospitais Azambuja, Evangélico e atualmente do Hospital Evangélico.
E as especializações
médicas?
Na época em que me
formei médico, todos eramos generalistas. Já havia as especializações, mas
antes de se especializar o formando tinha que passar por clínica geral, para
depois fazer especialidade, pois o ser humano é um todo, e não uma parte.
O médico de ontem e
de hoje?
Nesses 50 anos
–formei-me em 17.12.54 – que exerço a profissão observei uma mudança radical na
forma em que a medicina é exercida. Antes tínhamos o médico da família. O mesmo
médico tratava praticamente toda a família. As pessoas adquiriam confiança
nesse profissional da área da medicina, que tratava de quase todas as doenças,
registre-se com acompanhamento dos pacientes. Hoje, predomina os especialistas.
Os avanços
tecnológicos e a medicina?
O avanço tecnológico
contribui fortemente para a melhoria da saúde. Atualmente temos exames bem mais
detalhados, como ultrassonografia, ressonância magnética e tomografia
computadorizada e a vídeo-cirurgia, que é um avanço extraordinário na clínica
cirúrgica, ressaltando-se que, não é mais preciso fazer cirurgia a “céu
aberto”, além de reduzir o tempo de hospitalização e de convalescença . E
destaque-se hoje, os estudos e as pesquisas de célula-tronco.
A globalização
contribui com a medicina?
Sim, porque possibilita
o intercâmbio de informações com uma rapidez instantânea.
A medicina vencerá as
doenças, hoje, ditas incuráveis?
A evolução
tecnológica trouxe grandes esperanças nesse particular, valendo salientar que
sempre surgem novas contribuições, não só em detalhamento de exames
laboratoriais, como em termos de instrumentalização, sabe-se também, que os
cientistas não param de pesquisas e avançar em descobertas importantes.
O cigarro é um
veneno? '
Sim, tranquilamente.
Como se lida com o
envelhecimento?
Apenas vivendo, pois
para envelhecer é preciso continuar vivo.
Participação na
comunidade?
Participo do Lions
Clube Brusque-Centro desde 1957, tendo presidido o Clube em quatro
oportunidades, fui associado do Santos Dumont, da Sociedade Beneficente, do
Caça e Tiro Araújo Brusque, da S.E. Bandeirante, do Clube Atlético Carlos
Renaux e do C.E. Paysandu.
Que lema adota?
Entrega o teu caminho
ao Senhor, confia nele, e o mais Ele fará (Salmo 37, v 4 e 5)
Se não fosse médico?
Com certeza seria
padeiro, haja vista que a profissão de meu pai era confeiteiro e dono de uma
padaria.
Além de exercer a
Medicina, o que faz Dr Germano Hoffmann?
Participo do Lions e
do Grupo Amigo do Canto Alemão.
Grandes atletas?
No CACR: Arthur
Olinger- que trouxe a bolo de couro do RS – os seus filhos Hélio e Mário, mais
famoso trio tricolor. Mosimann, Afonsinho e Ivo Willrich. Mais os atlestas:
Dirceu e Sarará, Pitsch Tensini, Nilo Bianchini, Evaldo Schaefer, Tesoura,
Teixeirinha, Petrusky, Pilolo, Esnel, Aníbal Diegoli, Andrade (arqueiro) , Leba
e no Paysandu: Herbert e Osvaldo Appel, Chico e Heinz Appel, ..... Domingos,
Janga Rosin, Wilimar Ristow, Arthur e Érico Appel, Curt Appel, Aristides
Salces, Nego Kuhn, Julinho R. Hildebrandt
Grandes Dirigentes:
Érico Trindade, Ayres
Gevaerd, Arthur – Polaco – Jacovicz, Arthur Appel – que está fazendo renascer o
mais querido da Pedro Werner e Bilo (W.W.Ainchinger)
Brusque comporta três
clubes?
Acredito que três
clubes não, um deles deveria ser fundido no Brusque, vez que três agremiações
divide muito. Dois sim, porquanto o desafio levará as equipes para frente.
Quais dos filhos
estão e/ou estiveram ligados aos esportes?
Ricardo e César:
Ricardo era zagueiro do C. A. Carlos Renaux, Ricardo inclusive presidiu o
Brusque. César atuou no infanto-juvenil da equipe esmeraldina. O Gemano
Hoffmann Filho, popular Mano, joga futebol suíço na S.E. Bandeirante, atuando
pela equipe Catareira, e é responsável pelo BADEJO, equipe que participa há 24
anos, desde 1989 do Campeonato Paralelo de Futebol de areia no Balneário de
Camboriú, tendo sido campeão por 4 vezes: 1990/96/99 e 2004, ressalte-se que,
sem que os cronistas esportivos locais tomassem conhecimento e registre-se o
feito, nem mesmo com uma pequena nota. O Mano é também patrão de CTG- Laço do
Bom Vaqueiro. Em 2014, será realizado o 30º Rodeio Crioulo Nacional, nos dias
31 de julho a 3 de agosto.
De que sente orgulho?
Depende do sentido,
primeiro de que orgulho quer que eu fale? Primeira opção, daquele orgulho de
ser orgulhoso, vaidoso e arrogante, aquele orgulho negativo pejorativo de
julgar-me o tal, o maior, o mais bacanudo, o Super Shell, the Best, o mais
querido, mais amado e mais atuante, ou do outro orgulho, tranquilo, pacífico,
da satisfação pessoal, do viver normal, do respeito e bem querer ao próximo.
Sinto orgulho de muitas coisas, uma infinidade de coisas, de pessoas, de
animais, de obras de arte, de músicas, eventos, atos e fatos vividos,
principalmente do setor familiar, social e profissional.Sinto orgulho dos meus
filhos, do sucesso de cada um deles, da convivência, encontros pessoais, das
notas que meus filhos e netos alcançam nas faculdades, no exercício de suas
profissões, nas suas alegrias e datas festivas. Sinto orgulho das minhas
amizades passadas e atuais, dos meus clientes, que me deixam alegre, feliz e
gratificado quando me declaram o seu carinho, amizade, simpatia, afeição e bem
querer. Quando me relatam fatos, palavras e atitudes que eu dividi com eles(as)
em algum momento de suas vidas, dos quais relembram com saudades, alegria e
emocionados, ou com angustia e dúvidas. Amigo Luiz, sinto orgulho sim, e muito
orgulho, quando recebo mensagens no facebook, em que me relembram momentos
emocionantes na sala de parto e outros, nos quais eu pude ser instrumento de
Deus.
Para que equipes
torce?
Meu caro Luiz, nasci
Paisandú e o sou até hoje, apesar de ter nascido e vivido minha infância e
grande parte de minha vida adulta, vizinho do campo e da sede do Esporte Clube
Brusquense, na Av. Lauro Muller. Na minha infância, o bambuzal que cercava por
três lados o campo do brusquense, me isolava do campo, e minha amizade com os
Appel e demais amigos da Rua Pedro Werner eram todos paisanduanos. Alem disso,
não havia muita afinidade entre as torcidas do lado de cá do Rio Itajaí Mirim,
chamado de Nitério, pela torcida do Brusquense, do lado de lá do rio,
considerada a elite de Brusque, a maioria torcida do Brusquense. Mas nem por
isso deixei de torcer sempre pelo Brusquense e Carlos Renaux, do qual sou dono
da Cadeira Cativa Permanente nº 37. Em Florianópolis, torci pelo Avaí Futebol
Clube. Em Curitiba, torci pelo Curitiba Futebol Clube, time do Fedato. No Rio,
pelo Fluminense, onde o Helio Olinger treinou por uns tempos, mas retornou à
Brusque. Nunca fui apaixonado por time algum, era torcedor do Botafogo e do
Vasco da Gama, pelo zagueiro Augusto, que conheci pessoalmente. Em São Paulo,
fui do Palmeiras e hoje pelo São Paulo. Em Porto Alegre, torço pelo
Internacional.
Quais foram as
alegrias e tristezas que teve?
Muita alegria quando
consegui namorar com a que foi minha esposa, Lya Vianna, quando estudava em
Florianópolis. Muita alegria quando passei no vestibular em Curitiba. Muita
alegria e agradecimento à Deus, quando consegui residência na Santa Casa de São
Paulo. Pura alegria quando com a minha filha Iasmine, como participante do
Grupo Amigo de Canto Alemão, visitamos a Europa, passando pela Alemanha, França
e Itália. Alegria intensa na visita ao túmulo de Napoleão Bonaparte, em Paris,
e de seu filho, chamado Rei de Roma. Joguei moeda e formulei desejo na Fontana
de Trevi, em Roma. A visita à torre Eiffel foi uma alegria a parte. Feliz e
alegre pelo nascimento dos meus 7 filhos e 16 netos, sendo que todos nascidos
comigo, à exceção do Mano, primogênito, que nasceu em Florianópolis, terra de
sua mãe. Me alegro com os Rodeios do CTG Laço do Bom Vaqueiro, cujo patrão é o
meu filho Mano. O sucesso do Laboratório Hoffmann, do filho Mano. Torcedor do
Badejo no Futebol de areia, em Balneário Camboriú, onde jogavam 4 de meus
filhos, Mano, Ricardo, Cesar e Fabio. E o quinto, o Guto, era o adjunto do
treinador, torcedor incentivador dos jogadores. Alegria pela minha filha
Maritza, que me deu o 1º neto, Christoph Germano Rau. Feliz pelas formaturas
dos meus filhos e netos. E na expectativa alegre de poder assistir a formatura
em Direito de minha filha Iasmine, em 2015. E as alegrias que as minhas noras e
genro, sempre amigos, me proporcionam. Tristezas foram poucas, mas grandes e
marcantes. 1ª a morte de meu pai, meu grande amigo e meu orgulho, nos meus
braços em um domingo a tarde. O falecimento de minha mãe, o falecimento de
minha esposa Lya, muito jovem, com 54 anos. O óbito de um neto com 1 ano e 10
meses. A morte de um meu tio, Otto Rodolfo Hoffmann. A morte do Dr. Carlos
Moritz, meu amigo, mestre e professor, do qual muito aprendi, e considero meu
2º pai. Tenho muita tristeza pela morte de amigos.
Pensa em escrever um
livro pela bela vida que teve?
Sem dúvida, sou
obrigado a fazê-lo, pois meu filho Ricardo me pressiona a cada semana para iniciar.
Mas pretendo publicar o livro do meu pai, Moritz Germano Hoffmann, antes do
meu.
Grandes nomes em
Brusque?
Esta é uma
solicitação difícil de atender, pois implica em uma lista de destaques de
“grandes nomes” muito grande, enorme mesmo, de difícil execução sem que se
magoe alguém ou alguma família, que não tiver citado algum membro de destaque.
Acredito que nesta imensa lista estariam escritos os seguintes nomes: 1. O
Cônsul Carlos Renaux, por ter importado a primeira fabrica têxtil da Inglaterra
e ter montado o parque fabril de Brusque. 2. João Bauer, pioneiro da usina
hidro-elétrica da Guabiruba, transferida para Blumenau, onde cresceu como
empresa Força e Luz, encampada pela Celesc. 3. Johann Phillip Heinrich
Hoffmann, cidadão imigrado da Alemanha e que emprestou 45.000 contos de réis,
ao estado de Santa Catarina, para a construção da primeira ponte de Brusque, e
que nunca foi reembolsado desta quantia .4. Ayres Gevaerd, filatelista e
numismata, fundador do Rotary Clube de Brusque e da Sociedade Amigos de
Brusque, paisanduano de coração e joalheiro de renome. 5. Arthur Appel,
fundador do primeiro Lions Clube de Brusque, que é também o 3º Clube de Lions
de Santa Catarina e o 12º Clube de Lions fundado no Brasil. 6. Dr. Guilherme
Renaux, importou os pardais para Brusque. Havia uma praga de não lembro o que,
e ele, como engenheiro agrônomo, trouxe os pardais para acabar com esta praga.
7. Arthur Olinger, pai de Mario e Helio, jogadores do Carlos Renaux, por ter
trazido a primeira bola de couro, do Rio Grande do Sul. Era tropeiro e trazia
gado do Rio Grande. Tenho para mim, que Arthur Olinger merece uma estátua ou ao
menos um busto, como o Sr. Arthur Schlosser, criador e patrono dos JASC, por
ter trazido a ª bola e que ensejou que o Clube Esportivo Brusquense, fosse o
Vovô do Futebol Catarinense e honra para Brusque.
Finalizando
Obrigado amigo Luiz,
por ter me levado a tantas lembranças e recordações, que fazem um bem estar às
nossas mentes e coração.
Referências: Matéria publicada no "Em Foco" aos 22 de novembro de 2013
GISELLE MIRLEY ARMELIN MORITZ
A entrevista da
semana é a médica, Dra. Giselle Mirley Armelin Moritz (formada
pela PUC/PR- Pontifícia Universidade Católica -Curitiba, completando a formação
profissional em Ribeirão Preto/SP), nascida em Mandaguari/PR aos 17 de agosto,
filha de Rubens e Laura Peres Armelin; Casada com Dr Marcus V. Bauer Moritz,
com o qual têm três filhos: Marcela , Rebecca e Nicolle
Dra. Giselle Mirley Armelin Moritz.
Quais são as
lembranças que você tem da sua infância?
Tive uma infância
muito feliz, alegre com muito carinho, harmonia e amigos. Adorava visitar a
fazenda de minha avó.
Você tem amigos da
infância ainda?
Sim, mas com o tempo
vamos nos distanciando, perdendo um pouco o contato (que é uma pena).
O que sente falta da
infância?
Da vida sem
compromisso.
Quando você era
criança queria ser adulto?
Não; queria curtir
aquele momento, gostava muito de ser criança, brincar, pular, andar de bicicleta.
Sonho de criança?
Pensava: quando
crescer vou ser médica, quero ajudar as pessoas doentes!
Como foi sua
juventude? O que você mais gostava de fazer para se divertir?
A juventude foi muito
boa, com amigos verdadeiros. Nos divertíamos na época indo em discoteca e
pizzaria, na pequena cidade de Campo Mourão/PR.
Quais eventos
mundiais tiveram o maior impacto em sua vida durante a sua infância e
juventude?
Lembro o dia que
anunciaram a morte de Elvis Presley e do Brasil sendo campeão Mundial de Futebol
nos Estados Unidos nos idos de 1994..
Pessoas que
influenciaram ?
Tive muita influência
de minha mãe que sempre deu a maior força para fazer o tão almejado curso de
Medicina. Meu pai sempre me ensinando a ser uma pessoa cada dia melhor, falava:
seja sempre uma pessoa responsável e ética
Como conheceu o Dr
Marcus?
Estava no 4º ano de
medicina fazendo plantão na obstetrícia do hospital São Vicente em Curitiba,
nos vimos no corredor, naquele momento nossos olhos se cruzaram e nossas almas
se reconheceram – “Foi amor à primeira vista”
Dra. Giselle
com o marido Dr Marcus.
Como era a escola
quando você era criança? Quais eram suas melhores e piores matérias? De que atividades
escolares e esportes você participava?
A escola era de
freiras e bastante rígida, tinha regras para tudo. Melhores matérias: Biologia,
Química e Matemática; pior: Geografia. Quanto a esportes sempre gostei de
vôlei.
Primeiro/a
professor/a?
A primeira professora
foi a Irmã Catarina
Grandes professores?
Os grandes
professores já foram na época da faculdade: Dr Marcos Parreira, Dr Renato
Bonardi, Dr Antônio Bailão.
Como surgiu a
medicina em sua trajetória?
A medicina surgiu
quando era criança, tinha e queria ser médica de qualquer maneira. Sempre tive
boas condições financeiras, isto favoreceu muito a realizar meu sonho. Meu pai
era gerente do Banco do Brasil.
Qual sua
especialidade na medicina?
Atuo na área da
ultrassonografia – Obstetrícia e ginecologia
Além do SUS em que
locais atende?
Sou concursada pela
Prefeitura Municipal de Brusque, atuando na Policlínica, onde adoro atender
“meus pacientes”. Trabalho também em minha clínica e, também, fazemos nossos
procedimentos cirúrgicos nos hospitais de Dom Joaquim e Azambuja.
A entrevista com o
paciente é um dos instrumentos essenciais para o clínico geral elaborar um
diagnóstico seguro?´É importante escutar o paciente no atendimento?
A entrevista com o
paciente: Anamnese - (Anamnese - entrevista realizada pelo profissional de
saúde ao seu paciente, que tem a intenção de ser um ponto inicial no
diagnóstico de uma doença. Em outras palavras, é uma entrevista que busca
relembrar todos os fatos que se relacionam com a doença e à pessoa doente) constitui
um instrumento essencial para elaborar um diagnóstico seguro, salientando-se
que não escutar o paciente é uma falha do médico.
Deve-se informar e
motivar o paciente?
O paciente tem que se
motivado sempre: explicar o diagnóstico e orientar o uso da medicação, e a
importância de usá-la corretamente.
Maus hábitos no dia a
dia adoecem alguém?
Maus hábitos no dia a
dia adoecem o paciente sim e eles só percebem com o passar do tempo
O que são
medicamentos de referência?
É o medicamento que o
laboratório pesquisa e lança no mercado.
Qual a diferença
entre o medicamento genérico e o chamado similar?
O genérico é
produzido sobre a supervisão da Agência Nacional de Saúde, já o similar é feito
sem uma fiscalização rigorosa, portanto devemos dar preferencia da medicação
referência ou genérico.
E a causa de os
genéricos serem mais baratos? Mas como se pode saber se um determinado genérico
é mesmo eficaz?
Genérico é mais
barato pois é produzido com incentivo do governo. A sua eficácia é supervisionada
pelos órgãos do governo e Ministério da Saúde.
Se não fosse médica?
Se não fosse médica
não saberia ser outra coisa. Pois amo de paixão a minha profissão,
principalmente a minha especialidade
E a depressão –
resulta da falta de atividades como tínhamos antigamente?
A depressão em muitos
casos acaba sendo desencadeada por uma tristeza profunda e crônica, por
exemplo, a perda de alguém que amamos muito, mas muitas vezes é genético
Medicação específica com atividade ocupacional ajuda bastante, além da
psicoterapia de apoio.
Uma palhinha sobre o
Genético?
Sim, a Genética é a
ciência dos genes, da hereditariedade e da variação dos organismos. Ramo da
biologia que estuda a forma como se transmitem as características biológicas de
geração para geração.
Qual foi o maior
desafio até agora?
O maior desafio para
mim foi ser “mãe”... uma experiência muito difícil e complicada, porque em dois
anos tive as três filhas (as duas últimas são gêmeas). Dividir o trabalho
profissional e o cuidar das minhas três filhas que naquele momento precisavam
tanto de mim. A sorte é que pude contar com o Dr Marcus que foi um pai
maravilhoso, muito presente e carinhoso.
Você se arrependeu de
alguma coisa que disse ou que fez ?
Não, se dizemos algo
é por algum motivo e se o fizemos também. Arrependo-me, apenas de não ter
curtido mais o meu pai.... a saudade dele parece ser cada dia maior
Você tem algum
ressentimento?
Não, nenhum
ressentimento.
Você tem algum medo?
O maior medo é o de envelhecer ou o de entristecer ?
Sim, de ficar doente,
até porque nós que trabalhamos na área da saúde cuidamos de todos que nos
consultam e às vezes esquecemos de cuidar de nós mesmos! Outro, é o de de não
conhecer meus netos.
Algo que você apostou
e não deu certo?
Sempre aposto e vou
até obter o objetivo apostado
O que faria se
estivesse no inicio da carreira e não teve coragem de fazer?
Talvez morar por um
período fora do Brasil.
O que você aplica dos
grandes educadores, das aprendizagens que teve, no seu dia a dia?
Aos meus grandes
educadores tenho muito que agradecer, porque sempre tentei pegar de cada um que
passou pela minha vida profissional: “o melhor deles”. No meu dia a dia tenho a
paixão da minha vida que é simplesmente meu marido, o Dr Marcus, que juntos
discutimos sobre pacientes em comum ... parceiro de todos os momentos,
trabalhamos há 26 anos é o meu “tudo”. Obrigado amor... (espero trabalharmos
juntos por mais uns 26 anos né!!!!)
Finalizando, quais as
maiores decepções e alegrias que teve?
A minha maior
decepção foi a morte repentina do meu pai. Quanto as alegrias tive algumas
marcantes
1) No dia da colação
de grau – OK : consegui ser médica!!!) ;
2) No dia do meu
casamento (porque casei com o amor da minha vida);
3) o nascimento de
minhas filhas: agradeço a elas o carinho e aprendizado: pois somos muito
melhores quando somos mãe! A vida fica alegre, temos razão para viver a cada
dia mais.
Referências: Jornal Em Foco. Edição de 14 de agosto de 2012.
HAILTON BOING JÚNIOR
Filho de Hailton e
Nara C. Boing; natural de Tubarão/SC, nascido aos 18 de outubro de 1967;
cônjuge: Maria H. Andrade Boing; dois filhos: Lucas e Victor Hugo; torcedor do
Vasco da Gama; Especialização em cardiologia.
Primeiramente fale
sobre sua infância, sonho de criança, seus familiares, e educação recebida dos
pais Venho de uma família humilde e que sempre valorizou a educação de seus
filhos, nunca faltou empenho de meus pais, para que pudéssemos estudar em bons
colégios, abrindo mão de certos confortos pessoais. Graças ao exemplo dado por
eles, eu e meus outros três irmãos conseguimos ser aprovados na UFSC. Meus pais
são exemplos de honestidade, garra e superação. E ainda hoje busco seus
conselhos para ajudar a resolver as adversidades do dia a dia.
Dr Hailton Boing Júnior.
Formação escolar?
Cursei o primeiro
grau no Colégio Diocesano de Lages e no Colégio São José em Tubarão. O segundo
grau, cursei no Colégio São José. Fiz a graduação, no curso de Medicina, na
Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, no período de 1985/90. Após a
conclusão do curso me especializei em Clínica Médica no Programa de Residência
Médica do Hospital Universitário da UFSC, no período de 1991/93 e
especialização em cardiologia no Instituto de Cardiologia de Santa Catarina
pertencente ao governo do Estado, no período de 1994/96.
Como surgiu Brusque
em sua trajetória profissional?
Vim a convite de um
colega de faculdade, Dr Carlos Renato Bortolini em 1996.
A cidade o acolheu
bem?
Fui e continuo sendo
muito bem acolhido pelo povo desta cidade. Aqui tenho muitos amigos, consegui
reconhecimento profissional e tenho muita tranqüilidade para minha família. Só
tenho a agradecer ao povo de Brusque pela acolhida.
Como surgiu a
medicina em sua trajetória- alguns antecedentes no ramo?
O surgimento da
Medicina em minha trajetória, acho que foi uma coincidência, pois comemoro meu
aniversário no dia do médico e isso despertou a curiosidade pela profissão.
Quais são as
principais doenças do coração?
As doenças mais
freqüentes na minha prática diária são a hipertensão arterial – pressão alta,
deslipidemias – distúrbios do colesterol e triglicerídeos, e as doenças
coronárias – infarto e angina.
O que é angina,
infarto?
São doenças
provocadas pela obstrução das artérias coronárias por placas de gordura, a
diferença entre elas é que na angina a oclusão não é total e o músculo cardíaco
não é lesado ao contrário do infarto em que ocorre lesão.
O que se pode fazer
para evitar essas doenças?
A receita para uma
boa saúde já é bem antiga e todos com certeza já a escutaram. Boa alimentação,
exercício físico, evitar o stress, atividades de lazer, respeitar os horários
para alimentação e para o sono, não fumar, não abusar das bebidas alcoólicas e
tratar os fatores de risco quando presentes.
Quais são os
tratamentos para as doenças e a possibilidade de recuperação?
A cardiologia é a
área da medicina que apresentou maior evolução nas últimas décadas, tanto na
área de diagnóstico quanto na terapêutica das doenças cardiovasculares e hoje
dispomos de medicamentos comprovadamente eficazes em alterar a história natural
das doenças, bem como ainda dispomos de tratamento invasivos seja através da
angioplastia ou da cirurgia com resultados cada vez melhores e com riscos cada
vez menores aos pacientes. Isso sem contar que os serviços que realizam esses
tratamentos invasivos se disseminaram para várias cidades facilitando o acesso
a boa parte da população brasileira.
Li que incidência do
infarto agudo do miocárido é de quatro a cinco vezes mais comum nos homens e
pessoas de mais idade. Por quê?
Em relação a ser mais
freqüente em homens é verdade, mas a proporção hoje é de 2 homens para 1
mulher, entretanto a mortalidade do infarto é maior nas mulheres. Em relação a
idade também é verdade a afirmação, pois com o aumento de idade irão se somando
novos fatores de risco além do que esses fatores costumam causar complicações a
médio e longo prazo.
Quais os fatores de
risco do infarto?
Os principais são a
hipertensão arterial, diabetes, deslipidemia, principalmente o LDL (colesterol
ruim elevado e o HDL baixo (colesterol bom), o fumo e o histórico de doença em
familiares próximos como pais e irmãos. Além destes, outros considerados menos
importantes são a obesidade, sedentarismo, triglicerídeos elevados e o stress
entre outros.
O que mais surge –
problema relacionado ao coração – no seu dia a dia para atendimento no
consultório? Em que locais o Sr atende?
Atendo diariamente em
meu consultório na Clínica CARDIOBRUSQUE, localizada na rua João Bauer, 380,
fone 3355 – 1904 e pertenço ao corpo clínico do Hospital de Azambuja aonde
presto atendimento aos pacientes internados.
Qual é o maior
desafio no atendimento no setor de cardiológico no berço da fiação catarinense?
Existem vários, mas
acredito que o maior é possibilitar aos pacientes que dependem do SUS, tenham
acesso com rapidez a serviços de qualidade que prestam atendimentos de alta
complexidade como cirurgias, cataterismos etc, os quais não dispomos em nossa
cidade.
Amar é bom para nossa
máquina?
Já é comprovado que
emoções e sentimentos positivos liberam substâncias em nossa corrente sanguinea
que tem efeito protetor sobre os vasos sanguineos e o coração. Entretanto ao
contrário do que se pensa o coração não é o responsável pelas emoções e as
palpitações e aperto no peito que sentimos quando estamos amando elas são
decorrentes dessas substâncias liberadas no sangue. O cérebro é o grande
responsável por nossas emoções.
Como é que está o
nível do serviço médico oferecido na área da cardiologia da cidade, se
comparado aos grandes centros?
O nível do serviço
médico oferecido na área da cardiologia da cidade considero bom, dispomos de
aparelhagem moderna e bons profissionais que procuram atualizar-se, pois
encontro vários deles em diversos congressos médicos pelo Brasil, inclusive uma
boa parte deles atende pelo SUS. O que não dispomos na cidade são serviços de
alta complexidade como cirurgia, hemodinâmica, cintilografia entre outros , até
porque tenho a opinião que nossa cidade ainda não os comporta, o que é
necessário é facilitar o acesso a esses serviços prestados nas cidades vizinhas
de forma mais ágil e que contemple toda população e não só aos que tenham plano
de saúde.
Os programas de saúde
cardiológica do Município atendem às necessidades da população, ou ainda existe
alguma coisa que poderia ser melhorada?
Eu acho que a saúde
pública em Brusque vem passando por uma crise: falta organização, falta
planejamento e falta financiamento para o setor. Investir em medicina
preventiva só dará resultados após vários anos e por isso recebe poucos
recursos. Espero que esse quadro mude o mais breve possível.
Cigarro, palheiro e o
cachimbo contribuem para atrapalhar o bom desempenho dessa máquina vital?
Como já comentei é um
dos principais fatores de risco para doenças cardíacas e deve ser combatido com
bastante vigor pelos profissionais da saúde, poder público e pela sociedade
como um todo.
Melhor livro que leu?
Leio vários ao mesmo
tempo, é difícil citar um só, recomendo o Livro do Riso e do Esquecimento de
Milan Kundera
Melhor artigo?
São vários
escritores, mas um que li recentemente e achei muito bom foi na National
Geografic sobre o assassinato dos gorilas das montanhas.
Costuma ler jornais?
Diariamente.
Lazer preferido?
Ler, jogar futebol
(pelo menos tentar).
O que é uma
sexta-feira perfeita?
Sair do trabalho e ir
jogar futebol e tomar uma cervejinha com a turma do Helinho lá no Paquetá
Como o Sr avalia a
cardiologia no Brasil?
De altíssimo nível,
uma das melhores do mundo, especialmente em São Paulo.
Referências: Jornal A Voz de Brusque. Entrevista publicada aos 21 de novembro de
2008.
JOÃO ANTÔNIO SCHAEFER – Popular Dr Nica
O nosso entrevistado
da semana é o médico João Antônio Schaefer, popular Dr Nica - conhecido como
Médico de Família; Médico do Detran e Médico do Samu - filho dos saudosos João
e Matilde Olinger Schaefer, natural de Brusque, nascido aos 23.04.1918. São em
três irmãos: Orlando José (farmacêutico), Tarcísio (engenheiro) – ambos in
memoriam e Dr. João Antônio - Nica (médico); cônjuge a saudosa Marieta Miqueis
Schaefer (casados aos 04.06.47) e falecida aos 25.07.95; 5 filhos: Delfino João
(Ginecologista e Obstetricista), Maria Cristina (Belas Artes), Orlando
(Engenheiro), Maurício (Engenheiro) e Mariane (Letras). Torcedor do tricolor da
Augusto Bauer e (C.A. Carlos Renaux) e C.R. Flamengo.
Dr Ismar Morelli e
esposa , Dr João Antônio Schaefer, popular
Dr Nica, Dr Adilson e Eneida Schaefer,
e Dr César Elias e esposa
Uma palhinha da descendência
Delfino João casou
com Sandra Fantini, têm 5 filhos: Ticiane (letras), Taísa (form médica ), João
Carlos (estudante de medicina), João Delfino , Susana (forma-se em direito);
Orlando casou com Sílvia Appel, 4 filhos: João Antônio Neto (engenheiro), Carolina
(farmacêutica), Patrícia (nutricionista), Marcela (estudante de
engenharia) ; Maurício casou com Beatrice Szpoganicz- filha do saudoso Ivo
Szpoganics, assessor jurídico na Prefeitura nas administrações dos Prefeitos
Antônio -Néco -Heil (66/70), José Germano Schaefer/Alexandre Merico (70/73) e,
Alexandre Merico/Antôno Waldemar Moser (77/83) - 3 filhos: Aline (Arquitetura),
Letícia (Médica) e Maurício Migueis (Concluindo faculdade de Engenharia
Mecânica); Mariane casou com Luiz H. Minatti, dois filhos: João Guilherme e
Pedro Antônio, ambos estudantes e Maria Cristina com Waldir Eduardo Martins,
uma filha: Flávia Tereza (Estudante de Direito).
Sonho de criança?
Queria ser médico
Formação acadêmica?
Iniciei os estudos
básicos no Colégio Santo Antônio e, o último ano no Feliciano Pires, o Ginasial
cursei no Catarinense – na Capital do Estado - o Segundo Grau e Medicina na
Faculdade de Medicina do Paraná (Curitiba )
Como surgiu a
Medicina em sua trajetória?
O desejo de ser útil
para a comunidade e para Brusque. Lembro com carinho as palavras colocadas no
quadro de formatura: “Divino é trabalhar para aliviar a dor”.
Na época prevalecia a
Clínica Geral?
Na minha época, todos
éramos clínicos gerais, ressalte-se que já havia as especialidades, mas antes
de se especializar, o formando tinha que passar pela clínica geral, para depois
fazer especialidade.
Como vê os avanços
tecnológicos e as implicações na Medicina?
Uma grande mudança. A
tecnologia evoluiu muito na área da saúde. Hoje dispõe-se de ultrassonografia,
ressonância magnética, ecocardiograma, a tomografia computadorizada, a vídeo
-cirurgia e daí por diante... é uma evolução constante e muito acelerada.
Como poderia ser
traçado um perfil do médico de ontem e de hoje?
Mudou muita coisa.
Primeiro no modo como a profissão é exercida. Antigamente, tínhamos o médico de
família. As consultas eram feitas em casa do paciente. As pessoas adquiriam
confiança nem médico que tratava de quase todas as doenças e fazia um
acompanhamento dos pacientes. Hoje, quase não se encontram mais clínicos
gerais, só especialistas. Destaque-se, hoje, também, a proteção obtida com a
aplicação das vacinas.
Alguns descendentes
seguiram seus passos?
Sim, o filho Delfino
João e as netas Taísa e Letícia
Se não fosse médico?
Se não fosse médico,
seria Professor.
Fale de algumas de
suas atuações ?
Entre outras,
destacaria : Presidi o Rotary Club (em duas oportunidades); presidi o
Clube Atlético Carlos Renaux presidi também a S.E. Bandeirante; Diretor da
Maternidade C.C Renaux; Dirigi o Tiro de Guerra (1951 a 1996), durante 46 anos;
atuei no Grupo Escoteiros no tempo de Henrique Bosco (Secretário do Prefeito,
idos de 1926); um dos membros fundadores da Ação Paroquial São Luiz Gonzaga;
integrei a diretoria da Igreja São Luiz Gonzaga; fui um dos fundadores da APAE.
Por 43 anos fui médico do Hospital Azambuja e, também atuei como médico chefe
do
ex SAMDU.
Uma orientação?
Gosto de mencionar o
dito por Adão Myszk: “O melhor meio de conservar a saúde não está unicamente em
se curar dos males presentes mas também em precaver-se contra os males
futuros”.
Grandes alegrias?
Tristezas?
Alegrias foram o
nascimento dos netos, bisneto e também o lançamento do livro que leva o meu
nome. Tristeza foi a perda da companheira Marieta.
O Brasil ainda tem
acerto?
Sim, se houver
espírito de coletividade e amor à Pátria.
Alguma premiação como
reconhecimento pelas atividades profissionais?
Tornei-me Oficial em
1940, sendo que como Primeiro-Tenente, obtive a “medalha Cavaleiro” conferida
pelo Presidente da República e como Segundo Tenente, a medalha de “Pacificador
Duque de Caxias”.
Finalizando, Algumas
considerações?
Pela dedicação e
trabalho e engrandecimento de Brusque quero aproveitar a oportunidade para
homenagear os saudosos: Irmã Ludgéria (agraciada com o título de cidadã
honorária pela Lei 20/60), Izaura Gouveia Gevaerd (hoje nome de Escola em Tomaz
Coelho, pelo Decreto 62/53 ), Georgina Carvalho Ramos da Luz (também nome de
escola – na Alsácia - pelo Decreto 73/53), Cemirames Bosco (Henrique – que
chegou a assumir interinamente como Prefeito na década de 20 - e Irmã Ôda.
Referências: Entrevista publicada no Em Foco aos 29 de novembro de 2013.
Dr Joel Mendes
Medicina e Kart Club de Brusque
O
entrevistado desta semana é o médico - especialidade: Ortopedia e
Traumatologia com cursos de Pós graduação em Trauma Buco Maxilo Facial ,
Ultrassonografia óssea e Cirurgia por Videortroscopia em joelho – Dr Joel
Mendes; filho de Mário Jesuino Mendes e Laura Uliano Mendes; natural de
Araranguá, nascido aos 19.02.59; casado com Rosani da Silva Mendes aos
19.11.88; dois filhos: Joel Mendes Júnior e Caio Henrique Mendes.. Torce para
o Paraná e para o São Paulo.
Filho
de Mário Jesuino Mendes e Laura Uliano Mendes; natural de Araranguá, nascido
aos 19.02.59; casado com Rosani da Silva Mendes aos 19.11.88; Tem dois
filhos: Joel Mendes Júnior, Dentista e Caio Henrique Mendes ,
Empresário na linha de artigos esportivos especializado em Luvas de Goleiros e
Engenheiro de Produção. Dr. Joel Mendes tem duas Especialidades: 1.
Ortopedia e Traumatologia com cursos de Pós graduação em Trauma Buco Maxilo
Facial , Ultrassonografia óssea e Cirurgia do joelho por
Videotroscopia . 2. Especialista em Perícia Médica pela Associação
Brasileira de Medicina Legal e Perícias Médicas, com Pós graduação em
Perícias Médicas pelo IPOG de Florianópolis. Torce para o Paraná Clube,
antigo Colorado Esporte Clube, onde trabalhou no Departamento Médico quando
estudante e São Paulo F.C.
Dr Joel Mendes e família
Como
surgiu a Medicina em sua trajetória profissional – algum antecedente
familiar?
A
Medicina surgiu com certeza por intuição divina. Tenho hoje um primo médico
formado um ano antes que eu.
A
Internet e a Medicina?
Ganhou
facilidade em pesquisas e informações.
A
globalização e a Medicina?
O mundo
ficou pequeno com toda tecnologia que temos hoje e a medicina foi um dos
setores mais beneficiados.
Quais
os problemas mais frequentes que apresentam as pessoas que procuram seu
consultório?
No
mundo inteiro, na especialidade de Ortopedia, a Lombalgia – dor nas costas –
é causa mais comum de consultas. Em segundo, as dores no ombro.
Como
está Brusque equipada – em sua especialidade – em relação aos grandes
centros?
Temos
hoje em Brusque um desenvolvimento bastante satisfatório da minha
especialidade. Conseguimos realizar com eficiência a maioria das cirurgias
realizadas nos grandes centros e com material de mesma qualidade.
O curso
de Medicina cumpre com a qualidade de ensino?
Todo
curso superior que faz é o aluno. Evidentemente que deve haver uma base de
ensino que possa propiciar ao aluno ter acesso aos conhecimentos necessários.
Vejo que há alguns anos muitos médicos deixam a faculdade sem ter a
verdadeira noção da importância SOCIAL , que eles têm nas cidades onde vão
atuar. Mas no geral vejo as Faculdades deficitárias em muitos aspectos na
formação médica.
Se não
fosse médico?
Por ser
uma intuição divina, se não fosse para ser médico, talvez não teria nascido.
Caio
Mendes, Karine Mendes(nora, Dr Joel, Delegada Rosani, e o Juninho
O Sr
presidiu o Kart Club de Brusque ?
Sim,
fui eleito para gestão de 1996 à 1998. Nesta minha gestão tive a
oportunidade, junto com uma equipe de amantes do kart, fazermos o Kartódromo
com medidas para eventos internacionais.
Quem
dirigia os destinos da entidade, juntamente com o Sr?
Tive a
sorte de ter colaboradores e uma diretoria maravilhosa como Tato Petruscki,
Nilton Muller, Altevir Bonomini( grande engenheiro mecânico do Kart, onde
aprendemos o que não fazer no Kart), Ronaldo Szpoganicz, Juliano Renaux,
Dinho Siemsem, Percy Erb, Volnei Ferreira, Henrique Lazarte, Luisinho Loos,
Klaus Loos, Gilmar Junges (Serrana) , Giga Barni, Dagomar Carneiro, Joel e Eduardo
Krieger, Juliano Belli , enfim, outros que no momento me falha a memória.
Cada um exerceu sua funçáo com que foi determinado. O sucesso desta diretoria
se deveu ao fato também de que 30 sócios se comprometeram a pagar R$ 100 (Cem
) reais por mês durante 10 meses, o que somou R$ 30 mil reais. Esta quantia
foi suficiente para fazer toda estrutura , como box, alambrado, grama,
banheiros, etc pois a Prefeitura só daria a estrutura da pista asfáltica.
oto das 500 milhas granja viana- da esquerda para
direita: Beto monteiro (fórmula truck), Rubinho, Tony Kanaan, Djalma Fogaça,
Fabinho Fogaça (Stock Car) e Juninho.
Antes
da construção da pista nas imediações do Pavilhão Maria Celina Vidotto Imhof,
o kartismo era praticado na Beira Rio?
Sim.
Tiveram aproximadamente 5 corridas nos anos de 1995 e 1996. Dava um trabalho
sem medida , além de custo altíssimo, pois tínhamos que comprar os protetores
de pista que eram enormes e pesados. Tínhamos que transportar os pneus de
proteção para fazer as gincanes (desvios). Tinha que pegar autorização da
Prefeitura, Policia Militar, Corpo de Bombeiros, fazer guarita dos fiscais da
confederação de Kart, e por vai. Era muito, muito trabalhoso.
Como
surgiu a pista do Kart Club nas proximidades do Pavilhão da Fenarreco?
Eu era
Diretor Médico da Secretaria Municipal de Saúde na Gestão do Prefeito Danilo
Moritz (1992-1996) e numa das reuniões da Secretaria em 1995 eu citei que
aquela áreas só servia para criar cobras e aranhas. Então Danilo Propos um
Contrato de Comodato, mas não daria o dinheiro. Sugeriu que se o Kart
conseguisse convencer os inadimplentes do IPTU a saldarem suas dívidas ele
destinaria este dinheiro para fazer a Pista asfáltica. A partir foram feitos
contatos com estes contribuintes, sendo que a partir do momento que pagavam
seus impostos à Prefeitura avisavam o Kart Clube, e desta maneira conseguimos
fazer a pista asfáltica.
Em que
administração foi inaugurado o Kartódromo Municipal?
O
Kartódromo foi inaugurado em 22 de dezembro de 1996, uma semana antes de
Hilário Zen assumir a Prefeitura. Se náo tivéssemos terminado na gestão do
Danilo, certamente teríamos dificuldade para terminá-la, pois Hilário Zen,
nunca se mostrou favorável ao Kartódromo.
Ter
inaugurado o Kartódromo Municipal foi uma conquista? Houve alguma dificuldade
na implantação?
Sim,
ter Inaugurado o Kartódromo Municipal de Brusque, foi sem dúvida uma
conquista inesquecível, devido às enormes dificuldades desde a confecção do
traçado que foi elaborado pelo Dinho Siemsem e Beto Walendowski, até medida
de nível topográfico, passagem de máquinas, colocação do asfalto, elaboração
das Zebras, pintura das zebras, etc. Quando já tínhamos todo traçado pronto e
desenhado pelas máquinas, descobriu-se que a curva da parte de baixo da pista
em direção á beira rio, era terra fofa, e com a passagem do asfalto iria
afundar. Tivemos que mudar o traçado, fazer aterro, redesenhar a pista
naquela parte.
O
traçado da pista é padrão?
A pista
tem traçado homologado pela Confederação Catarinense de Kart, com medidas do
traçado para eventos internacionais.
Grandes
incentivadores do Kartismo?
Aí nos
temos que voltar náo 20 anos, e sim 40 anos, que foram os pioneiros e corriam
no Paraiso dos Poneis em gaspar. Teremos que falar em Bau Schaefer, Juca
Loos, Chico Loos, Na época de 1995 quando ressurgiu a febre do Kart, teremos
que falar nos irmáos Bernardes, irmãos Belli, Luisinho Loos, Klaus Loos, Tato
Petruscki, Nilton Muller, Juliano Renaux, Henrique Lazarte, Volnei Eloir
Ferreira, Percy Erb, Dunho Siemsem.
Grandes
nomes no Kartismo?
Citando
os de Brusque, diria que temos muitos. Dos menores de idade para os maiores:
Rick Rosin, André Muller, Davis Bonomini, Daniel Bonomini, Juliana Petruscki,
Joel Mendes Junior, Nando Fischer. Depois : Gilmarzinho Junges, Nuno Renaux, André
Lazarte, Carlos Renaux, Guito Renaux, Bruno Beuting, Dado Spaganicz (primeiro
piloto a entrar no kartódromo), Caloca, Percy Erb, Dinho Siemsem, Giga Barni,
Volnei Ferreira Luisinho , Loos, Klaus Loos, Juliano Belli. Tinha na época
mais pilotos, porém não recordo de todos os nomes.
E o
filho Joel Mendes Júnior ?
Juninho
teve uma passagem brilhante no Kart, onde travou grandes duelos com André
Muller e Juliana. Pela competência destes adversários, ele teve que sempre
melhorar para ser competitivo. Eu, como mecânico de pista dele, tive que
estudar muita mecânica para aplicar nas corridas. Fez 107 corridas no kart,
com 33 vitórias, 21 poles. Tivemos um mecânico fora das pistas , Gilmar
Junges, que foi uma pessoa fundamental no sucesso do Juninho, não só pela
dedicação, mas também com a competência com preparava nossos motores.
Tínhamos 08 motores, onde poderíamos colocar qualquer um para corrida,
tamanho era o rendimento destas máquinas.
Foi
Campeão Brusquense, Campeão Joinvilense, Campeáo Copa Hauer no Paraná,
Campeão Catarinense, Bi Campeão Sul Brasileiro (na Fórmula 56 e Granja Viana
em São Paulo). Juninho está fazendo Campeonato de Fórmula 1600 em Sáo Paulo,
porém agora como Dentista os compromissos são outros, e corre realmente para
tirar estressar do dia a dia. Esteve em Indianapólis em Abril deste ano e fez
um teste na equipe da Sara Fischer. Mas foi só uma oportunidade que teve e a
profissão de Dentista está neste momento está acima de qualquer esporte.
E o
outro filho, Caio Henrique Mendes, não seguiu o mesmo caminho?
Teve uma passagem pelo Kart, mas não tinha o
mesmo talento que o Juninho. Teve bons resultados e chegamos a fazer uma
dobradinha em Joinville em 1998. Foi uma festa muito grande. Locutor do
Kartódromo, por chegarmos quase meia pista na frente dos outros, apelidou
nossos motores de Motores da NASA.
A
Juliana, filha de Renato Petrusky, e o Carlos Henrique Rosin são nomes que
devem ser considerado no Kart de Brusque? Há mais alguma promessa?
Sim,
com certeza. São dois grandes pilotos, tiveram muitas vitórias, títulos e
engrandeceram o nome de Brusque. Rick chegou a correr fora do País, mas onde
sobrou talento, faltou dinheiro. Estou no momento afastado das pistas, mas
vejo que as promessas do kart terão um grande inimigo que é a falta de
patrocínio.
Adicionar
legenda
Juninho
liderando 500 milhas de Sáo Paulo- Granja Viana
Referências: Publicado no Jornal EM FOCO aos 14 de novembro
de 2014
|
JONAS
OSCAR PAEGLE
O entrevistado desta semana é o médico, Dr Jonas
Oscar Paegle; filho de Osvaldo e Antônia Marta Paegle, natural de Criciúma,
nascido aos 02.11.46. São em 4 irmãos: Jonas, Jairo (Advogado no Tribunal de
Contas), Jene (Engenheiro na Petrobrás) e Priscila (Médica). Cônjuge: Rosalda,
casados em 22.04.80; quatro filhas: Rina, Deise, Riza e Martina. Torce pelo
C.E.Paysandu e C.R.Vasco da Gama.
Dr. Jonas Oscar Paegle.
Formação?
Formei-me em Medicina no dia 12.12.72. Fiz Residência
por 2 anos no Hospital dos Servidores Públicos, em Florianópolis.
Especialidade?
Sou
Clínico médico.
Integrou
a diretoria do mais querido da Pedro Werner?
Sim,
durante 4 anos, como médico.
Quem
dirigia o verde e branco, na época?
Naquela época dirigiam o clube: Dorval Vieira, Arthur
Jacowicz, popular Polaco e Gerhard Nelson Appel.
E
o treinador?
Destacaria
o Natanael Ferreira.
Grandes
atletas na época?
Entre
outros citaria: Mário Botuverá, Boing, João, Pilo (filho de Dorval Vieira),
Vado.
Na
última eleição, como candidato a vereador, o que houve?
Por
ser servidor público não desencontabilizei -me em tempo hábil.
Não
pensa em candidatar-se a Prefeito ou a Vice?
Em potencial serei candidato a vereador e quando a
vice ou a cabeça de chapa, dependerá de acordos.
Fatos
marcantes?
Foram dois jogos inesquecíveis: vitória do Paysandu
sobre o Figueirense, no Orlando Scarpelli, em Florianópolis pelo escore de 1 x
0 e o empate em 2 x 2, com o Juventus, lá em Rio do Sul.
O
que faz hoje?
Exerço
a medicina...sou médico clínico.
Referências: Jornal A Voz
de Brusque. Entrevista publicada em 25 de abril de 2003.
JORGE LUIZ BATTISTI ARCHER
Filho de
Luiz Battisti Archer e Mônica Peters Archer, natural de Brusque, nascido aos
11.10.55. São em 5 irmãos: Rita Mariam, Maria Salomé, Dóris Terezinha, João
José e Jorge Luiz. Cônjuge: Marisa Odete Cervi Archer, casados aos 03.09.83;
uma filha: Bruna Cervi Battisti Archer.
Dr Jorge Luiz
Battisti Archer.
Como foi
sua formação acadêmica?
Iniciei
meus estudos até o segundo grau no Colégio Santo Antônio e após São Luiz.
Prestei concurso Vestibular em 1975 na Universidade Federal de Santa Catarina,
passando para a primeira turma de Medicina. Terminei meus estudos na Medicina
em 1982 – tive problemas de saúde neste intermeio. Prestei prova para
especialização em Sifilografia e Dermatologia no Hospital da UERJ, Rio de
Janeiro, Hospital Pedro Ernesto. Neste referido curso, era fotógrafo do
serviço, quando fazia as fotos e recebia em troca um slide para mim, já que
todo o material fotográfico era de minha propriedade. Desta forma, vi todos os
casos de dermatologia do hospital além dos próprios do serviço de
especialização. Na mesma época, quando de minhas folgas, acompanhava o Serviço
de Cirurgia Plástica, porque quando voltei a nossa querida Brusque, não havia
Cirurgião Plástico e necessitava reconstruir as destruições que necessárias
faziam quando da sua remoção.
Como foi
sua infância e juventude?
Como
todos de minha idade, era adepto de andar de bicicletas, que era fácil com o
pouco trânsito, andava pelos morros no meio do mato, brincando ou caçando de
gaiola. Hoje não é mais possível este fato de caçar. Durante minha
adolescência, vivia com colegas, pescando nos rios Itajaí-Mirim, férias passava
em Balneário Camboriú, namoricando e freqüentando boates, com todos os rapazes
o faziam nessa época. Talvez pouco mais fácil, porque não necessitava de
trabalhar.
Como
conheceu Marisa Odete?
A minha
querida Ziza, como a chamo, conheci no tempo de Segundo Grau, no Colégio São
Luiz. Na escola.
O avanço
tecnológico e a Medicina?
É
maravilhoso, nós, como médicos, lermos sobre este avanço tecnológico existente
em relação a tudo, e mesmo à Medicina. É bom sabermos que se necessário,
poderemos dispor dos diversos meios para diagnóstico e tratamento, curando
muitas doenças que antes não se curavam, sendo esta tecnologia vinda de
aparelhos e desenvolvimento de novas medicações, e mesmo de novas indicações de
uso das velhas. Mas, também é com pesar que às vezes vemos, isto, sendo que
estaria ao alcance somente dos que podem, com seu dinheiro, pagar pelo avanço.
Quando mais novo, mais caro.
A
globalização e a Medicina?
Aqui é
que se torna interessante esta globalização. Via internet e fotografias, na
minha especialidade, podemos ter contato com colegas de outras partes do país,
de outros países mesmo, e portanto a um destes grupos, o DERMLISTS, encabeçado
pelo querido George de Barros Leal Jr. de Pernambuco, e estas respostas, se
necessário, podem sair on line. Esta é uma globalização utilíssima para mim e
outros que participam. Nela tem participado todos os professores no país.
Fumar faz
mal à saúde?
Está
provado que o cigarro faz mal á saúde, e não somente aos pulmões, mas a todo
organismo, levando a que as feridas cicatrizam mais devagar ou mesmo não
cicatrizam. Pele? A pele toma uma coloração mais acizentada, envelhecida.
Cirurgia? Como quando se fuma, acontece pequena contração dos vasos, irá passar
menos sangue, prejudicando a recuperação, e por aí se vai...
Um resumo
da especialidade
Bom,
dermatologia, pelo seu nome diz: Dermato – pele e logia = estudo. Isto
significa que é a área da Medicina que estuda os problemas de pele com seus
efeitos no organismo. Aqui é importante frisar que pele não é somente o que se
vê ao olhar o indivíduo, que toda a pertence à pele, então temos que estudar
também as doenças que atingem a gordura. Atualmente, a Dermatologia, para
formar um profissional da área, tem a tomar de seu tempo aproximadamente 6.200
horas de estudo somente das doenças da pele.
6.200
horas?
8 (oito)
horas ao dia, 5 (cinco) dias por semana, 3 (três) anos. Aqui associadamente aos
problemas com as doenças, temos que tomar atitudes de embelezamento, ou seja, a
área da estética médica, que ainda não é especialidade, exatamente por este
curto tempo de especialização ou de aprendizado. Na minha compreensão da
Medicina e da Dermatologia, saberá melhor tratar aos pacientes os que sabem a
fisiologia completa da pele e o que se espera com os tratamentos, e isto deverá
o médico que trata dizer aos seus pacientes. Então, ressalto que quando
procurar colegas médicos que tratem as doenças da pele, procurem por um
especialista da área, porque, ao menos pretensamente, deveria estar bem mais
preparado para atender aos doentes e a estética médica. E na nossa especialidade,
há mais de 6 anos se tem o que se chama de Educação Médica Continuada, que está
sendo adotado pela Medicina brasileira. Então procure por seu médico e saiba se
ele tem as duas: título de Especialista pela Sociedade que representa e sem o
Título de Educação Médica Continuada.
Resumo da
vida profissional
Cheguei
em Brusque no ano de 1985, instalei-me onde hoje existem, ainda a loja 3 do
Supermercado Archer e, desde 1992 me encontro trabalhando no consultório, sito
à rua Heinrich Richard Bruno Erbe, 30, sala 103.
Desde os
primórdios de mina chegada, tenho me dedicado mais as doenças da pele em si, e
mais tratamento de câncer de pele, que apesar de baixo risco de vida, apresenta
casos de letalidade, se mal conduzidos. E dentro destes aspectos ditos anteriormente,
venho fazendo todos os congressos existentes sobre Dermatologia Geral e de
Cirurgia Dermatológica, procurando me aproximar constantemente, podendo
oferecer serviço dermatológico da melhor qualidade possível.
Referências: Jornal A Voz de Brusque. Edição de 22 de julho a 04 de agosto de 2004.
LUIZ MOSER
Filho de José e
Waldemira Moser, natural de Ascurra, nascido aos 16 de junho de 1965; são em 10
irmãos: Antônio Waldemar, Pedro, Jaci Terezinha ( in memoriam), Maria, Iracema
( in memoriam), Divanir, Iraci, Terezinha, Enetina e Luiz. Cônjuge: Lenita
Depin Moser; dois filhos: Luiz Gustavo com 17 anos e Luiz Henrique com 15 anos.
Dr Luiz Moser.
Como foi sua formação
acadêmica?
Formei-me na UFSC em Florianópolis
no ano de 1983.
Resumo da vida
profissional
Iniciei minha vida
profissional em Dom Joaquim, no Hospital, onde o Dr Antônio, na época , era o
Diretor Clínico do Hospital. Agradeço muito a ele pelas conquistas alcançadas.
No dia 16.96.84 comecei a trabalhar em Guabiruba, onde continuo até hoje.
Clínica Geral ou
especialidade?
O Brasil precisa de
médico generalista, de médico da família.
Os avanços
tecnológicos e a Medicina?
A Medicina é uma área
onde os avanços tecnológicos se fazem necessários, a cada dia que passa. E
nessa área estão acontecendo de uma forma extraordinária.
A globalização e a
medicina?
Avanço tecnológico,
globalização e informação – tripé que fazem parte da nossa era, século XXI.
Fumar faz mal?
Fumar faz mal profundamente,
inclusive para quem está próximo do fumante.
Se não fosse médico?
Se não fosse médico,
sendo filho de agricultores, talvez seria agrônomo.
Como foi a
administração no Executivo de Guabirubense? A relação com o Legislativo? E as
ações de governo?
Foi um aprendizado
importante. A relação com o Legislativo foi boa, um pouco conturbada no início.
Meu trabalho como Prefeito se baseou muito em prevenção, mormente na área de
saúde.
Pensa em sair
novamente candidato? Acredita nos políticos?
No momento não tenho
mais intenção de ser candidato e não acredito nos políticos de Brasília, nas
quatro vezes que estive na Capital Federal, como Prefeito fiquei muito
decepcionado com nossos políticos. Ressalte-se que o governo federal
municipaliza só os problemas e o dinheiro que é bom fica centralizado em
Brasília, por isso acontece tanta falência.[
Já tinha lido a
COLUNA DEZ?
Já tinha lido,
inclusive, parabenizo você e sua equipe.
A administração de
Guabiruba está no caminho certo?
Acredito na administração
de Guabiruba, pois o Orides já tem sido Prefeito, é uma pessoa que tem
experiência de administração pública, já sabe, pelo menos, o que não fazer, e
isso é muito importante.
Como vê a
administração Ciro/Dagomar?
O melhor termômetro
para se avaliar uma administração está com o povo. E pelo resultado da última
eleição podemos constatar que o povo está contente com a atual administração, e
eu, pessoalmente, acredito na administração Ciro/Dagomar.
O Brasil tem acerto?
Se o governo e os
políticos não atravancarem aí sim.
O que faz Dra Luiz
Moser, hoje? Profissionalmente e como lazer.
Profissionalmente
trabalho em Guabiruba e Brusque e estando com pouco tempo para o lazer.
Referências: Jornal A Voz de Brusque. Edição de 02 a 09 de setembro de 2005.
MARCIO CLÓVIS SCHAEFER
Filho de Euvaldo e
Edla Rauen Schaefer; natural de Brusque, nascido aos 01.11.37; Irmãos: Murilo
Rubens (médico Neurologista em Curitiba), Marcel Cláudio (médico Oftamologista
em Portugal); cônjuge: Ione Miriam Gerlach Schaefer – casados em 15.05.69; dois
filhos: Márcio Clóvis Schaefer Filho - especialista em software e gerente de
projetos em Softwae na Datasul (Joinville) e Daniela Schaefer Dell’ Agnollo –
formada em Administração e casada com o empresário Gian Carlo Dell’ Agnollo
(Brusque).
Dr Márcio
Clóvis Schaefer
Uma palhinha sobre a
formação?
Fiz o Primário no
Grupo Escolar Santo Antônio, hoje é o Colégio São Luiz; o Ginasial e o
Científico no Colégio Santo Antônio em Blumenau. Medicina cursei na
Universidade Federal do Paraná, obtendo colação de grau em 1962. Sou
pós-graduado na especialidade de Ginecologia –Obstetrícia, no Hospital das
Clínicas em São Paulo e Medicina do Trabalho na Universidade Federal de Santa
Catarina.
Alguma lembrança
positiva do tempo dos bancos escolares?
Tive ao representar
minha turma de Medicina como orador, por ocasião da formatura. Ressalte-se
minha turma formou-se no ano do cinquentenáio da Universidade Federal do
Paraná, que foi fundada em 18.12.1912, sendo que daqui a 8 anos comemorará o
seu centenário de fundação. Se eu tiver vivo, serei o orador oficial.
Como surgiu a
Medicina , algum antecedente familiar?
Como minha família é
de formação cristã e, tendo eu feito o curso primário no Colégio das Irmãs da
Divina Providência e, os cursos Ginasial e Cientifico, no tradicional e modelar
estabelecimento de ensino que é o Colégio Santo Antônio, dos Padres
Franciscanos, em Blumenau, onde eminentes e ilustres mestres, que sempre nos
orientam para uma vida correta, justa e perfeita e, para fazer o bem ao próximo
optei por seguir a Medicinaa.
A vida
profissional?
Durante 35 anos
trabalhei no Centro de Saúde local, tendo sido médico chefe, e também durante o
mesmo período no SUS – antigo Inamps – e Samdu. Durante 22 anos trabalhei nos
dois hospitais de Brusque,e há 42 anos clínico no Hospital Evangélico, onde
ainda continuo trabalhando apenas reduzindo o ritmo. Durante 32 anos tive
orgulho de trabalhar nas empresas Renaux , como Clínico Geral e Médico do Trabalho.
E as
especialidades médicas?
Na época em que me
formei médico, todos éramos clínicos gerais. Já havia as especialidades, mas
antes de se especializar, o formando tinha que passar pela clínica geral, para
depois fazer especialidade, pois o ser humano é um todo e não, uma parte.
O médico de ontem e
de hoje?
Nesses 42 anos de
profissão, posso dizer que mudou muita coisa. Primeiro no modo como a profissão
é exercida. Antigamente tínhamos o médico da família. O mesmo médico tratava o
vovô, o papai, a mamãe. As pessoas adquiriam confiança num médico que tratava
de quase todas doenças e fazia uma acompanhamento dos pacientes. Hoje, quase
não se encontram mais clínicos gerais, só especialistas.
E os avanços
tecnológicos?
Uma grande mudança. A
tecnologia evoluiu muito na área da saúde. Hoje temos exames bem mais
detalhados como ultrassonografia, ressonância magnética, ecocardiograma, a
tomografia computadorizada e a vídeo-cirurgia e daí por diante...
Em 05 de fevereiro do
corrente ano, a Associação Médica Brasileira - AMB – concedeu o título de sócio
jubilado o que representou para Dr Márcio esse honroso título?
Ao receber a
comunicação fiquei surpreso e ao mesmo tempo feliz... é um reconhecimento...
além de todo esse tempo na profissão, eu trabalhei a vida inteira com
dignidade, de maneira séria e honesta. Essa postura deve ter sido levada em
consideração. Estou muito orgulhoso.
Que lema adota?
A vida só é digna de
ser vivida, quando se faz algo pela vida, em vida, com dignidade.
Se não fosse médico?
Seria médico.
A globalização
contribui com a medicina?
Sim, porque houve
intercâmbio mundial.
A Medicina vencerá as
doenças ditas incuráveis?
A evolução
tecnológica trouxe grandes esperanças, nesse particular e sempre aparecem novas
coisas, mas, sabe-se que no meio do trigo sempre existe o joio.
O cigarro é venenoso?
Bota veneno nisso!
E o mundo atual?
O mundo de hoje está
tão doido, com toda essa violência, cada vez menos valores... a TV só exibe
programas de cunho muito baixo e o povo não tem mais discernimento. Quase não
se lê mais, não se adquire mais cultura. Eu dou muita importância a isso; os
políticos com raras exceções , pouco se interessam pela coletividade, pelo povo
e pelos interesses pátrios.
Participação na
comunidade?
Entre outras atividades
na comunidade: sócio fundado da Sociedade Brusquense de Medicina e seu ex
orador e ex presidente. Sócio remido da Associação Catarinense de Medicina,
Sócio jubilado da Associação Médica Brasileira. Membro titular da Federação
Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Membro titular da
Associação Catarinense e Nacional de Medicina do Trabalho. Membro associado do
Colégio Brasileiro de Cirurgiões . Ex presidente do Lions Clube de
Brusque-Centro, onde milito há 41 anos, ex professor de Biologia no C. Carlos
Renaux, ex Médico diretor do Hospital Evangélico e Maternidade C.C. Renaux
Nunca pensou em ser
candidato?
Não. Se eu fosse me
meter em política não teria tempo para a medicina. Além disso, minha formação
moral, não aceita determinadas coisas e certos conchavos...
Referências: Jornal A Voz de Brusque. Edição de 15 a 22 de outubro de 2004.
MARCUS VINICIUS BAUER
MORITZ
.
Filho de Paulo Moritz
(in memorian) e de Méri G. Bauer Moritz, nasceu em Brusque e foi morar em
Joinville com 7 anos de idade. São em 5 irmãos: Mauro, Mara, Iná, Dr Paulo Neto
e Dr Marcus Vinícius; casado com a Dr Giselle Armelin Moritz, com a qual têm 3
filhas: Marcela, Nicolle e Rebecca. Formação: especialista em ginecologia,
Obstetrícia Ultrassonografia pelo Hospital Evangélico de Curitiba /PR. Torcedor
fanático do JEC –Joinville Esporte Clube e Cruzeiro (Belo Horizonte).
Dr
Marcus
Como foi sua infância
e Juventude?
Passei a infância e
juventude em Joinville, onde deixei grandes amigos. Aos 17 anos já cursava o
primeiro ano da Faculdade de Medicina em Curitiba, que é uma cidade que gosto
muito e também deixei grandes amigos e ótimas recordações.
Como conheceu a Dra
Giselle?
Conheci minha esposa
em 1986, durante um plantão, numa maternidade em Curitiba. Foi amor à primeira
vista.
Como eram seus pais –
influência na disciplina e na formação?
Meus pais me
ensinaram a tentar sempre e fazer as coisas de maneira certa e honesta.
Formação Escolar?
Estudei no Colégio
Bom Jesus em Joinville e na Faculdade Evangélica de Medicina em Curitiba, tendo
obtido colação de grau em 1984. Em 1987, quando terminei minha especialização
em Ginecologia, Obstetrícia e Ultrassonografia vim para Brusque; completo neste
2007, 20 anos de atuação na Medicina.
Enfrentou concursos?
Saiu-se bem no Curso de Medicina e nos concursos ?
Terminei entre os 5
melhores alunos da minha turma; fui aprovado no concurso de Residência em
segundo lugar; fui aprovado no concurso da Prefeitura, realizado pela FURB, em
primeiro lugar, em 1999 e no Vestibular obtive o trigésimo lugar entre mais de
1200 concorrentes.
Influência da
globalização na Medicina?
Medicina, hoje
permite a troca de informação de maneira muito rápida, por isso temos que estar
sempre nos atualizando.
A Internet e o dia a
dia na Medicina?
Internet tem que ser
muito bem filtrada, pois muitas das informações não tem sustentação científica.
Fumar faz mal à
saúde?
Fumar mata aos
poucos.
Grandes nomes na
Medicina?
Medicina clínica maior expoente: Dr Lisandro
Santos Lima que deixou em Curitiba uma das melhores escolas de Clínica Médica
do Brasil. Medicina Cirúrgica: O saudoso Dr Carlos Moritz, foi o
melhor cirurgião que tive a honra de ver atuar.
Se não fosse médico?
Gostaria de ser
empresário, se não tivesse escolhido a Medicina.
Uma palhinha da vida
profissional?
Sou médico integrante
do quadro do Município de Brusque, dos Irmãos Fischer há 20 anos e tenho minha
Clínica, juntamente com minha esposa, Dra Giselle Armelin Moritz, na rua
Hercílio Luz,228- Clínica Senhora – onde fazemos Ginecologia, Obstetrícia e
Ultrassonografia, Colposcopia e Prevenção do câncer ginecológico.
Lazer?
Viajar, cozinhar,
bater papo com amigos.
O Brasil tem acerto?
Tem, é só investir em
educação.
Qual o melhor livro
que já leu?
Os sobreviventes de
Pearl Harbor
Costuma ler jornais?
Sim.
Conhecia a Coluna
Dez?
Sim
Referências: Jornal A Voz de Brusque. Edição de 23 a 30 de junho de 2007.
MURILO VEIGA
O nosso entrevistado
da semana é o Dr Murilo Veiga - Médico da Prefeitura Municipal
de Guabiruba, Posto de Saúde do Aymoré, Médico do Trabalho e da Vigilância
Epidemiológica;. filho de Helládio Olsen Veiga e Yolanda Vieira Veiga, nascido
em Rio Negrinho, Santa Catarina, em 10 de fevereiro de 1962; casado com Norma
Debrassi; torce em Florianópolis para o Figueirense Futebol Clube e em Brusque,
por razões da esposa para o Carlos Renaux, o seu Pai era o Nilo Debrassi e a
Mãe Maria Dalbosco Debrassi (ele nascido em Brusque e ela na Guabiruba, no
Lageado Alto).
Dr Murilo e esposa Norma
Quais as memórias de
criança?
Dos banhos de
Chafariz no pátio do Hospital de Rio Negrinho, de meu ídolo, meu Pai junto aos
filhos, das brincadeiras de criança, sem internet, sem computador; dos jogos de
futebol como os amigos do ginásio e do prédio que morava em Florianópolis;
Sonho de criança?
Ser MÉDICO, e poder
ajudar as pessoas, com alegria e bom relacionamento;
Como foi sua
juventude?
Os amigos do ginásio
sempre eram importantes e verdadeiros, amigos da Universidade, em muitos me
apoiavam; tive que trabalhar no início da universidade, pois necessitava pagar
os estudos, e por necessidade me afastei de muitos amigos.
Histórico escolar?
Toda a formação
escolar foi em Florianópolis, ensino primário no Curso Elementar Menino Jesus,
das Irmãs Franciscanas de São José 1969 à 1972;Ensino Ginasial e Científico de
1973 à 1979 no Colégio Catarinense, da Companhia de Jesus,
Jesuítas,Universidade Federal de Santa Catarina em 1980 até 1988; Pós Graduação
em Medicina do Trabalho na mesma Universidade em 1992 e Pós Graduação na
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul em 1988 em Geriatria.
Primeira professora?
A ex-Irmã Maria
Helena
Grandes professores?
Dona Walda Baixo no 4
º ano primário; Werner Leonardo Dann de Matemática; Padre José Francisco da
Silveira Montenegro de Religião, Padre Aluísio de Literatura; Edson Osni Ramos
de Física; Padre Eulógio de Química no Colégio Catarinense; na Universidade os
Drs. Ernesto Damerau Cirurgia Geral; Ney Mund Cirurgia Geral; Otmar Bauer de
Pneumologia; Leo Mauro Xavier de Urologia e Sidnei Jorge Sandin, um grande
amigo, cirurgião que me ensinou o relacionamento médico paciente e que faleceu
precocemente em 1993 em um acidente, meu melhor amigo como Médico na época;
Que matérias gostava?
Literatura, ler é
sempre uma alegria, um mundo novo a descobrir em cada livro, Química, pois nos
mostrava os mundos novos dos produtos químicos, a Cirurgia um sonho que ficou
distante, mas que mexia com o imaginável de qualquer estudante de Medicina; ética
Médica que nos mostrava a responsabilidade social e profissional, no
relacionamento entre médicos e na época iniciamos a discussão do Hoje chamado
Ato Médico;
Que matérias
detestava?
Patologia,
Parasitologia; Bioquímica pura teoria
Como conheceu a Norma?
Estava trabalhando no
Hospital Regional de São José, em São José, na emergência geral, quando fomos
procurados por um funcionário do Posto de atendimento do Besc, nos solicitando
que dessemos um atendimento a uma funcionária, pois o pai estava com problemas
cardíacos e estava internando em estado grave. ( Nilo Debrassi). Atendemos a
solicitação e após alguns dias, começamos a conversar no refeitório do
Hospital. No hospital, por uma questão de espaço, nossa sala ficou ao lado do
posto do BESC e nossos laços foram se estreitando e com o passar do tempos, nos
conhecendo e hoje estamos juntos a mais de 19 anos.
Pessoas em que se
espelhava?
Meu Pai, minha Mãe,
alguns tios e meus irmãos maiores
Pessoas que
influenciaram?
Minha irmã Jane,
enfermeira aposentada que dedicou toda a sua vida a ajudar a cuidar e educar os
seus Irmãos e me mostrou muitos caminhos na Medicina e me deu o Primeiro Livro
na Universidade de Anatomia Humana; Meus amigos Sidnei Jorge Sandin, falecido;
e minha esposa Norma;
Como surgiu Guabiruba
em sua trajetória?
Em 2008, quando
estava em Florianópolis, iniciei uma conversa com minha esposa, de procurar um
local que tivesse mais qualidade de vida, aonde se respirasse um ar mais puro,
uma vida mais sossegada, uma vida de interior. Como ambos nascemos no interior,
Guabiruba e Brusque foi nosso caminho. Surgiu então a possibilidade de deixar
minhas obrigações em Florianópolis, e em conversa com a Secretária de Saúde da
Guabiruba, Valquiria Kohler, hoje minha amiga de coração, vir trabalhar e
desenvolver um novo desafio em minha vida. Aceitei e hoje tenho a Guabiruba em
alta estima, pois aqui moro e vivo, tendo sido muito bem recebido pela
população que atendo, e pelos dirigentes deste município. A Guabiruba faz parte
de minha história e com certeza novos desafios virão.
Como surgiu a
medicina em sua vida?
Tragicamente em
Pomerode em 1968, quando meu Pai começava a carreira de Juiz de Direito e teve
um Infarto Agudo do Miocárdio, falecendo e não havia recursos ou médicos a
disposição para ajudar, ele faleceu junto a sua esposa e seus filhos.
Quais os casos mais
comuns que surgem diariamente em seu consultório?
Quando se faz a
escolha por atender a todos, com presteza, carinho, respeito, nós atendemos
quase todos os tipos de doença. Nesta época do ano, no verão, estão
desidratação, gastroenterites por contaminação por alimentos e água
contaminados. Temos muitos casos de doenças degenerativas do cérebro, dos
ossos, articulações. Quadros de dislipidemias (excesso de colesterol), hipertensão
arterial sistêmica, diabetes mellitus entre outras. Também atendemos quadros de
doenças cerebrais, com doença de parkinson, alsheimer, e demências em geral. Na
clínica geral, a pessoa é mais importante que a sua doença, ou seja, as doenças
existem, mas como tratar e atender as pessoas é a melhor forma de enfrentar uma
doença que pode ser muito grave, ou ser crônica. Devemos sempre buscar atender
com mais respeito, humanidade, encontrar as soluções o mais breve, se possível
traçar uma linha tênue entre a vida e a doença.
Qual foi o maior
obstáculo que o Doutor teve que superar em sua vida?
a ausência de meu Pai
e a falta de recursos financeiros para me aprofundar nos estudos; a perda de um
Irmão e de um sobrinho precocemente, que considerava meu irmão mais novo, hora
como um filho que amo muito e que sempre me recordo com alegria e com boas
recordações; Como foi sua trajetória profissional? Por mais de 20 anos
trabalhei no Banco de Estado de Santa Catarina, iniciei como escriturário e
após Médico do trabalho, em consultório particular na Clinica dos funcionários
do Besc, trabalhei no Hospital Regional de São José em São José na emergência
Geral, em clínicas, no Hospital e Maternidade Dom Joaquim, aonde fui Diretor
Clínico e Técnico e na Prefeitura Municipal da Guabiruba, local aonde escolhi
para morar e viver;
Qual foi sua maior
alegria na vida?
Várias: ver o sorriso
de minha mãe e meus irmãos quando me formei em Medicina, quando assisti o
primeiro parto, que foi de minha sobrinha Mariana, hoje advogada, quando
conheci minha esposa Norma, quando me apaixonei pelos meus cachorros e triste
quando morreram, fazer novos amigos em Brusque e Guabiruba; amigos verdadeiros;
hoje minha alegria é tentar ajudar as pessoas longe da Medicina, podendo
interceder nas suas necessidades, e viajar para conhecer novos lugares e museus
como tive oportunidade de conhecer na Europa, velho continente e com culturas
de milênios, acompanhado de minha companheira, minha eterna parceira e esposa.
Um conselho
preventivo para manter-se saudável.
Exercícios físicos,
alimentação saudável, sorrir diariamente, pois quando se sorri é um momento de
felicidade, ter amigos verdadeiros ao seu lado, sempre acreditar que há um ser
maior e criador de tudo, e que há um sentido em cada vida
Cite uma grande decepção.
A comercialização vil
da Medicina e a destruição do Sistema de saúde de nosso país, com pagamentos
tão distantes da realidade irrisórios e desumanos.
Tem participado de
cursos extracurriculares, congressos e outros?
Cursos de atualização
em Epidemiológia e recentemente Curso técnico de Cervejeiro, aonde pude
aprender alguns segredos de uma bebida maravilhosa, que se consumida com
cuidado e responsabilidade pode fazer bem a vida.
Referências: Jornal Em Foco. Edição de 7 de fevereiro de 2012.
PAULO ROBERTO TOEBE
Filho de Reinold e
Marilu Jacinta Toebe, natural de Mondaí/SC, nascido aos 30.05.66; são em 3
irmãos: Rui (médico Pediatra em Florianópolis), Marlene (Bioquímica em Mondai)
e Paulo Roberto; 5 filhos: Mariana, Karin, Greice, Felipe (Grande) e Felipe
(Pequeno). Torce para o Brusque e para o São Paulo.
Dr Paulo Roberto Toebe.
Como foi a sua
infância e juventude?
Transcorreu de forma
relativamente normal, em função de certa timidez, ressalte-se que destaquei-me
no esporte como: Tênis de campo, corrida de resistência e musculação.
Como foi sua formação
acadêmica?
Médico (UFSC),
Neurologia Clínica (UEL –Universidade Estadual de Londrina), Epileptologia e
Eletroencefalografia (Bielefeld –Alemanha) e eletro-neuromiografia (UFSC).
Resumo da vida
profissional
Iniciei minha vida
profissional no Hospital Evangélico, nos anos 90 à 93, depois abri a clinica,
em que atuo até hoje.
Clínica Geral ou
Especialidade?
A especialidade é
importante para conhecimento, a experiência direcionada com atualizações a um
grupo mais restrito de doenças, entretanto, não devemos esquecer que o paciente
é um ser único, e não segmentado.
Os avanços
tecnológicos e a Medicina?
Tem sido mais
acentuado nas últimas décadas, entretanto se faz necessário o mesmo
acompanhamento da classe médica.
A globalização e a
Medicina?
Ótima, pois hoje
tenho acesso em Brusque das atualizações médicas em todo o mundo.
Fumar faz mal?
Comprovadamente, sim.
Se não fosse médico?
Provavelmente
Professor.
Já tinha lido a
COLUNA DEZ?
Sim, frequentemente.
O Brasil tem acerto?
Sim, entretanto se
faz necessário que a classe dominante - política e economicamente- seja
fundamental para o crescimento como um todo fortalecido.
O que faz Dr Paulo
Roberto Toebe, hoje?
Atuo em neurologia
clínica, especialmente em epilepsia, eletroencefalografia, dor de cabeça,
eletroneuromiografia, doença dos nervos periféricos e doenças do sistema
nervoso central.
Referências: Jornal A Voz de Brusque. Edição de 20 de novembro de 2005.
ROSA CREPPAS
ROSA CREPPAS: Filha de Guilherme e Valdemira
Nischellatti Crepas; natural de Nova Trento, nascida aos 05.06.63; Oito irmãos:
Maria (freira), Antônio, Florentina, Inácio, Rosa, Angelina, Ambrósio e
Augusta; uma filha: Priscila, nascida aos 19.08.95.
Dra. Rosa com Priscila (filha).
Como foi sua formação
escolar e como surgiu a medicina em sua vida?
Com Priscila, Wanda e Pedro J. Werner
Fiz o primário na EBI
Estadual em Lageado Alto, em Nova Trento. A Professora Miriam Maria Moliton
Costa incentivava para que eu continuasse a estudar, inclusive, certa vez,
indagou sobre o que pretendia ser, quando respondi que queria ser médica.
Naquela época, já acreditava que minha vida não seria no campo, onde minha
família: pai, mãe, irmã mais velha, a Maria, que hoje é freira, faziam todo o
trabalho na roça, casa, criações de aves e alguns gados. Meus pais apesar de
serem exigentes, não se opunham que as filhas fosse trabalhar fora, como era
costume na época. Certa feita, quando Maria tinha uns dezoito anos foi
trabalhar em Canelinha e eu muito apegada a ela não me conformava... chorei
muito. Mais tarde, a Florentina, também foi trabalhar numa determinada família.
Mais tarde ainda, um casal, Irineu Raiser/Luiza Tomio Raiser, de Nova Trento,
que residia em Blumenau, também me levou para cuidar de uma recém-nascida e de
um casalzinho de filhos. A dona Luiza trabalhava na Hering, tinha que percorrer
um longo trecho à pé, então saia pelas três da manhã e retornava pela quinze
horas e para eu estudar à noite, além de longe, também teria de percorrer um
longo trecho à pé. Bem me lembro , que um dia, vi um senhor magrinho subindo a
ladeira e quando chegou próximo, vi que era meu pai, depois de algumas
conversas chorei por não poder estudar, quando ele retrucou: “se queres
estudar...vê um jeito!”. Decidi, isso era mais ou menos mês de outubro, fiquei
até o final do ano e retornei à Nova Trento. Chegando em Nova Trento, como
minha irmã Maria tinha ido para o noviciado em São Paulo, decidi ir para lá
para poder estudar. Lá tive sorte, empreguei-me num lar, onde a mulher, também
Luiza, era Professora e cursava a faculdade à noite, então cuidava da criança
durante o dia e à noite aproveitava a carona e freqüentava a Escola –São
Bernardo. Quando terminei o segundo grau, submeti-me ao vestibular de Medicina,
tendo obtido sucesso, só que era longe: Mogi das Cruzes. Fiquei um ano me
preparando e, fiz novamente o vestibular na Universidade Federal de Santa
Catarina, sendo aprovada e obtendo o grau em 31.01.92.
Clinica geral ou
especialista?
Dra Rosa com Luciane e o esposo.
Gosto da clínica
geral. Atender tudo relacionado ao paciente, menos agir em procedimentos
cirúrgicos.
Os avanços
tecnológicos e a medicina?
Com Priscila e o Pai Guilherme.
Os avanços
tecnológicos auxiliam, todavia, afasta o médico do paciente, cria barreiras,
contribuindo para piorar a qualidade profissional, no diz respeito, a parte
mais humana, o contato... aquele ombro amigo.
O efeito da
globalização no dia a dia da medicina?
Discrimina muito...
fez acontecer essa distinção: quem tem, tem... quem não tem, não tem... Tudo
evoluiu, mas, o ser humano não. Acredita-se mais no resultado do que no ser
humano.
Se não fosse médica?
Com certeza ocuparia
alguma área ligada à saúde.
Fumar faz mal?
Todo vício é sinal de
fraqueza.
Por que é difícil
permanecer um profissional da saúde no Posto Steffen?
Os moradores da
comunidade do Steffen são bons, quem põe tudo a perder são alguns funcionários,
ressalte-se, que não são todos, alguns funcionários querem o bem da comunidade.
Como viu a vitória de
uma mulher para administrar Nova Trento?
Nova Trento não tem
mais solução... há muitos interesses próprios, não prevalece o bem da
coletividade... atravancaram o desenvolvimento... veja o Godoy tinha uma grande
oportunidade para adequar Nova Trento, em infra-estrutura e saneamento básico
com o advento do fluxo provocado pelo interesse em Madre Paulina.
Madre Paulina?
É uma exploração
desmedida, sem qualquer preocupação com a religiosidade, prevalecendo o lado da
materialidade... da vantagem... registre-se, exploração encima de uma pessoa –
a Santa – que viveu na pobreza... ah, se fossem menos avarentos.
Politicamente – nunca
pensou em sair candidata?
Não, ao contrário
fujo da política. A política, sabe-se é uma ciência, mas os políticos estragam
tudo com suas atitudes. Atualmente, uma grande parte dos brasileiros estão
enojados dos políticos.
A administração
municipal?
Vai bem... Brusque
tem tudo, evidentemente, que há ainda a fazer, mas não se pode fazer tudo de
uma vez. Pelo menos o Ciro faz. Depois que Ciro entrou foi feito... e muito!
Ciro é um homem corajoso... de peito! O Ciro deveria ser o Presidente do Brasil.
O Brasil tem acerto?
Se tivéssemos pessoas
com outras idéias, não permanecendo sempre os mesmos viciados... eles só fazem
jogo de interesse... o interesse próprio e não o bem do país, além de destruir
o que temos... e o povo brasileiro se deixa levar muito facilmente. Falta muito
respeito por parte dos políticos e o povo deveria cobrar mais... mais respeito,
o que fala-se hoje, tem-se vergonha de ser brasileiro, por estarmos diante de
uma turma de mercenários, na verdade transparece, um mercenário comandando uma
turma de idiotas.
A mulher não está
confundindo liberdade responsável com libertinagem?
Eu diria tanto o
homem como a mulher... com a evolução dos costumes a mulher trabalha,
batalha,... então na deveria ter mais este tipo de conduta, e sim uma atitude
verdadeira. Um não vê o sofrimento que causa ao outro. Homem e mulher na hora
de tomar uma atitude deveria pensar mais no outro, fazendo somente aquilo que
gostaria que o outro fizesse, concluindo: estamos sem rumo, sem direção, os
pais não têm mais poder sobre os filhos.
Lazer?
Gosto de mexer na
terra e ler muito, leituras atinentes a história antiga, ao início
Referências: Matéria publicada em A Voz de Brusque, na semana 18 a 30 de setembro
de 2005.
TATYANA MELLO LIMA
A entrevistada da
semana é a fonoaudióloga especializada em Audiologia primeira turma de
pós-graduação em Audiologia) na Univali.
Dra.
Tatyana Mello Lima.
Desde quando está em
Brusque?
Moro em Brusque desde
1998.
Pontos positivos de
sua infância?
Cresci numa época
onde ainda podíamos brincar na rua de bicicleta, de bola com os amigos sem medo
do trânsito e dos ladrões.
E da Juventude?
Tive uma juventude
saudável, onde meus objetivos eram o estudo, os amigos e minha família.
Como foi a educação
recebida de seus pais?
A educação da pelos
meus pais era bastante tradicional, sem muitas “liberdades” e muita
responsabilidade.
Formação escolar?
Estudei em
Florianópolis - cidade onde morei desde os 6 meses de idade – até terminar a
escola. Comecei minha faculdade em Porto Alegre e terminei minha pós-graduação
em Audiologia em Itajaí na Univali em 2001.
Como surgiu a
medicina em sua carreira? Alguns antecedentes atuou na medicina?
Meu pai era professor
de Bioquímica na UFSC, então sempre tive uma afinidade muito grande com a área
de saúde. A fonoaudiologia foi uma conseqüência, principalmente a área em que
atuo, a de aparelhos auditivos e exames
auditivos.
O corpo humano sendo
uno, a especialização tem prevalência sobre a Clínica Geral?
Em alguns casos sim,
pois acredito que ninguém consiga dominar todos os assuntos completamente,
mormente se tratando do ser humano.
A internet e a
fonoaudiologia?
A internet só vem a
complementar e aperfeiçoar a cada dia em nossa área de atuação, principalmente
por estarmos afastados dos grandes centros, onde as atualizações ocorrem
regularmente.
Se não fosse médica?
Não consigo me ver
como outra profissional, que não seja a fonoaudióloga.
Fumar faz mal a
saúde?
Sim, certamente...
principalmente quando a pessoa chegar na sua terceira idade
O Brasil tem acerto?
Espero que sim
Referências: Entrevista publicada no jornal "A Voz de Brusque" em 06 de setembro
de 2008.
O saudoso Dr Márcio Clóvis Schaefer
Dr Adilson e esposa
Eneida
Dr Jonas
Oscar Paegle
Dr Paulo Roberto Toebe
Dra Tatyana Mello Lima
Dr. Bastos
Dr Marcus V. B.
Moritz
Dr Hailton Boing Jùnior
Dr Murilo Veiga e esposa Norma
Dr Fernando Luís
Machado
Dr Ismar Morelli e
esposa , Dr João Antônio Schaefer, popular
Dr Nica, Dr Adilson e Eneida Schaefer,
e Dr César Elias e esposa
Dr Celso Carlos Emydio da Silva
Dr Custódio e
familiares
Dr Frederico Guimarães Marchisotti
Dr Germano Hoffmann
Dr Antônio Carlos
Sandrini
Dr Luiz Moser
Dr Arnoni Ulisses
Caldart
Dr Joel Mendes e
esposa Rosani
Dra Giselle Mirley Armelin Moritz.
Dr Emílio Luís Niebuhr